sábado, 22 de outubro de 2011

Desencarne

Desencarne por Narcí Castro de Souza O anfiteatro já se encontrava lotado, uma suave música dava ao ambiente uma atmosfera de paz e harmonia. Uma suave claridade azulada oferecia o campo ideal ao recolhimento e a meditação. O mentor adentra ao palco, e com sua voz viril e aveludada cumprimenta a assistência: "Sejam bem vindos e que a Paz de Nosso Senhor Jesus Cristo presida nossa reunião". Como antes, os presentes retribuíram a saudação juntado as mãos em prece e baixando ligeiramente a cabeça - O tema que abordaremos hoje é O DESENCARNE, e a partir deste momento estaremos abertos a perguntas e depoimentos. - Na última reunião se mencionou que a data do desencarne estaria sujeita a alterações, gostaria que o irmão discorresse de forma mais específica sobre esse tema – solicitou um senhor que pela presença do cordão de prata mostrava estar encarnado em projeção astral. - O corpo que é formado a cada encarnação possui um quantum determinado de energia que após seu esgotamento determina a extinção da permanência do espírito nesse corpo, então existe um limite máximo da vida deste corpo que não poderá ser ultrapassado. O espírito por mau uso de sua liberdade pode antecipar o desencarne ao dilapidar sua saúde através de abusos na alimentação, o uso de drogas agressivas, como o álcool, o fumo, os entorpecentes, etc. A antecipação do desencarne pode também ser agendada pelo mentor do encarnado, caso este esteja colocando em risco o programa que foi para ele traçado. Isso pode acontecer no caso do espírito em questão já haver alcançado merecimento para esta intervenção. - No caso da antecipação por mau uso da liberdade, como o consumo de drogas, fumo, álcool, alimentação inadequada, a entrada do espírito no mundo astral é classificada como suicídio inconsciente, isso é tão grave como o suicido deliberado? – perguntou o mesmo senhor. - Não, porque não houve a intenção, embora a condição em que esse espírito fica não é nada boa. Ele terá de enfrentar as conseqüências do estrago que estas drogas causaram não só em seu corpo físico, como também em seu corpo astral, e como o padrão vibratório do viciado o sintoniza com entidades que se encontram ainda presas ao vício, e que por isso mesmo o assediaram em sua vida física, procurando aproveitarem-se das emanações etéricas das drogas que ingeria ou inalava, os encontrará e terá que conviver com eles passando pelos mesmos sofrimentos que passam e continuando a sentir a mesma necessidade provocada pela dependência das drogas. No caso do desencarne antecipado pelo descaso em relação a hábitos saudáveis na alimentação, ele chegando ao mundo astral de forma prematura, e sabendo, mesmo que inconscientemente, da sua responsabilidade, a sensação de culpa o faz situar-se em atmosfera mais densa do mundo astral tendo que conviver com entidades que se comprazem em atormentá-lo vociferando os seus erros. - Esses irmãos ficam a mercê de sua sorte? Não há piedade por parte daqueles que se intitulam seus amigos e mentores? – tornou a perguntar o mesmo senhor. - Claro que a ajuda estará disponível e a atenção daqueles que o protegem é constante, mas é necessário que o próprio espírito a solicite erguendo suas vibrações através da prece para que o contato possa se estabelecer e a ajuda se efetivar. - Irmão! Gostaria de dar um depoimento! – erguendo a mão um senhor de cabelos brancos solicitou. - Pois não, pode falar. - Desencarnei por acidente, fui atropelado. Acordei em um leito de hospital em tudo parecido com os hospitais que conhecia no plano físico, fui tratado por médicos, ingeri medicamentos. Tudo isso gerou em mim a certeza que embora tivesse sido acidentado escapara com vida. Ao receber alta do hospital voltei para casa, em lá chegando, vi que minhas coisas estavam sendo distribuídas e as pessoas não me davam atenção. Fiquei muito ressentido e sofri muito. Por que ninguém chegou para mim e falou o que havia sucedido? Por que me deixaram tão atordoado, sem explicação? - É comum, acontecer o que o irmão relata, quando ocorre o desencarne súbito, por acidente, seja pelo rompimento de um aneurisma, uma parada cárdio-respiratória, um enfarte fulminante, por um atropelamento, etc. A pessoa por não se ter preparado para esta transição, custa a sintonizar com aqueles que estão no plano espiritual e que tentam ajudá-lo. Sucede também, para que não haja um trauma psicológico no recém desencarnado, se adie uma interferência mais direta no sentido de esclarecê-lo. Espera-se um momento propício, com a solicitação do próprio em relação ao que esteja passando. Mesmo assim, para aqueles que não conhecem a vida além da morte do corpo físico o estado de perturbação pode se estender por um bom tempo. - Gostaria de saber se quando através de um acidente, por exemplo: a queda de um avião, um terremoto, um furacão ou qualquer outro fenômeno altamente devastador da natureza que provoca o desencarne de muitos, todos eles teriam que partir do mundo físico naquele evento ou pode suceder que alguém, por uma má coincidência, estivesse no local e visse sua vida física ser ceifada fora do tempo? – perguntou um jovem. - Todos os que desencarnam coletivamente estavam programados para isso. Não acontecem acidentes por má coincidência. São carmas coletivos que se atualizam assim. Quase todos conhecemos fatos que comprovam esta predestinação. Por exemplo: pessoas que por motivos alheios a sua vontade perdem um vôo, e o avião cai matando todos a bordo. Várias situações podem comprovar que se alguém dentro de um grupo não faz parte de um carma coletivo que os dizimará, de algum modo sempre será retirada antes do evento. - Então não existe mesmo um acidente imprevisto? – tornou a perguntar o mesmo jovem. - Não. A Lei Divina cuida de cada ser individualmente. Ninguém jamais é descuidado ou desamparado. - Pode um desencarne ser antecipado por decisão dos mentores de uma determinada pessoa? – perguntou uma senhora. - Sim. Se esta pessoa está enveredando por um caminho que a levará a um agravamento cármico, e se ela tiver alcançado merecimento através de atos positivos por ela praticados, seu desencarne pode ser antecipado. Já inclusive respondemos esta questão. - Irmão pode nos informar o que acontece com uma pessoa que se suicida? – perguntou uma senhora. - Não podemos estabelecer uma regra fixa de acontecimentos ocorridos para alguém que se suicide, depende muito de como esta pessoa se encontrava ao cometê-lo. As conseqüências são diretamente proporcionais às condições mentais de tal pessoa. Quando o suicida estando de posse plena de suas faculdades mentais planeja seu desencarne friamente, ele se torna único responsável pelo seu ato, neste caso, a primeira decepção que o acomete é que sua vida não cessa e os problemas que enfrentava não desaparecem, muito pelo contrário, se agravam. Muitos permanecem ligados ao corpo até que se complete sua decomposição, e isto é uma tortura absurda. Ao se libertar do corpo, se vê lançado a ambientes astralinos altamente depressivos, onde seus sofrimentos e agonia que precedeu o desencarne se repetem, além disso, as falanges de entidades que se encontram na mesma situação acrescentam-lhe por sintonia vibratória os seus sofrimentos. O tempo desses sofrimentos se lhe afiguram uma eternidade. Quando recebem a intercessão de espíritos encarnados, através das preces e de amigos desencarnados que procuram, também socorrê-lo, são então resgatados para núcleos de assistência existentes no astral para poder aos poucos irem se recuperando. Após este tempo, já compreendem que por piores que fossem as situações que no plano físico enfrentavam elas são insignificantes diante da magnitude do que estão passando. Permanecem algum tempo em tratamento, e começam a ser preparados para um novo renascimento, que será eivado de dificuldades. Serão vítimas, repetidas vezes, de não conseguirem se fixar no novo corpo em formação em decorrência das desarmonias provenientes do rompimento violento dos laços que os prendiam ao antigo corpo e são abortados espontaneamente. Depois de várias tentativas, acabam conseguindo. No novo corpo, que adquirem, terão que enfrentar as conseqüências das seqüelas nas áreas lesadas por ocasião de seu ato suicida: tumores cerebrais, nos caso de tiros na cabeça com arma de fogo, lesões cardíacas quando o alvo foi o coração, tumores na tireóide e lesões na coluna cervical quando por enforcamento, transtornos digestivos e urinários sérios, quando por envenenamento, com comprometimento no fígado e rins, e uma seqüência de enfermidades que se manifestam ao longo de sua vida, que será complementar a vida anterior. Viverá no novo corpo os anos que ficaram faltando para ser completados da antiga existência. - O irmão mencionou que em outros casos as conseqüências poderiam ser diferentes. Em que casos? E quais seriam estas conseqüências? - a senhora continuou a indagar. - Nos caso em que o suicídio é cometido quando as faculdades mentais estão comprometidas. Embora as conseqüências sejam parecidas no que toca a futuros nascimentos, o ser que assim desencarna é logo resgatado a instituições de auxílio, que lhe prestam atendimento. Nessa situação se incluem também, casos em que o suicídio na verdade foi um assassinato cometido por entidades que o obsidiaram. Em todas as situações podemos afirmar, sendo conseqüências de erros cometidos no passado, significam resgates cármicos. - O que no passado pode ocasionar um suicídio no presente? - Se no passado alguém por suas atitudes desamorosas foi causa de suicídio de alguém, fica passível de se encontrar em uma situação desesperadora idêntica a que provocou. - Então o suicídio seria inevitável para esta pessoa? - Não. A situação será um desafio que poderá ser vencido. No caso do ato acontecer em um momento de enfraquecimento da vontade por alienação mental, quando as conseqüências do suicídio se amenizam, significa que no passado o suicídio do qual se foi a causa, não aconteceu por um ato de crueldade, e sim por inconseqüência de suas atitudes de quem o motivou. - O irmão mencionou o suicídio que na realidade foi um assassinato cometido por um obsessor. O que pode favorecer um ataque desta monta a um encarnado? - Uma atitude idêntica no passado da vítima de hoje. - Irmão, existe um período de inconsciência logo após o desligamento dos últimos laços que prendem o espírito ao corpo. Quanto dura este período? Queria saber também se existem casos em que o espírito se mantém lúcido durante e após o desligamento? – inquiriu um senhor. - Varia de pessoa para pessoa este período de inconsciência, depende muito do preparo e da evolução de cada um. Uns ficam inconsciente algumas horas, outros dias, outros meses e existem casos de ficarem nessa inconsciência anos. Alguns espíritos de evolução superior ficam lúcidos durante e após, todo processo de desligamento, e ainda auxiliam aqueles que são encarregados de o realizarem. Na assembléia uma senhora levantou a mão e pediu para transmitir a experiência que viveu após seu último desencarne. - Pois não irmã, pode vir para o palco e contar – assentiu o mentor. A senhora aproximou-se e falou: " Que paz de Nosso Senhor permaneça em nossos corações. Despertei sete dias após meu desencarne. Não atentei que já me encontrava no plano espiritual. Saí do hospital em que fui internada para fazer exames onde desencarnei e permaneci adormecida estes sete dias. Fui para a casa em que residia, era noite. Procurei minha filha e não a encontrei. Encontrei meu esposo que imediatamente me viu, pois possuía a mediunidade da clarividência, perguntei-lhe o que estava acontecendo comigo, pois sentia que algo não estava normal, ele me disse: - Querida, você desencarnou. - ...Onde está a minha filha? - No quarto do avô, que viajou. Imediatamente fui até onde ela estava e falei: - Filha eu desencarnei... Ela nada respondeu, mas notei que ficou inquieta como se percebesse minha presença. Tentei mexer em um reloginho que se encontrava no criado mudo e consegui, ele balançou. Ela notou e seu pensamento ecoou em minha mente: "Mamãe está aqui". "Sim, filha, estou" – falei, mas ela não escutou. Preparou-se para dormir. Então resolvi sair e ver se encontrava algum amigo espiritual, não vi ninguém, só via os encarnados. Pensei então em uma irmã e, imediatamente, me vi a seu lado e fiquei surpresa, pois me desloquei com a velocidade do pensamento. Esta irmã também não me notou. Pensei em minha filha e no mesmo instante me vi em seu quarto e encontrei-a projetada em corpo astral, foi então que ela me viu e pudemos conversar. Fiquei quase um mês sem ter contato com os desencarnados, só via os encarnados e só conversava com eles quando dormiam e se projetavam para o mundo espiritual. Passado esse período, eu finalmente encontrei com os amigos da espiritualidade e iniciei minha adaptação a este outro lado da vida. Estou feliz em ajudar sempre que possível em tarefas de socorro a encarnados e desencarnados. Esta foi a minha experiência logo após meu desencarne. Sabendo que esses nossos encontros serão relatados em um livro senti necessidade de dar este depoimento." - Agradeço a irmã sua contribuição – falou o mentor. - Por que esta irmã após seu desencarne não conseguia entrar em contato com outros espíritos desencarnados. Por que ela só conseguia ver e se comunicar com os encarnados? – perguntou um jovem. - Esta irmã passou um tempo relativamente curto em estado de inconsciência após o desencarne – uma semana – e ao despertar, seu interesse estava completamente voltado para os que deixou no plano físico, o foco de sua atenção estava direcionado para seus familiares. Estacionou durante este período no sexto sub-plano do mundo astral, o padrão vibratório de sua consciência era de nível superior a este plano, em decorrência deste fato não entrava em sintonia com os habitantes comuns deste sub-plano. - Irmão, sendo inúmeras as existências que vivemos no plano físico, qual é na realidade a nossa aparência? – perguntou uma jovem que pela presença do cordão de prata* se encontrava em projeção astral. - Normalmente ao desencarnarmos conservamos a aparência dessa última existência. Só os que já alcançaram evolução superior, e por isso recordam com facilidade as existências anteriores, podem assumir a aparência que acreditem ser adequada para serem reconhecidos por amigos que os conheceram nestas outras vidas. - Sobre a sexualidade: se o espírito é bissexual e por isso pode encarnar não só em um corpo masculino como também em um feminino, ao desencarnarmos qual o sexo que predomina em nossa natureza? – perguntou a mesma jovem. - O da existência que se findou – respondeu o mentor. - Sempre reencontramos com os amigos e parentes que desencarnaram antes de nós? – continuou a perguntar a jovem. - Depende da situação em que se encontra o espírito. É certo que aqueles que o precederam no mundo espiritual, sempre vêem ao seu encontro mesmo antes do desencarne ter sido consumado, mas só são percebidos pelo recém desencarnado se este último estiver no mesmo padrão vibratório ou se os que o vêm receber adequam seu padrão ao do desencarnado para poderem ser percebidos. - Que devemos fazer ao percebemos estar desencarnados e nos encontramos em uma situação opressiva? – continuo a perguntar a jovem. - Aquietarmos nosso coração, lembrarmos que somos muitos amados por Deus e a Ele dirigirmos uma prece. Veremos que instantaneamente a situação se transforma para melhor. - Sei que aqui estou projetada em corpo astral, sei que já vivi muitas existências antes dessa, no entanto, mesmo estando em espírito como estou, consciente e liberada do corpo físico que jaz adormecido em meu quarto, não recordo das experiências anteriores e das sensações sentidas ao desencarnar na minha vida passada. Por que? – tornou a perguntar a jovem. - Ao reencarnarmos a maioria se identifica de tal forma com a personalidade atual, que só consegue ter lembranças da vida presente. Para alcançarmos os registros de nossa memória espiritual, é necessário elevarmos o nível de nossa consciência a nosso corpo causal, isto é, ao Espírito imortal que somos, transcendendo a consciência que está identificada com a vida atual. - Como podemos alcançar esta consciência superior de nossa natureza? – continuou a indagar. - Através da evolução espiritual com a conseqüente atualização dos chakras etéricos* superiores: o frontal e o coronário, que permitem a conexão com nosso Eu Superior – o Espírito. - Sobre as instituições existentes no Plano Astral, por exemplo esta, que se constitui em um centro de palestras e estudos. Como são construídas? – perguntou um senhor, também ainda encarnado, levantando a mão, e tendo recebido a permissão para falar, através de um gesto do mentor. - São edifícios construídos através do poder mental daqueles de elevada condição espiritual, que se propõem oferecer um ambiente adequado às diversas atividades que neste Plano são realizadas. Nesta cidade Astral podemos observar, que existem todo um conjunto de edificações construídas como hospitais, casa de repouso, instituições escolares, edifícios administrativos, residências, etc., além de recantos paisagísticos que reproduzem os cenários mais belos encontrados no Plano Físico deste planeta. Tudo construído com muito amor. - Não é de se estranhar que ao despertarmos neste Plano, após o desencarne fiquemos confusos pensando que ainda estamos no Plano Físico encarnados. Eu, por exemplo, custei a acreditar que havia falecido. Meu corpo se apresentava com as mesmas características do corpo físico: o mesmo sexo, o mesmo abdômen proeminente, os mesmos sinais na face, a mesma careca. Ainda me encontrei deitado em um leito macio com travesseiros e recebendo poções trazidas por uma gentil enfermeira. Tudo exatamente igual ao cenário do hospital em que estava internado após o enfarte. Custei muito a acreditar em meu passamento. Desculpem-me a palavra não solicitada – levantando-se um senhor, espontaneamente deu este depoimento. - Não há que pedir desculpas estamos reunidos com esta finalidade, não só esclarecermos nossas dúvidas, como também ilustrarmos os temas com nossas experiências - assim se expressou o mentor que presidia o encontro. - Irmão permita-me um esclarecimento. Já estou algum tempo nesta colônia espiritual. Vivi idêntica experiência a deste irmão que acabou de dar seu testemunho. Já estou entrosada com as atividades desta comunidade. Tenho não só comparecido a todas as reuniões esclarecedoras que são realizadas nesse anfiteatro, como tenho freqüentado uma instituição de ensino que muito tem me ajudado a compreender os objetivos de nossa existência. Mas mesmo tendo solicitado várias vezes a meus superiores, não obtive ainda a possibilidade de reencontrar com uma pessoa que me foi muito cara no mundo físico e que veio para este Plano antes de mim. Seria inoportuno de minha parte solicitar ao senhor um esclarecimento ou uma informação? Esta pessoa foi um filho muito amado que desencarnou ainda na juventude de seus vinte anos, por uso de drogas. Seu nome é Antero Queirós – comovida uma senhora de cabelos brancos, levantando-se, perguntou. Após se concentrar de olhos fechados por alguns segundos, o mentor esclareceu: - Seu filho continua internado em uma instituição de apoio aqueles que desencarnam prematuramente pelo uso excessivo de drogas. Ele esteve algum tempo em regiões sombrias do Astral assediado por entidades malévolas, foi resgatado graças as suas preces que o alcançaram e o fizeram reagir e se tornar receptivo ao auxílio dos missionários que fazem sempre incursões a estas camadas mais baixas da espiritualidade. Breve a irmã terá oportunidade de visitá-lo. Tenha paciência, porque tudo ocorrerá a seu tempo. - Irmão, por favor, gostaria de narrar a experiência que vivi, ao acordar no mundo espiritual após meu desencarne – solicitou uma jovem senhora. - Pois não, pode falar irmã. - Desencarnei aos 75 anos, meus cabelos já se encontravam totalmente brancos, meu rosto registrava através das rugas o passar dos anos. Ao despertar no mundo espiritual, com surpresa, ao ver minha imagem refletida em um espelho, constatei que ao invés da aparência anterior, me vi remoçada: meus cabelos eram negros outra vez, minha tez ganhara o frescor dos verdes anos. Certo que quando estava encarnada, embora me olhasse no espelho quando precisava me arrumar, estranhava o meu aspecto, pois me sentia jovem em espírito. Gostaria que o irmão pudesse explicar esse fenômeno que aconteceu comigo. - O nosso corpo astral é altamente impressionável pela nossa mente. Se a pessoa em seu íntimo sente-se jovem, seu aspecto espiritual não só permanece jovem quando projetada em corpo astral ainda encarnada, como se mantém jovem ao se desligar do corpo no desencarne. Ao contrário, mesmo sendo jovem se a pessoa sente-se combalida e envelhecida em espírito, o aspecto que terá em ambas as situações será o correspondente ao que pensa de si – esclareceu o mentor. - Entendi, e obrigada. - Vamos encerrar nosso encontro. Na próxima semana nos reuniremos outra vez neste mesmo anfiteatro na mesma hora, para abordarmos o tema: ENFERMIDADES CÁRMICAS E ADQUIRIDAS. Elevemos nosso pensamento ao Senhor deste Universo agradecendo a oportunidade que nos concede