quinta-feira, 29 de abril de 2010
Erro coletivo.
É comum ouvir alguém reclamar a respeito da presença de uma pessoa complicada em sua vida.
Pode ser algum parente, vizinho ou colega de trabalho.
Em geral, está presente o raciocínio de que a vida seria boa sem os problemas trazidos por aquela pessoa.
Por vezes, há até alguma indignação com quem tem dificuldades físicas ou psíquicas.
Quem é convocado ao auxílio e à compreensão não raro se sente indignado.
Entretanto, urge refletir que a Lei Divina é perfeita.
Ela estabelece a felicidade e o equilíbrio como naturais resultados da observação de seus preceitos.
Por outro lado, toda violação dos estatutos cósmicos enseja problemas.
Contudo, o erro raramente é individual.
O defraudamento dos deveres de honestidade, pureza e respeito ao semelhante costuma surgir de um contexto complexo.
Quando alguém comete desatinos, de ordinário tal se dá sob o influxo de vários envolvidos.
Esses podem ser os pais, que não cumpriram a contento seu dever de educação.
Deixaram-se levar por múltiplos afazeres e não deram ao filho a atenção e as orientações necessárias.
Ou então, foram amigos que incentivaram ao vício.
Quem sabe, irmãos ou outros parentes que deram maus exemplos.
Talvez, um namorado ou namorada que fez falsas promessas e gerou grande dor moral.
O certo é que poucas vezes alguém erra sozinho, sem a influência de terceiros.
Ocorre que é da lei que quem cai junto se reerga em conjunto.
Os partícipes do erro são naturalmente convocados a auxiliar no reajuste.
Conforme o grau de sua participação na derrocada moral, devem colaborar no soerguimento.
Assim, a presença de alguém complicado em sua vida não é uma injustiça e nem fruto do acaso.
Justamente por isso, não procure saídas fáceis ou desonrosas.
Libertar-se de uma situação constringente não é o mesmo que fugir dela.
A Lei Divina é perfeita e ninguém consegue ludibriá-la.
A atitude de fuga apenas denota rebeldia e complica a situação do devedor.
Para se libertar de semelhante conjuntura adversa, somente mediante o exercício da fraternidade.
Faça o seu melhor no auxílio aos que o rodeiam.
Ampare física e moralmente os que se apresentam frágeis e viciados, do corpo e da alma.
Saiba que a paz em sua vida será o resultado natural da consciência tranquila pelo dever bem cumprido.
E, principalmente, cuide para não induzir ninguém a trilhar caminhos indignos.
Preste atenção no que diz e faz, a fim de não ser partícipe de atos torpes.
Muitos testemunham seus atos e palavras e podem ser influenciados por eles.
Mesmo sem desejar, você pode assumir graves responsabilidades e complicar seu futuro.
Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 28.04.2010.