sexta-feira, 30 de abril de 2010
Sorriso de bebê é droga natural para mãe, diz estudo.
Um estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que o sorriso de um bebê pode provocar na mãe uma reação de prazer semelhante à que se obtém com o uso de drogas.
A equipe de especialistas, do Texa’s Children Hospital, realizou uma experiência com 28 mães de primeira viagem, cujos filhos tinham entre 5 e 10 meses de idade.
As voluntárias foram submetidas a exames de ressonância magnética enquanto olhavam fotografias de seus próprios filhos e de crianças desconhecidas.
Algumas fotos mostravam as crianças sorrindo, enquanto outras revelavam expressões neutras ou de tristeza.
O exame mostrava o fluxo sanguíneo nos cérebros das mães e as áreas cerebrais mais ativadas à medida que elas olhavam as fotos.
Dopamina
Os cientistas verificaram que ao ver imagens de seus filhos sorrindo, áreas do cérebro associadas a recompensa e prazer ficaram “ligadas” ao mesmo tempo em que observaram o aumento da produção da substância química dopamina.
A dopamina estimula o sistema nervoso central, produzindo adrenalina, e está por trás da dependência por jogo, álcool e drogas.
“Estas são as mesmas áreas que foram ativadas durante outros experimentos ligados a dependência de drogas”, disse o coordenador da pesquisa, Lane Strathearn.
“Isto pode significar que ver o sorriso do próprio filho pode ser uma espécie de onda natural para as mães”.
A força da reação cerebral variava com a expressão facial dos bebês, acrescentou Strathearn.
Os cientistas verificaram maior atividade cerebral quando as mães viam as fotos de seus filhos sorrindo. Ao ver expressões de tristeza em seus bebês a reação do cérebro era bem menor.
Os pesquisadores também observaram poucas diferenças entre as atividades cerebrais das mães quando viam fotos de seus bebês chorando e suas reações ao ver imagens de crianças desconhecidas chorando.
Os especialistas afirmam que o estudo, divulgado na publicação científica Pediatrics, pode explicar a forte ligação entre mães e filhos.
“A relação entre mãe e filho é crucial para o desenvolvimento da criança e algumas vezes essa ligação não se constrói normalmente”, disse Lane Strathearn.
“Negligência e abuso podem resultar em efeitos devastadores para o crescimento da criança”, completou o pesquisador.
Notícia publicada na BBC Brasil, em 7 de julho de 2008.
Claudia Cardamone* comenta
Os Espíritos nos falam claramente a respeito deste amor maternal:
"890. O amor maternal é uma virtude ou um sentimento instintivo, comum aos homens e aos animais?
- É uma coisa e outra. A Natureza deu à mãe o amor pelos filhos, no interesse de sua conservação; mas no animal esse amor é limitado às necessidades materiais, cessa quando os cuidados se tornam inúteis. No homem ele persiste por toda a vida e comporta um devotamento e uma abnegação que constituem virtudes; sobrevive mesmo à própria morte, acompanhando o filho além da tumba. Vedes que há nele alguma coisa mais do que no animal." (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.)
Este estudo demonstra que a produção de Dopamina pode ser estimulada através do sorriso do filho, isto explicaria a forte ligação entre mãe e filho. Sendo também um sentimento instintivo, como afirmado anteriormente, este terá uma manifestação no corpo físico, mas os Espíritos são bem claros ao afirmarem que não é o corpo que influencia o espírito, mas este quem influencia o corpo.
"369. O livre exercício das faculdades da alma está subordinado ao desenvolvimento dos órgãos?
- Os órgãos são os instrumentos da manifestação das faculdades da alma. Essa manifestação está subordinada ao desenvolvimento e ao grau de perfeição dos respectivos órgãos, como a excelência de um trabalho à excelência da ferramenta." (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.)
"370. Pode-se induzir da influência dos órgãos uma relação entre o desenvolvimento dos órgãos cerebrais e das faculdades morais e intelectuais?
- Não confundais o efeito com a causa. O Espírito tem sempre as faculdades que lhe são próprias. Assim, não são os órgãos que lhe dão as faculdades, mas as faculdades que impulsionam o desenvolvimento dos órgãos." (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.)
Acreditar que a ausência ou deficiência na produção de Dopamina pode resultar numa ligação imperfeita entre mãe e filho, ou mesmo na sua ausência, é acreditar que um indivíduo sofrerá por ter uma relação ‘defeituosa’ com sua mãe, é acreditar que uma substância química pode comandar a vida e a felicidade do ser humano, numa relação de acaso.
Então, porque motivo uma mãe pode não se relacionar de forma satisfatória com o filho? Kardec também fez esta pergunta:
"891. Se o amor materno é uma lei natural, por que existem mães que odeiam os filhos e freqüentemente desde o nascimento?
- É às vezes uma prova escolhida pelo Espírito do filho ou uma expiação, se ele tiver sido um mau pai, mãe ruim ou mau filho em outra existência. (ver item 392.) Em todos esses casos a mãe ruim não pode ser animada senão por um mau Espírito, que procura criar dificulades ao do filho para que ele fracasse na prova desejada. Mas essa violação das leis naturais não ficará impune e o Espírito do filho será recompensado pelos obstáculos que tiver superado". (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec.)
* Claudia Cardamone nasceu em 31 de outubro de 1969, na cidade de São Paulo/SP. Formada em Psicologia, no ano de 1996, pelas FMU em São Paulo. Reside atualmente em Santa Catarina, onde trabalha como artesã. É espírita e trabalhadora da Associação Espírita Seareiros do Bem, em Palhoça/SC.
retirado do site:
http://www.espiritismo.net/content,0,0,807,0,0.html