quarta-feira, 16 de março de 2011

Yvonne do Amaral Pereira

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YVONNE DO AMARAL PEREIRA


Nasceu a 24 de Dezembro de 1900 na Vila Santa Tereza de Valença, na cidade de Rio das Flores, no Estado do Rio de Janeiro.

Desencarnou no dia 09 de março de1984 aos 83 anos de idade.

A mediunidade apresentou-se ainda na infncia. Com um mês de nascida ia sendo enterrada viva devido ao fenômeno da catalepsia – morte aparente – que se repetiu muitas vezes no decorrer de sua existência.

Foi criada com muita modéstia, pobreza mesmo. Aprendeu, com seus pais, a servir o próximo mais necessitado, pois em sua casa eram acolhidos com carinho e até hospedados, pobres criaturas sem recursos, inclusive mendigos.

Foi criada pela avó até os 10 anos de idade.

Aos 5 anos já via os espíritos e com eles falava. Desde a infncia ocorria-lhe também a faculdade de desdobramento em corpo espiritual.

Fez apenas o curso primário, por falta de recursos financeiros.

Seus pais eram espíritas e já faziam reuniões de estudo com os filhos, semanalmente.

Ao completar 12 anos, morava no sul de Minas, o pai colocou-lhe nas mãos um exemplar de "O Livros dos Espíritos" e outro de "O Evangelho Segundo o Espiritismo". Nesta época, escrevia poemas e contos. Desde esse tempo já via Camilo Castelo Branco mas...não sabia quem era aquele homem que lhe aparecia. Sua afinidade com ele era devido a Yvonne ter vindo de uma existência como suicida. Muito tempo depois, ao ver uma foto de Camilo, reconheceu-o...

Na puberdade, aos 13 anos passou a assistir às sessões práticas da Doutrina, das quais gostava muito, pois via os espíritos se comunicarem, inclusive o Dr. Bezerra de Menezes.

Foi médium por 54 anos. Os espíritos amigos utilizaram-na na psicografia, como médium conselheira, passista, de cura e receitista, trabalhou de 1926 à 1980.

Como médium de psicofonia, dedicou-se à cura da obsessão e no auxílio aos suicidas com uma reparação ao seu suicídio pretérito.

Costumava ler nos periódicos e jornais nomes de suicidas e orava por eles constantemente, catalogando-os num livro de preces, criado por ela.

Passado algum tempo, muitos vinham agradecer-lhe as orações e davam-lhe fortes abraços, passeando de braços dados, como velhos companheiros, no casarão do bairro da Piedade e, ela confundia se os seres visitantes estavam encarnados ou desencarnados dado às inúmeras visitas semanais.

Foi igualmente médium de efeitos físicos, mas não cultivou esse genêro de mediunidade.

A primeira vez que um espírito se materializou à sua frente foi o de sua avó paterna e a segunda foi o espírito Roberto de Canalejas trazendo mensagem sobre suicídio.

Fez palestras de 1927 até 1971 nas localidades próximas de onde residia.

Como médium psicográfica escreveu a saber:Memórias de Um Suicida recebido em 1926 mas somente editado 30 anos depois em 1956 – do espírito Camilo Castelo Branco. Nesse livro a médium penetrava na psicosfera- ambiente das cenas que psicografava.

Nas Telas do Infinito – de Camilo Castelo Branco e Bezerra de Menezes

Amor e Ódio - Charles

Nas Voragens do Pecado - Charles

O Drama da Bretanha - Charles

O Cavaleiro de Numiers - Charles

Ressurreição e Vida – Léon Tostoi e Charles

Sublimação - Léon Tostoi e Charles

Dramas da Obsessão - Bezerra de Menezes

Devassando o Invisível – Charles sob supervisão de B. de Menezes

Recordações da Mediunidade – Supervisão de Bezerra de Menezes

Ao todo foram 18 livros.

Outros espíritos também a guiaram como Bittencourt Sampaio e Eurípedes Barsanulfo com quem trabalhou muito, principalmente na cidade mineira de Lavras.

Em 1931 viu Frederic Chopin pela primeira vez mas depois nunca mais o viu. A 03/01/1957, estando em Belo Horizonte, apareceu-lhe Chopin, materializado, em seu quarto e, conversaram muito.Declarou ela à Rizzini em seu livro " Kardec, Irmãs Fox e outros", editora EME que não sabia de nenhuma ligação com Chopin, em nenhuma existência, somente o admirava como músico.

Tinha verdadeira admiração por Léon Denis, pois contava ela própria, que esse extraordinário pioneiro, expusera em sua obra que ao desencarnar, auxiliaria àqueles que lho pedissem. E sendo assim, ela sempre lhe pedia que a amparasse em seus labores...

Esses são algumas pinceladas da vida dessa extraordinária mulher a quem homenageamos.



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