sexta-feira, 28 de outubro de 2011

MAIS SOBRE OBSESSÃO

12. Técnicas de Obsessão

É impossível informar todos os tipos de artimanhas e técnicas utilizadas pelos irmãos obsessores, contudo, podemos citar algumas que foram encontradas em livros e também observadas durante as reuniões de desobsessão.

É muito importante entender que um obsessor não larga a vítima só porque essa vai ao centro espírita e muitas vezes o obsessor não pode ser desligado de abruptamente e nem levado diretamente para uma reunião de desobsessão. Os instrutores espirituais são prudentes e esperam o melhor momento para agir.

É importante ter paciência e entender o que os irmãos obsessores tudo fazem para não perderem suas vítimas.

12.1 Durante o Sono

Durante o sono o desencarnado pode arrastar o encarnado para regiões do astral inferior onde pode estender o seu domínio sobre a mente e as emoções da vítima.
Quando a vítima se desliga do corpo muitos obsessores a perseguem, fazendo-a relembrar dos erros cometidos, muitas vezes até agredindo-a. Muitos pesadelos são na verdade encontros com obsessores.

Também pode acontecer do obsessor se mostrar transformado em monstro ou até projetar imagens ou cenas tenebrosas para inspirar medo em sua vítima, tornando-a ainda mais frágil e suscetível de influência.


12.2 Obsessão a Distância

Quando foi estabelecida uma forte ligação entre o obsessor e a vítima é possível que a obsessão se faça parcialmente à distância. Os obsessores podem plasmar condensadores astrais que funcionam como acumuladores de vibrações inferiores, bombardeando constantemente a vítima. Estas técnicas são muito comuns nos feitiços realizados pelos conhecedores de magia negra.


12.3 Ligação de Entidades Infelizes e Inconscientes ao Obsediado

Essa é um prática muito comum realizada pelas legiões de obsessores.

São ligadas a vítima as seguintes categorias de espíritos:

- Espíritos desequilibrados que se encontram inconscientes.
- Suicidas.
- Ovóides (espíritos que perderam a forma).
- Desencarnados hipnotizados.
- Sangue-Sugas e outros elementos astrais que absorvem vitalidade

O obsessor desta forma fica ligado ao perispírito da vítima sem esforço, já que o próprio desequilíbrio dos irmãos vai, aos poucos, debilitando a aura da vítima.

Os ovóides e as sangue-sugas podem ser utilizados para absorver a vitalidade da vítima. Os obsessores aparecem de tempos em tempos para retirar a vitalidade armazenada e manter sua dominação sobre o obsediado.

Retiramos um exemplo do livro Libertação, de Chico Xavier:

"Dois desencarnados, de horrível aspecto fisionômico, inclinavam-se, confiantes e dominadores, sobre o busto da enferma, submetendo-a a complicada operação magnética. Essa particularidade do quadro ambiente dava para espantar. No entanto, meu assombro foi muito mais longe, quando concentrei todo o meu potencial de atenção na cabeça da jovem singularmente abatida. Interpenetrando a matéria espessa da cabeceira em que descansava, surgiam algumas dezenas de “corpos ovóides”, de vários tamanhos e de cor plúmbea, assemelhando-se a grandes sementes vivas, atadas ao cérebro da paciente através de fios sutilíssimos, cuidadosamente dispostos na medula alongada.

A obra dos perseguidores desencarnados era meticulosa, cruel.

Margarida, pelo corpo perispirítico, jazia absolutamente presa, não só aos truculentos perturbadores que a assediavam, mas também à vasta falange de entidades inconscientes, que se caracterizavam pelo veículo mental, a se lhe apropriarem das forças, vampirizando-a em processo intensivo.

Em verdade, já observara, por mim, grande quantidade de casos violentos de obsessão, mas sempre dirigidos por paixões fulminatórias. Entretanto, ali verificava o cerco tecnicamente organizado.

Evidentemente, as "formas ovóides" haviam sido trazidas pelos hipnotizadores que senhoreavam o quadro.

Com a devida permissão, analisei a zona física hostilizada. Reparei que todos os centros metabólicos da doente apareciam controlados. A própria pressão sanguínea demorava-se sob o comando dos perseguidores. A região torácica apresentava apreciáveis feridas na pele e, examinando-as, cuidadoso, vi que a enferma inalava substâncias escuras que não somente lhe pesavam nos pulmões, mas se refletiam, sobremodo, nas células e fibras conjuntivas, formando ulcerações na epiderme.

A vampirização era incessante. As energias usuais do corpo pareciam transportadas às "formas ovóides”, que se alimentavam delas, automàticamente, num movimento indefinível de sucção."


12.4 Hipnose

A hipnose do desencarnado sobre o encarnado pode ser melhor entendida como um livre acesso dos pensamentos e emoções do hipnotizador para o encarnado, que não oferece resistência, tendo as visões, desejos e até sensações emitidas.

Pensamento fixo em idéias de baixo teor e se concentrando no seu envio para o encarnado, assim o desencarnado emite poderosas energias, que somente podem ser freadas se o prejudicado tiver em seu coração as sementes do Evangelho.

Abaixo seguem alguns trechos que explicam um pouco mais sobre a hipnose realizada pelos obsessores:

Nos Domínios da Mediunidade – Capitulo 22 – Emersão no Passado

"É um problema complexo de fascinação. Nossa irmã permanece controlada por terrível hipnotizador desencarnado, assistido por vários companheiros que se deixaram vencer pelas teias da vingança. No ímpeto de ódio com que se lança sobre a infeliz, propõe-se humilhá-la, utilizando-se da sugestão. Não fosse o concurso fraternal que veio recolher neste santuário de prece, em transes como este seria vítima integral da licantropia deformante. Muitos Espíritos, pervertidos no crime, abusam dos poderes da inteligência, fazendo pesar tigrina crueldade sobre quantos ainda sintonizam com eles pelos débitos do passado. A semelhantes vampiros devemos muitos quadros dolorosos da patologia mental nos manicômios, em que numerosos pacientes, sob intensiva ação hipnótica, imitam costumes, posições e atitudes de animais diversos.

Ao passo que a doente gemia de estranho modo, amparada pelo esposo e por Raul, que se esmerava no auxílio, Hilário, espantado, indagou:
- Tão doloroso fenômeno é comum?
- Muito generalizado nos processos expiatórios em que os Espíritos acumpliciados na delinqUência descambam para a esfera vibratória dos brutos - esclareceu nosso orientador, coadjuvando em benefício da enferma, cujo cérebro prosseguia governado pelo insensível perseguidor como brinquedo em mãos de criança.

- E por que não separar de vez o algoz da vítima?
- Calma, Hilário! - ponderou o Assistente. Ainda não examinamos o assunto em sua estrutura básica. Toda obsessão tem alicerces na reciprocidade. Recordemos o ensinamento de nosso Divino Mestre. Não basta arrancar o joio. É preciso saber até que ponto a raiz dele se entranha no solo com a raiz do trigo, para que não venhamos a esmagar um e outro. Não há dor sem razão. Atendamos, assim, à lei da cooperação, sem o propósito de nos anteciparmos à Justiça Divina
"


12.5 Confundindo os Obsidiados

O obsessor faz de tudo para não deixar que o obsediado se ligue a grupos religiosos ou de auto-ajuda que acabarão afastando-o do domínio do verdugo.

Os obsessores confundem o obsediado quando alguém próximo tenta auxiliá-lo ou quando por vontade própria ele começa a freqüentar algum templo de ensinamentos elevados.
O obsessor causa problemas pessoais, impedimentos, desânimo, irritações, etc que desestimulem o obsediado.

Muitos irmãos relatam das dificuldades que têm de manter as rotinas de tratamento, sendo muitas vezes obrigados a faltar o encontro.

A solução é paciência e perseverança. Ninguém está desamparado, se existem espíritos que trabalham para que tudo dê errado, existem muitos outros que operam na esfera de Jesus e que jamais te negarão ajuda.

Abaixo seguem dois trechos retirados para exemplificar o que informamos:

Libertação – Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz

"Reparei, através do halo de muita gente, que determinado número de frequentadores se esforçava por melhorar a atitude mental na oração. Reflexos arroxeados, tendendo a vacilante brilho, apareciam aqui e acolá; contudo, os malfeitores desencarnados propositadamente se postavam ao pé dos que se candidatavam à fé renovadora e reverente, buscando conturbá-los.
Não longe, fixei a atenção numa senhora que acompanhava o sacerdote com o manifesto desejo de receber a bênção celestial; os olhos úmidos e os tênues raios de luz, que se lhe projetavam da mente, diziam da sincera aspiração àvida superior que, naquele instante, lhe banhava o pensamento devoto; entretanto, dois transviados da esfera inferior, percebendo-lhe a esperança construtiva, tentavam anular-lhe a atenção e, segundo o que me foi permitido verificar, lhe sugeriam reminiscências de baixo teor, inutilizando-lhe a tentativa.

Voltei-me para o orientador, que prestimosa-mente explicou:
- A história de gênios satânicos, atacando os devotos de variados matizes, é, no fundo, absolutamente verdadeira. As inteligências pervertidas, incapazes de receber as vantagens celestes, transformam-se em instrumentos passivos das inteligências rebeladas, que se interessam pela ignorância das massas, com lastimável menosprezo pela espiritualidade superior que nos governa os destinos. A aquisição de fé, por isto mesmo, demanda trabalho individual dos mais persistentes. A confiança no bem e o entusiasmo de viver que a luz religiosa nos infunde modificam-nos a tonalidade vibratória. Lucramos infinitamente com a imersão das forças interiores no sublimado idealismo da crença santificante, a que nos afeiçoamos; todavia, o serviço real que nos cabe não se resume só a palavras. A profissão de fé não é tudo. A experiência da alma no corpo denso destina-se, de maneira fundamental, ao aprimoramento do indivíduo. É nos atritos da marcha que o ser se desenvolve, se apura e ilumina. Não obstante, a tendência dos crentes, em geral, é a de fugir aos conflitos da senda. Pessoas existem que depois de servirem ao ideal religioso, durante dois anos, pretendem o repouso de vinte séculos. Em todas as casas de fé, os mensageiros do Senhor distribuem favores e bênçãos compatíveis com as necessidades de cada um; entretanto, é imprescindível que se prepare o coração nas linhas do mérito, a fim de recolhê-los. Entre emissão e recepção, prevalece o imperativo da sintonia. Sem esforço preparatório, é impossível ambientar o benefício
"

Nos Domínios da Mediunidade – Chico Xavier, pelo Espírito André Luiz

"Que ocorre, porém, quando os encarnados não prestam atenção aos ensinamentos ouvidos?
- Sem dúvida, passam pelos santuários da fé na condição de urnas cerradas. Impermeáveis ao bom aviso, continuam inacessíveis à mudança necessária.
- Mas este mesmo fenômeno se repete nas igrejas de outras confissões religiosas?
- Sim. A palavra desempenha significativo papel nas construções do espírito. Sermões e conferências de sacerdotes e doutrinadores, em variados setores da fé, sempre que inspirados no Infinito Bem, guardam o objetivo da elevação moral.

O Assistente meditou um instante e acrescentou:
- Entre os homens, porém, se não é fácil cultivar a vida digna, é muito difícil habilitar-se a criatura à morte libertadora. Comumente, desencarna-se a alma, sem que se lhe desagarrem os pensamentos, enovelados em situações, pessoas e coisas da Terra. A mente, por isso, continua encarcerada nos interesses quase sempre inferiores do mundo, cristalizada e enfermiça em paisagens inquietantes, criadas por ela mesma. Daí o valor do culto religioso respeitável, formando ambiente propício à ascensão espiritual, com indiscutíveis vantagens, não só para os Espíritos encarnados que a ele assistem, com sinceridade e fervor, mas também para os desencarnados, que aspiram à própria transformação. Todos os santuários, em seus atos públicos, estão repletos de almas necessitadas que a eles comparecem, sem o veículo denso, sequiosas de reconforto. Os expositores da boa palavra podem ser comparados a técnicos eletricistas, desligando «tomadas mentais», através dos princípios libertadores que distribuem na esfera do pensamento.

Sorriu bem-humorado e prosseguiu:
- Em razão disso, as entidades vampirizantes operam contra eles, muitas vezes envolvendo-lhes os ouvintes em fluidos entorpecentes, conduzindo esses últimos ao sono provocado, para que se lhes adie a renovação
"

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