É sabido que toda criança reencarnada possui um anjo
tutelar, que fica muito próximo até que seu corpo astral se adapte à nova
encarnação. Isso acontece até os 7 anos de idade.
Isso não quer dizer que nada de ruim acontece até os 7
anos, simplesmente existe um espírito amigo muito próximo, que inspira pais e
parentes para auxiliar no desenvolvimento sadio da criança.
A justiça divina porém é implacável e, nos casos de
maior comprometimento, a criança pode passar por sofrimentos físicos e/ou
espirituais em sua infância. O protetor espiritual da criança só pode isentá-la
até o limite que seu merecimento possui (falaremos mais sobre esse merecimento
logo abaixo).
A criança pode receber emissões negativas de energia de
duas formas:
1. Os pais podem viver em um ambiente que não segue as leis de amor e bondade, ou, em grande desavença conjugal, emitindo assim energias negativas. Pode-se também ter um terceiro elemento, externo, que deseja mal ou inveja a família e emite energias nocivas para seu ambiente doméstico. Os pais podem estar harmonizados e em paz, por isso repelem as emissões, contudo, a criança, que se encontra mais frágil no contato espiritual pode se ressentir. Por isso é importante realizar o Evangelho no Lar, para que TODO O LAR esteja protegido e não somente as pessoas.2. A criança tem ligações karmicas, ou seja, existe um compromisso desse espírito reencarnante com outros espíritos que ainda não conseguiram se libertar do mundo físico.
Pode ocorrer dos espíritos "encontrarem" o seu antigo adversário, e se inicia a obsessão, logo na infância.
Alguns espíritos por merecimento são protegidos durante
a infância, não permitindo o anjo tutelar que seus obsessores o pertubem. Como
entender isso, o que é o merecimento espiritual de uma criança? Ela possui
ligações karmicas?
Interessante esse assunto e fui entender um pouco mais
em um livro de André Luiz. Funciona da seguinte maneira, conforme a atuação do
espírito após a sua última encarnação, enquanto ele se encontrava na
erraticidade (plano astral), mais benefícios e "pequenas" facilidades ele
encontra para sua nova prova, uma dessas facilidades é encontrar com seus
verdugos em idade mais madura, com a formação moral, intelectual e emocional
mais desenvolvida. Os méritos adquiridos pelo trabalho em favor do próximo
enquanto estava desencarnado permitem ao espírito maior preparo para enfrentar
as provas e resgatar os débitos.
Existem casos de tamanho ódio entre espíritos
obsessores e reencarnates, que a espiritualidade "esconde" os espíritos, sob um
corpo atrofiado mental e físico para que os adversários não o encontrem.
Retiramos um trecho interessante do livro Sexo e
Obsessão, de Divaldo Franco pelo espírito Manoel Miranda.
"Continuamos naquele recinto e, como era a primeira
vez que tinha oportunidade de encontrar-me em um Escola para crianças, pude
observar que todas eram acompanhadas por Espíritos, algumas felizes, e não
poucas por Entidades cruéis que, desde cedo, intentavam perturbá-las,
vinculando-se-lhes psiquicamente. Diversas podiam situar-se no diagnóstico de
obsidiadas, tão estreito era já o conúbio mental entre os desencarnados e
elas...
Sabemos que a criança é sempre um Espírito velho,
que conduz muitas experiências evolutivas, embora a forma em que se apresenta.
Não obstante, nesse período de infância sempre recebe maior apoio, a fim de que
não haja prejuízos e impedimentos ao processo reencarcionista que está
empreendendo. Como se explicam, então, esses processos obsessivos que ora
defrontamos?
... muitos processos de obsessão têm o seu início
fora do corpo físico, quando os calcetas e rebeldes, os criminosos e viciados
reencontram suas vítimas no Além-Túmulo, que se lhes imantam, nos tentames
infelizes e de resultados graves me diversas formas de obsessões. A obsessão na
infância muitas vezes é continuidade da ocorrência procedente da Erraticidade.
Sem impedir o processo da reencarnação, essa influência perniciosa acompanha o
período infantil de desenvolvimento, gerando graves dificuldades no
relacionamento entre filhos e pais, alunos e professores, e na vida social
saudável entre coleguinhas. Irritação, agressividade, indiferença emocional,
perversidade, obtusão de raciocínio, enfermidades físicas e distúrbios
psicológicos fazem parte das síndromes perturbadoras da infância, que têm suas
nascentes na interferência de Espíritos perversos uns, traiçoeiros outros,
vingativos todos eles...
Os fármacos ou neurolépticos conseguem, muitas
vezes, auxiliar os neurônios na execução das sinapses, bloqueando as
interferências espirituais, porém por pouco tempo.
E não terá ela – voltei interrogar – a proteção do seu anjo da guarda, que contribua para impossibiltar a obsessão ?
E não terá ela – voltei interrogar – a proteção do seu anjo da guarda, que contribua para impossibiltar a obsessão ?
É certo que sim – respondeu, gentil. – Sucede,
porém, que os débitos contraídos são muito graves, e a misericórdia divina já
vem amparando-a, sendo a reencarnação o melhor instrumento para a sua
reparação.... Ninguém caminha a sós e, por isso mesmo, na conjuntura aflitiva em
que a menina se debate, o seu Espírito protetor muitas vezes impede que seja
arrastada pelo seu algoz para as regiões mais infelizes em que se situa, nos
períodos do parcial desdobramento pelo sono físico, dificultando-lhe o domínio
quase total que teria sobre as suas faculdades mentais e os seus sentimentos de
afetividade e de comportamento.”
A obsessão pelo sexo não é muito diferente das outras
formas que estudamos, contudo, devido ao imenso sofrimento que o sexo
desvirtuado impõe aos espíritos encarnados e desencarnados, decidimos criar um
tópico para aprofundar esse tema.
A obsessão sexual geralmente se inicia através do
desvio de comportamento sexual da vítima, que com isso abre brechas para que os
obsessores se aproximem e comecem a "preparar o terreno" para vampirização e
exploração.
Vamos definir superficialmente "desvio de comportamento
sexual": Não engloba somente aquele que pratica atos desequilibrados,
PENSAMENTOS extremamente sensuais são alimento para atrair a atenção dos
obsessores, que tudo farão para estimular os seus desejos não tão secretos
(lembre que os espíritos tem acesso aos nossos pensamentos).
Um ponto importante na obsessão sexual é que nem sempre
existem vínculos criados em vidas anteriores, às vezes o obsessor conhece a sua
vítima em algum local por ele freqüentado, havendo sintonia entre os dois começa
o assédio do obsessor, que encontra livre acesso nas mentes desguarnecidas de
pensamentos elevados.
Por isso é muito importante tomar cuidado com o lugar
que se freqüenta e caso não seja possível evitar a visita é bastante prudente
entrar em prece. Todos os lugares onde a energia sensual é dominante existem
obsessores sexuais SEDENTOS por absorverem as sensações dos encarnados.
Podemos citar os motéis, boates onde se pratica o
streaptease ou relações sexuais ao vivo, prostíbulos e também boates (o tipo de
obsessor que vamos encontrar nas boates depende do tipo de vibração emitida por
seus freqüentadores).
André Luiz no livro Sexo e Destino tem um ótimo exemplo
do vampirismo sexual:
"Saiba você que na quinta noite de minha
permanência aqui, notando Beatriz em aguda crise de sofrimento, diligenciei
buscar meu genro para assisti-la em pessoa... E sabe onde o encontrei?
Nada de escritório, segundo a falsa informação que
deixara em casa. Indignado, fui surpreendê-lo numa furna penumbrosa, em plena
madrugada, junto da menina que você acaba de conhecer. Os dois unidos, qual
marido e mulher. Champanha correndo e música lasciva. Entidades perturbadoras e
perturbadas, jungidas ao corpo dos bailarinos, enquanto outras iam e vinham, a
se inclinarem sobre taças, cujo conteúdo lábios entediados não haviam conseguido
sorver totalmente.
Em recanto multicolorido, onde algumas jovens
exibiam formas semi-nuas em coleios esquisitos, vampiros articulavam trejeitos,
completando, em sentido menos digno, os quadros que o mau-gosto humano pretendia
apresentar, em nome da arte.Tudo rasteiro, impróprio, inconveniente..."
A leitura constante de revistas pornográficas e vídeos
pornôs também estimula os pensamentos desvirtuados do sexo, atraindo os
obsessores que se afinizam com essas vibrações. Vemos que o principal alimento
da obsessão sexual é o padrão vibratório e o tipo de pensamento e ações
realizadas pelo encarnado.
O obsessor funciona com estopim, estimulando cada vez
mais a degradação moral do encarnado e fazendo o possível para que ele nunca
esteja satisfeito.
Carlos Torres Pastorino fala um pouco mais sobre a
obsessão sexual no livro Técnicas da Mediunidade:
"Atingido através do chakra fundamental, que
corresponde ao períneo do corpo astral, isto é, que fica localizado entre o ânus
e os órgãos genitais.
Ligam-se aí os obsessores de vibração sexual e
aqueles que além de absorverem a vitalidade
pelo chakra esplênico, sugando o prâna do baço, conseguem dobrar essa ligação com o fundamental, para extraírem energia vital das gônadas.
pelo chakra esplênico, sugando o prâna do baço, conseguem dobrar essa ligação com o fundamental, para extraírem energia vital das gônadas.
As vítimas desses obsessores tornam-se altamente
sexuais e sensuais, insaciáveis nesse
campo, e sem qualquer freio que as retenha diante da satisfação entrevista para seus desejos
exacerbados ...
campo, e sem qualquer freio que as retenha diante da satisfação entrevista para seus desejos
exacerbados ...
De modo geral as formas astrais desses espíritos é
animalesca: larvas, lagartas,
aranhas, serpentes e até, quando em reuniões grupais, polvos. O movimento constante
dessas formas causa comichão nas partes sexuais, no ânus ou na vagina, onde penetram
para satisfazer-se. E essa movimentação leva a vítima a paroxismos de excitação nervosa,
que vai causar-lhe, com o tempo, profundo, mórbido e por vezes irreparável esgotamento
físico e nervoso, por uma irritabilidade constante e crônica ...
aranhas, serpentes e até, quando em reuniões grupais, polvos. O movimento constante
dessas formas causa comichão nas partes sexuais, no ânus ou na vagina, onde penetram
para satisfazer-se. E essa movimentação leva a vítima a paroxismos de excitação nervosa,
que vai causar-lhe, com o tempo, profundo, mórbido e por vezes irreparável esgotamento
físico e nervoso, por uma irritabilidade constante e crônica ...
E é oportuno observar que muitos casos de
homossexualismo (em ambos os sexos) se
deve a esse tipo de obsessão que, pela atuação continuada, desvia a sensibilidade dos canais
normais para outros setores, forçando a vítima a buscar satisfação por meios contrários à natureza.."
deve a esse tipo de obsessão que, pela atuação continuada, desvia a sensibilidade dos canais
normais para outros setores, forçando a vítima a buscar satisfação por meios contrários à natureza.."
Muitas vítimas da obsessão sexual são atraídas durante
o sono físico para colônias no plano astral inferior, onde os verdugos estimulam
a alienação do obsediado, ampliando cada vez mais o seu controle sobre a
vítima.
No livro Sexo e Obsessão, de Divaldo Franco, pelo
espírito Manoel Miranda encontramos a seguinte referência a essa prática:
"- Os seus adversários espirituais encharcam-no de
idéias pervertidas e desejos lúbricos insaciáveis, devairando-o. Fixando-se-lhe
nos painéis mentais, telecomandam-no a distância, e quando se desprende pelo
sono físico é atraído ou arrebatado para os sítios de vergonha e depravação, nos
quais mais se acentuam os desbordamentos da paixão insana... "
Na colônia do astral inferior ele relata os seguintes
acontecimentos:
"Num dos quadros dantescos, pudemos defrontar
diversos Espíritos reecarnados, que seguiam jugulados aos seus algozes, prsos a
coleiras com se fossem felinos esfaimados, babando ante o espetáculo que lhes
aguçava os instintos grosseiros. ...
Figuras estranhas, com aspecto semelhante aos
antigos seres mitológicos do panteão greco-romano, confundiam-se com muitos
outros indivíduos extravagantes em complexas simbioses de vampirismo,
carregando-se uns aos outros, acompanhando freneticamente um desfile de carros
alegóricos...".
A obsessão de médiuns é um assunto interessante, já que
muitos descobriram que eram médiuns através da obsessão. Com a interferência dos
espíritos de baixo padrão eles compreenderam a importância de equilibrar suas
vidas.
É importante falar um pouco sobre mediunidade para que
este tópico não incorra em dúvidas ou interpretação errônea.
Todos somos médiuns, a prova disso é que todos podemos
ser vítimas de obsessão, ou seja, qualquer um pode receber influências mentais
ou emocionais de outro espírito. Os médiuns que trataremos mais amplamente aqui
são aqueles que possuem a faculdade mediúnica "mais aflorada" que o normal, isto
é, a espiritualidade "abre um pouco mais" as suas portas de contato com o o
"outro lado" para que ele de alguma forma ajude na melhora dos seus irmãos
(encarnados e desencarnados).
Ao contrário do que muitos pensam o médium é, na
maioria das vezes, um espírito que ainda possui várias arestas que devem ser
lapidadas, por isso ele pode falhar como qualquer outro.
A mediunidade é uma "oportunidade" para que o irmão
resgate seus erros e compromissos anteriores de forma mais rápida. Pelo seu
contato com a espiritualidade, sua preparação antes de encarnar e o estudo que
GERALMENTE ele é estimulado a fazer, ele se torna mais "saudável" para as lutas,
mas de forma alguma consegue extinguir as "tendências inferiores" que ainda
vibram latentes, somente o trabalho incessante e a dedicação ao próximo poderão
levá-lo ao fortalecimento necessário.
Porque escrevi isso tudo? Simples, porque os espíritos
inferiores sabem disso, eles sabem das tendências inferiores da grande maioria
dos médiuns, porque eles o estudam para saber seus pontos fracos.
Eles também sabem que sua mediunidade aflorada, quando
aprimorada através de um desenvolvimento sério será útil aos espíritos
superiores, que a utilizarão para esclarecer os necessitados e retirar muitos
das sombras, o que atrapalha os planos das trevas.
Outro ponto importante é que a obsessão de médiuns
IMPREVIDENTES que não oferecem resistência ao contato com o astral inferior,
sofrendo facilmente a fascinação e posterior subjugação.
Muitos médiuns pensam que porque conseguiram vencer os
obsessores no seu primeiro encontro e decidem entrar para um centro estão imunes
às suas investidas, LEDO ENGANO!!! O que temos são tréguas, mas com certeza eles
tentarão de formas diferentes tirá-lo do caminho de Jesus, quanto maior o
alcance e mais importante o trabalho mediúnico, mais forte o assédio.
Por isso quanto maior o destaque do médium mais ele
deve exercer os conselhos do Mestre, "Orar e Vigiar", ser humilde, menos
orgulhoso e buscar sempre burilar as suas imperfeições.
A obsessão ao médium também pode se dar pelos outros
motivos citados: vingança, vampirismo, etc.. , e como todos os outros deve
reformular sua conduta para que se cure.
Trabalhar como médium não é a resposta para obsessão,
ele primeiro deve se curar, entender as responsabilidades e compromissos da
tarefa mediúnica e aceitar os ensinamentos de Jesus para que depois COMECE a
PREPARAÇÃO para o trabalho.
Muitos se perguntam porque os mentores permitem que o
médium seja obsediado, já que ele é responsável por zelar pelo seu pupilo. Cabe
aqui explicar que o médium quando mergulha nos prazeres e sensações físicas,
perde o contato com o seu mentor, que debalde tenta chamá-lo para realidade
espiritual. Quantos conselhos são ignorados e quantos chamados são respondidos
com sarcasmo? Os mentores nada podem fazer quando o médium que está a seus
cuidados afunda na lama do mundo físico, pois por própria escolha ele entra em
contato com os espíritos trevosos e se afasta da proteção e auxílio do
mentor.
O mentor então espera até que o médium se canse,
provando real desejo de renovação.
Nesse momento o mentor faz de tudo para encaminhá-lo a
irmãos que educam e exemplificam nas leis do amor e da caridade.
Mas não pense que o caminho do médium é uma estrada
florida só porque ele deciciu se aprimorar. Para se livrar dos algozes ele terá
que mostrar muita força de vontade, contudo, o mesmo mal que o fez afundar será
útil para construir a sua fortaleza interior, que um dia será utilizada para
imunizá-lo contra as investidas das trevas.
Muitos médiuns que aparecem com sua mediunidade
aflorada esquecem a necessidade do preparo intelectual, emocional e até físico.
Muitos querem trabalhar, esquecendo dos impedimentos e dificuldades que
aparecerão.
Uma boa parte desses médiuns acabam sendo influenciados
por legiões de obsessores, que então os usam para práticas do mal e se tornam
mercenários dos bens espirituais. É um quadro triste e doloroso, pois o médium
será explorado durante a sua vida e após o seu desencarne, já que os espíritos
que o atendiam se acham no direito de cobrar os "favores" realizados.
No livro Nos Domínios da Mediunidade, de Chico Xavier
temos um bom exemplo de Mediunidade Transviada:
"Descera a noite totalmente, quando penetramos
estreita sala, em que um círculo de pessoas se mantinha em oração.
Várias entidades se imiscuíam ali, em meio dos
companheiros encarnados, mas em lamentáveis condições, de vez que pareciam
inferiores aos homens e mulheres que se faziam componentes da reunião.
Apenas o irmão Cássio, um guardião simpático e
amigo, de quem o Assistente nos aproximou, demonstrava superioridade
moral.
Notava-se-lhe, de imediato, a solidão espiritual,
porqüanto desencarnados e encarnados da assembléia não lhe percebiam a presença
e, decerto, não lhe acolhiam os pensamentos.
Ante as interpelações do nosso orientador,
informou, algo desencantado:
- Por enquanto, nenhum progresso, não obstante os
reiterados apelos à renovação. Temos sitiado o nosso Quintino com os melhores
recursos ao nosso alcance, mobilizando livros, impressos e conversações de
procedência respeitável, no entanto, tudo em vão... O teimoso amigo ainda não se
precatou quanto às duras responsabilidades que assume, sustentando um
agrupamento desta natureza...
Aulus buscou reconfortá-lo com um gesto silencioso
de compreensão e convidou-nos a observar.
Revestia-se o recinto de fluidos desagradáveis e
densos.
Dois médiuns davam passividade a companheiros do
nosso plano, os quais, segundo minhas primeiras impressões, jaziam convertidos
em criados autênticos do grupo, assalariados talvez para serviços menos
edificantes. Entidades diversas, nas mesmas condições, enxameavam em torno
deles, subservientes ou metediças.
O fenômeno da psicofonia era ali geral.
Os sensitivos desdobrados se mantinham no ambiente,
alimentando-se das emanações que lhes eram peculiares.
...
Aqueles homens e mulheres que se congregavam no recinto, com intenções tão estranhas, teriam coragem de pedir a companheiros encarnados os serviços que reclamavam dos Espíritos? Não estariam ultrajando a oração e a mediunidade para fugir aos problemas que lhes diziam respeito?
...
Aqueles homens e mulheres que se congregavam no recinto, com intenções tão estranhas, teriam coragem de pedir a companheiros encarnados os serviços que reclamavam dos Espíritos? Não estariam ultrajando a oração e a mediunidade para fugir aos problemas que lhes diziam respeito?
Não dispunham, acaso, de veneráveis conhecimentos
para mobilizar o cérebro, a língua, os olhos, os ouvidos, as mãos e os pés, no
aprendizado enobrecedor? Que faziam da fé? seria justo que um trabalhador
relegasse a outros a enxada que lhe cabia suportar e mover na gleba do
mundo?
Aulus registrou-me as reflexões amargas, porque,
generoso, deu-se pressa em reconfortar-me:
- Um estudo atual de mediunidade, mesmo rápido
quanto o nosso, não seria completo se não perquiríssemos a região do psiquismo
transviado, onde Espiritos preguiçosos, encarnados e desencarnados, respiram em
regime de vampirização recíproca. Aliás, constituem produto natural da
ignorância viciosa em todos os templos da Humanidade. Abusam da oração tanto
quanto menoscabam as possibilidades e oportunidades de trabalho digno, porqüanto
espreitam facilidades e vantagens efêmeras para se acomodarem com a indolência,
em que se lhes cristalizam os caprichos infantis.
- Mas, prosseguirão assim, indefinidamente?
perguntei.
- André, sua dúvida está fora de propósito. Você
possui bastante experiência para saber que a dor é o grande ministro da Justiça
Divina. Vivemos a nossa grande batalha de evolução. Quem foge ao trabalho
sacrificial da frente, encontra a dor pela retaguarda. O Espírito pode
confiar-se à inação, mobilizando delituosamente a vontade, contudo, lá vem um
dia a tormenta, compelindo-o a agitar-se e a mover-se para entender os
impositivos do progresso com mais segurança. Não adianta fugir da eternidade,
porque o tempo, benfeitor do trabalho, é também o verdugo da inércia.
Hilário, que refletia, silencioso, junto de nós,
inquiriu preocupado:
- Por que se entregam nossos irmãos encarnados a
semelhantes práticas de menor esforço? Há tantas lições de aprimoramento
espiritual, há tantos apelos à dignificação da mediunidade, nas linhas
doutrinárias do Espiritismo!... Por que o desequilíbrio?
Aulus pensou alguns instantes e redargüiu:
- Hilário, é imprescindível recordar que não nos
achamos diante da Doutrina do Espiritismo. Presenciamos fenômenos mediúnicos,
manobrados por mentes ociosas, afeiçoadas à exploração inferior por onde passam,
dignas, por isso mesmo, de nossa piedade. E não ignoramos que fenômenos
mediúnicos são peculiares a todos os santuários e a todas as criaturas. Quanto à
preferência de nossos amigos pela convivência com os desencarnados ainda
imensamente presos ao campo sensorial da vida física, incapazes ainda de mais
ampla visão das realidades do Espírito, isso é compreensível na Terra. É sempre
mais fácil ao homem comum trabalhar com subalternos ou iguais, porque, servir ao
lado de superiores exige boa-vontade, disciplina, correção de proceder e firme
desejo de melhorar-se. Sabemos que a morte não é milagre. Cada qual desperta,
depois do túmulo, na posição espiritual que procurou para si... Ora, o homem
vulgar sente-se mais à solta junto das entidades que lhe lisonjeiam as paixões,
estimulando-lhe os apetites, de vez que todos somos constrangidos a educar-nos,
na vizinhança de companheiros evolutidos, que já aprenderam deram a sublimar os
próprios impulsos, consagrando-se à lavoura incessante do bem.
- Mas não será isso um abuso do homem encarnado?
não será crime parasitar os desencarnados de condição inferior? — indagou
Hilário.
- Isso não padece dúvida — confirmou o instrutor.
- E esse delito ficará impune?
Aulus fixou leve expressão de bom humor e respondeu:
- Não se preocupem demasiado. Quando o erro procede da ignorância bem-intencionada, a Lei prevê recursos indispensáveis ao esclarecimento justo no espaço e no tempo, porqüanto a genuína caridade, sob qualquer título, é sempre venerável. Entretanto, se o abuso é deliberado, não faltará corrigenda.
Vagueou o olhar sobre o diretor da assembléia e sobre os medianeiros que incorporavam os comunicantes e acrescentou:
- Teotônio e Raimundo, tanto quanto alguns outros desencarnados da posição deles, e que aqui se aglomeram, realmente são mais vampirizados que vampirizadores. Fascinados pelas requisições de Quintino e dos médiuns que lhe prestigiam a obra infeliz, seguem-lhes os passos, como aprendizes no encalço dos mentores aos quais se devotam. Na hipótese de não se reajustarem no bem, tão logo se desencarnem o dirigente deste grupo e os instrumentos medianímicos que lhe copiam as atitudes, serão eles surpreendidos pelas entidades que escravizaram, a lhes reclamarem orientação e socorro, e, mui provavelmente, mais tarde, no grande porvir, quando responsáveis e vitimas estiverem reunidos no instituto da consangüinidade terrestre, na condição de pais e filhos, acertando contas e recompondo atitudes, alcançarão pleno equilíbrio nos débitos em que se emaranharam.
Ante a nossa admiração silenciosa, o Assistente concluiu:
- Cada serviço nobre recebe o salário que lhe diz respeito e cada aventura menos digna tem o preço que lhe corresponde."
- Isso não padece dúvida — confirmou o instrutor.
- E esse delito ficará impune?
Aulus fixou leve expressão de bom humor e respondeu:
- Não se preocupem demasiado. Quando o erro procede da ignorância bem-intencionada, a Lei prevê recursos indispensáveis ao esclarecimento justo no espaço e no tempo, porqüanto a genuína caridade, sob qualquer título, é sempre venerável. Entretanto, se o abuso é deliberado, não faltará corrigenda.
Vagueou o olhar sobre o diretor da assembléia e sobre os medianeiros que incorporavam os comunicantes e acrescentou:
- Teotônio e Raimundo, tanto quanto alguns outros desencarnados da posição deles, e que aqui se aglomeram, realmente são mais vampirizados que vampirizadores. Fascinados pelas requisições de Quintino e dos médiuns que lhe prestigiam a obra infeliz, seguem-lhes os passos, como aprendizes no encalço dos mentores aos quais se devotam. Na hipótese de não se reajustarem no bem, tão logo se desencarnem o dirigente deste grupo e os instrumentos medianímicos que lhe copiam as atitudes, serão eles surpreendidos pelas entidades que escravizaram, a lhes reclamarem orientação e socorro, e, mui provavelmente, mais tarde, no grande porvir, quando responsáveis e vitimas estiverem reunidos no instituto da consangüinidade terrestre, na condição de pais e filhos, acertando contas e recompondo atitudes, alcançarão pleno equilíbrio nos débitos em que se emaranharam.
Ante a nossa admiração silenciosa, o Assistente concluiu:
- Cada serviço nobre recebe o salário que lhe diz respeito e cada aventura menos digna tem o preço que lhe corresponde."
Como contribuição de minha querida amiga Narcí copio o
texto enviado por ela para complementar esse tópico:
"Embora muitos problemas obsessivos se devam a
invigilância das vítimas, existem muitos casos de interferência espiritual
negativa independente da invigilância. Muitos ataques são desferidos em direção
a todos os que estão a serviço do Cristo, embora nesses casos, não haja uma
situação permanente obsessiva. Sempre ocorre o auxílio dos mentores com o
desligamento destas entidades usadas por magos negros com a finalidade de
desestabilizar os trabalhadores da Luz".
Os espíritos que não souberam honrar as virtudes e o
amor, prejudicando a si e ao próximo estão sujeitos a obsessão após a morte. As
informações que estaremos passando neste tópico só se aplicam aos moribundos que
não possuem o merecimento para intercessão dos entes queridos, sendo então
deixados a sua sorte, para que no sofrimento e na dor a crosta de vaidade e
orgulho seja amolecida.
A obsessão de desencarnados é geralmente realizada
pelas legiões de obsessores, que basicamente tem os seguintes objetivos:
- Absorver a vitalidade ainda existente nos seus corpos.
- Vinganças, torturas e maldades.
- Para os que praticaram o mal eles podem achar que estão fazendo justiça com as próprias mãos, julgando os que praticaram maldade enquanto encarnados.
- Hipnotizam e manipulam alguns, colocando-os junto a encarnados para desequilibrá-los e facilitar a execução de seus planos maldosos
Abaixo exemplificaremos cada um dos casos com trechos
retirados dos livros de André Luiz, escritos por Chico Xavier.
8.1 Absorção de
Vitalidade do recém-desencarnado
Missionários da Luz - Capítulo 11 – Intercessão
Missionários da Luz - Capítulo 11 – Intercessão
"Podemos seguir adiante. O pobre irmão,
semi-inconsciente, permanece imantado a um grupo perigoso de vampiros, em
lugarejo próximo ...
Semelhantes infelizes - elucidou Alexandre - abusam
de recém-desencarnados sem qualquer defesa, como este pobre Raul, nos primeiros
dias que se sucedem à morte física, subtraindo-lhes as forças vitais, depois de
lhes explorarem o corpo grosseiro ...
O pobrezinho permanece temporariamente
desmemoriado. O estado dele, depois de tão prolongada sucção de energias vitais,
é de lamentável inconsciência.
Em face da minha estranheza, Alexandre
acrescentou:
- Que deseja você? Esperaria por aqui o processo de menor esforço? O magnetismo do mal está igualmente cheio de poder, mormente para aqueles que caem voluntariamente sob os seus tentáculos."
Obreiros da Vida Eterna – Capitulo 15 – Aprendendo Sempre
- Que deseja você? Esperaria por aqui o processo de menor esforço? O magnetismo do mal está igualmente cheio de poder, mormente para aqueles que caem voluntariamente sob os seus tentáculos."
Obreiros da Vida Eterna – Capitulo 15 – Aprendendo Sempre
"Nossa função, acompanhando os despojos —
esclareceu ele, afávelmente —, não se verifica apenas no sentido de exercitar o
desencarnado para os movimentos iniciais da libertação. Destina-se também à sua
defesa. Nos cemitérios costuma congregar-se compacta fileira de malfeitores,
atacando vísceras cadavéricas, para subtrair-lhes resíduos vitais."
8.2 Julgamento de
Desencarnados
Libertação – Capitulo 5 – Operações Seletivas
Libertação – Capitulo 5 – Operações Seletivas
"Os julgadores, por sua vez, desceram, pomposos,
dos tronos içados e tomaram assento numa espécie de nicho a salientar-se de
cima, inspirando silêncio e temor, porque a turba inconsciente, em redor,
calou-se de súbito.
Tambores variados rufaram, como se estivéssemos
numa parada militar em grande estilo, e uma composição musical semi-selvagem
acompanhou-lhes o ritmo, torturando-nos a sensibilidade.
Terminado aquele ruído, um dos julgadores se
levantou e dirigiu-se à massa, aproximadamente nestes termos:
- Nem lágrimas, nem lamentos.
Nem sentença condenatória, nem absolvição gratuita.
Esta casa não pune, nem recompensa.
A morte é caminho para a justiça.
Escusado qualquer recurso à compaixão, entre criminosos.
- Nem lágrimas, nem lamentos.
Nem sentença condenatória, nem absolvição gratuita.
Esta casa não pune, nem recompensa.
A morte é caminho para a justiça.
Escusado qualquer recurso à compaixão, entre criminosos.
Não somos distribuidores de sofrimento, e, sim,
mordomos do Governo do Mundo.
Nossa função é a de selecionar delinqüentes, a fim
de que as penas lavradas pela vontade de cada um sejam devidamente aplicadas em
lugar e tempo justos.
Quem abriu a boca para vilipendiar e ferir,
prepare-se a receber, de retorno, as forças tremendas que desencadeou através da
palavra envenenada.
Quem abrigou a calúnia, suportará os gênios
infelizes aos quais confiou os ouvidos.
Quem desviou a visão para o ódio e para a desordem, descubra novas energias para contemplar os resultados do desequilíbrio a que se consagrou, espontaneamente.
Quem desviou a visão para o ódio e para a desordem, descubra novas energias para contemplar os resultados do desequilíbrio a que se consagrou, espontaneamente.
Quem utilizou as mãos em sementeiras de malícia,
discórdia, inveja, ciúme e perturbação deliberada, organize resistência para a
colheita de espinhos.
Quem centralizou os sentidos no abuso de faculdades
sagradas espere, doravante, necessidades enlouquecedoras, porque as paixões
envilecentes, mantidas pela alma no corpo físico, explodem aqui, dolorosas e
arrasadoras. A represa por longo tempo guarda micróbios e monstros, segregados a
distância do curso tranquilo das águas; todavia, chega um momento em que a
tempestade ou a decadência surpreendem a obra vigorosa de alvenaria e as formas
repelentes, libertadas, se espalhem e crescem em toda a extensão da
corrente.
Seguidores do vício e do crime,
tremei!
Condenados por vós mesmos, conservais a mente prisioneira das mais baixas forças da vida, à maneira do batráquio encarcerado no visco do pântano, ao qual se habituou no transcurso dos séculos!. .
Condenados por vós mesmos, conservais a mente prisioneira das mais baixas forças da vida, à maneira do batráquio encarcerado no visco do pântano, ao qual se habituou no transcurso dos séculos!. .
Nesse ponto, o orador fêz pausa e reparei os
circunstantes.
Olhos esgazeados pelo pavor jaziam abertos em todas as máscaras fisionômicas.
O juiz, por sua vez, não parecia respeitar o menor resquício de misericórdia. Mostrava-se interessado em criar ambiente negativo a qualquer espécie de soerguimento moral, estabelecendo nos ouvintes angustioso temor.
Prolongando-se o intervalo, enderecei com o olhar silenciosa interrogação ao nosso orientador, que me falou quase em segredo:
Olhos esgazeados pelo pavor jaziam abertos em todas as máscaras fisionômicas.
O juiz, por sua vez, não parecia respeitar o menor resquício de misericórdia. Mostrava-se interessado em criar ambiente negativo a qualquer espécie de soerguimento moral, estabelecendo nos ouvintes angustioso temor.
Prolongando-se o intervalo, enderecei com o olhar silenciosa interrogação ao nosso orientador, que me falou quase em segredo:
- O julgador conhece à saciedade as leis
magnéticas, nas esferas inferiores, e procura hipnotizar as vítimas em sentido
destrutivo, não obstante usar, como vemos, a verdade contundente.
- Não vale acusar a edilidade desta colônia -
prosseguiu a voz trovejante -, porque ninguém escapará aos resultados das
próprias obras, quanto o fruto não foge às propriedades da árvore que o
produziu.
Amaldiçoados sejam pelo Governo do Mundo quem nos
desrespeite as deliberações, baseadas, aliás, nos arquivos mentais de cada
um.
Assinalando, intuitivamente, a queixa mental dos
ouvintes, bradou, terrificante:
- Quem nos acusa de crueldade? Não será benfeitor
do espírito coletivo o homem que se consagra à vigilância de uma penitenciária?
e quem sois vós, senão rebotalho humano? Não viestes, até aqui, conduzidos pelos
próprios ídolos que adorastes?
Nesse momento, convulsivo choro invadiu a
muitos.
Gritos atormentados, rogativas de compaixão se
fizeram ouvir. Muitos se prosternaram de joelhos.
Imensa dor generalizara-se.
Imensa dor generalizara-se.
Gúbio trazia a destra sobre o peito, como se
contivesse o coração, mas, vendo por minha vez aquele grande grupo de espíritos
rebelados e humilhados, orgulhosos e vencidos, lastimando amargamente as
oportunidades perdidas, recordei meus velhos caminhos de ilusão e - porque não
dizer? - ajoelhei-me também, compungido, implorando piedade em
silêncio.
Exasperado, o julgador bradou, colérico:
- Perdão? Quando desculpastes sinceramente os companheiros da estrada? onde está o juiz reto que possa exercer, impune, a misericórdia?
E incidindo toda a força magnética que lhe era peculiar, através das mãos, sobre uma pobre mulher que o fixava, estarrecida, ordenou-lhe com voz soturna:
- Venha! venha!
Exasperado, o julgador bradou, colérico:
- Perdão? Quando desculpastes sinceramente os companheiros da estrada? onde está o juiz reto que possa exercer, impune, a misericórdia?
E incidindo toda a força magnética que lhe era peculiar, através das mãos, sobre uma pobre mulher que o fixava, estarrecida, ordenou-lhe com voz soturna:
- Venha! venha!
Com expressão de sonâmbula, a infeliz obedeceu à
ordem, destacando-se da multidão e colocando-se, em baixo, sob os raios
positivos da atenção dele.
- Confesse! confesse! — determinou o desapiedado
julgador, conhecendo a organização frágil e passiva a que se dirigia.
A desventurada senhora bateu no peito, dando-nos a impressão de que rezava o “confiteor” e gritou, lacrimosa:
- Perdoai-me! perdoai-me, ó Deus meu!
E como se estivesse sob a ação de droga misteriosa que a obrigasse a desnudar o íntimo, diante de nós, falou, em voz alta e pausada:
A desventurada senhora bateu no peito, dando-nos a impressão de que rezava o “confiteor” e gritou, lacrimosa:
- Perdoai-me! perdoai-me, ó Deus meu!
E como se estivesse sob a ação de droga misteriosa que a obrigasse a desnudar o íntimo, diante de nós, falou, em voz alta e pausada:
- Matei quatro filhinhos inocentes e tenros... e
combinei o assassínio de meu intolerável esposo... O crime, porém, é um monstro
vivo. Perseguiu-me, enquanto me demorei no corpo...
Tentei fugir-lhe através de todos os recursos, em vão... e por mais buscasse afogar o infortúnio em "bebidas de prazer", mais me chafurdei no charco de mim mesma...
De repente, parecendo sofrer a interferência de lembranças menos dignas, clamou:
- Quero vinho! vinho! prazer!...
Tentei fugir-lhe através de todos os recursos, em vão... e por mais buscasse afogar o infortúnio em "bebidas de prazer", mais me chafurdei no charco de mim mesma...
De repente, parecendo sofrer a interferência de lembranças menos dignas, clamou:
- Quero vinho! vinho! prazer!...
Em vigorosa demonstração de poder, afirmou,
triunfante, o magistrado:
- Como libertar semelhante fera humana ao preço de rogativas e lágrimas?
Em seguida, fixando sobre ela as irradiações que lhe emanavam do temível olhar, asseverou, peremptório:
- Como libertar semelhante fera humana ao preço de rogativas e lágrimas?
Em seguida, fixando sobre ela as irradiações que lhe emanavam do temível olhar, asseverou, peremptório:
- A sentença foi lavrada por si mesma! não passa de
uma loba, de uma loba...
A medida que repetia a afirmação, qual se procurasse persuadi-la a sentir-se na condição do irracional mencionado, notei que a mulher, profundamente influenciável, modificava a expressão fisionômica. Entortou-se-lhe a boca, a cerviz curvou-se, espontânea, para a frente, os olhos alteraram-se, dentro das órbitas. Simiesca expressão revestiu-lhe o rosto.
A medida que repetia a afirmação, qual se procurasse persuadi-la a sentir-se na condição do irracional mencionado, notei que a mulher, profundamente influenciável, modificava a expressão fisionômica. Entortou-se-lhe a boca, a cerviz curvou-se, espontânea, para a frente, os olhos alteraram-se, dentro das órbitas. Simiesca expressão revestiu-lhe o rosto.
Via-se, patente, naquela exibição de poder, o
efeito do hipnotismo sobre o corpo perispirítico.
Em voz baixa, procurei recolher o ensinamento de Gúbio, que me esclareceu num cicio:
Em voz baixa, procurei recolher o ensinamento de Gúbio, que me esclareceu num cicio:
- O remorso é uma bênção, sem dúvida, por levar-nos
à corrigenda, mas também é uma brecha, através da qual o credor se insinua,
cobrando pagamento. A dureza coagula-nos a sensibilidade durante certo tempo;
todavia, sempre chega um minuto em que o remorso nos descerra a vida mental aos
choques de retorno das nossas próprias emissões.
E acentuando, de modo singular, a voz quase
imperceptível, acrescentou:
- Temos aqui a gênese dos fenômenos de licantropia, inextricáveis, ainda, para a investigação dos médicos encarnados. Lembras-te de Nabucodonosor, o rei poderoso, a que se refere a Bíblia? Conta-nos o Livro Sagrado que ele viveu, sentindo-se animal, durante sete anos. O hipnotismo étão velho quanto o mundo e é recurso empregado pelos bons e pelos maus, tomando-se por base, acima de tudo, os elementos plásticos do perispírito.
Notando, porém, que a mulher infeliz prosseguia guardando estranhos caracteres no semblante perguntei:
- Temos aqui a gênese dos fenômenos de licantropia, inextricáveis, ainda, para a investigação dos médicos encarnados. Lembras-te de Nabucodonosor, o rei poderoso, a que se refere a Bíblia? Conta-nos o Livro Sagrado que ele viveu, sentindo-se animal, durante sete anos. O hipnotismo étão velho quanto o mundo e é recurso empregado pelos bons e pelos maus, tomando-se por base, acima de tudo, os elementos plásticos do perispírito.
Notando, porém, que a mulher infeliz prosseguia guardando estranhos caracteres no semblante perguntei:
- Esta irmã infortunada permanecerá doravante em
tal aviltamento da forma?
Finda longa pausa, o Instrutor informou, com tristeza:
- Ela não passaria por esta humilhação se não a merecesse. Além disso, se se adaptou às energias positivas do juiz cruel, em cujas mãos veio a cair, pode também esforçar-se intimamente, renovar a vida mental para o bem supremo e afeiçoar-se à influenciação de benfeitores que nunca escasseiam na senda redentora. Tudo, André, em casos como este, se resume a problema de sintonia. Onde colocamos o pensamento, aí se nos desenvolverá a própria vida."
Finda longa pausa, o Instrutor informou, com tristeza:
- Ela não passaria por esta humilhação se não a merecesse. Além disso, se se adaptou às energias positivas do juiz cruel, em cujas mãos veio a cair, pode também esforçar-se intimamente, renovar a vida mental para o bem supremo e afeiçoar-se à influenciação de benfeitores que nunca escasseiam na senda redentora. Tudo, André, em casos como este, se resume a problema de sintonia. Onde colocamos o pensamento, aí se nos desenvolverá a própria vida."
8.3
Hipnose
Nos Domínios da Mediunidade
Nos Domínios da Mediunidade
"Abeiramo-nos de triste companheiro, de macilenta
expressão fisionômica, e Hilário, num impulso todo humano, perguntou-lhe:
- Amigo, como te chamas?
- Eu? - tartamudeou o interpelado.
E, num esforço tremendo e inútil para recordar-se de alguma coisa, ajuntou:
- Eu não tenho nome...
- Impossível!... — considerou meu colega, dominado de espanto - todos temos um nome.
- Esqueci-me, esqueci-me de tudo... - comentou o infeliz, desoladoramente.
- É um caso de amnésia a estudar - aclarou o companheiro da equipe de trabalho que visitávamos.
- Fenômeno natural? - interrogou Hilário, perplexo.
- Sim, pode ser natural, em razão de algum desequilíbrio trazido da Terra, mas é possível que o nosso amigo esteja sendo vítima de vigorosa sugestão pós-hipnótica, partida de algum perseguidor de grande poder sobre os seus recursos mnemônicos. Encontra-se ainda profundamente imantado às sensações físicas e a vida cerebral nele ainda é uma cópia das linhas sensoriais que deixou. Assim considerando, é provável esteja submetido ao império de vontades estranhas e menos dignas, às quais se teria associado no mundo.
- Céus! - clamou meu colega impressionado — é possível semelhante dominação depois da morte?
- Como não? a morte é continuação da vida, e na vida, que é eterna, possuimos o que buscamos.
Atento aos nossos estudos da mediunidade, observei:
- Se o nosso amigo desmemoriado for conduzido ao aparelho mediúnico, manifestar-se-á, acaso, assim, ignorando a identidade que lhe é própria?
- Perfeitamente. E precisará de tratamento carinhoso como qualquer alienado mental comum. Exprimindo-se por algum médium que lhe dê guarida, será para qualquer doutrinador terrestre o mesmo enigma que estamos presenciando."
- Amigo, como te chamas?
- Eu? - tartamudeou o interpelado.
E, num esforço tremendo e inútil para recordar-se de alguma coisa, ajuntou:
- Eu não tenho nome...
- Impossível!... — considerou meu colega, dominado de espanto - todos temos um nome.
- Esqueci-me, esqueci-me de tudo... - comentou o infeliz, desoladoramente.
- É um caso de amnésia a estudar - aclarou o companheiro da equipe de trabalho que visitávamos.
- Fenômeno natural? - interrogou Hilário, perplexo.
- Sim, pode ser natural, em razão de algum desequilíbrio trazido da Terra, mas é possível que o nosso amigo esteja sendo vítima de vigorosa sugestão pós-hipnótica, partida de algum perseguidor de grande poder sobre os seus recursos mnemônicos. Encontra-se ainda profundamente imantado às sensações físicas e a vida cerebral nele ainda é uma cópia das linhas sensoriais que deixou. Assim considerando, é provável esteja submetido ao império de vontades estranhas e menos dignas, às quais se teria associado no mundo.
- Céus! - clamou meu colega impressionado — é possível semelhante dominação depois da morte?
- Como não? a morte é continuação da vida, e na vida, que é eterna, possuimos o que buscamos.
Atento aos nossos estudos da mediunidade, observei:
- Se o nosso amigo desmemoriado for conduzido ao aparelho mediúnico, manifestar-se-á, acaso, assim, ignorando a identidade que lhe é própria?
- Perfeitamente. E precisará de tratamento carinhoso como qualquer alienado mental comum. Exprimindo-se por algum médium que lhe dê guarida, será para qualquer doutrinador terrestre o mesmo enigma que estamos presenciando."
8.4
Vinganças
Sexo e Obsessão – Divaldo Pereira Franco
Sexo e Obsessão – Divaldo Pereira Franco
"... Abençoada pela desencarnação, foi recolhida
por execrando comparsas que a aprisionaram, desvitalizando-a através de
vampirização contínua e de escabrosidades inimagináveis."
Os suicidas podem ser obsediados ou utilizados como
fonte de desequilíbrio para a vítima encarnada. As emanações de suicidas são
extremamente desagradáveis e podem pertubar bastante um encarnado se ficarem
próximos a eles.
É difícil imaginar (porém não impossível) um suicida
conseguir sozinho obsediar alguém, seu campo mental e emocional ficam totalmente
desequilibrados. Ele vive o ato do seu crime constantemente, como que
hipnotizado.
As energias do suicida são tão desequilibradas que a
espiritualidade recolhe esses irmãos para um local apropriado, evitando que os
encarnados entrem em contato com essas energias extremamente nocivas. Os lugares
para onde eles são levados são conhecidos na literatura como Vale dos Suicidas,
que nada mais é que uma região no Astral Inferior destinada ao expurgo.
Retiramos um trecho do livro Memórias de um Suicida, de
Yvonne Pereira:
"Nas peripécias que o suicida entra a curtir depois
do desbarato que prematuramente o levou ao túmulo, o Vale Sinistro apenas
representa um estágio temporário, sendo ele para lá encaminhado por movimento de
impulsão natural, com o qual se afina, até que se desfaçam as pesadas cadeias
que o atrelam ao corpo físicoterreno, destruído antes da ocasião prevista pela
lei natural. ...
Nossa qualidade de suicidas, cuja aura virulada por
irradiações inferiores poderia levar a perturbação e o desgosto às pobres
criaturas encarnadas das quais nos aproximássemos, ou delas receber
influenciações prejudiciais ao delicado tratamento a que éramos submetidos,
inibia-nos permanecer em quaisquer recintos habitados ou visitados por almas
encarnadas."
Existem legiões de obsessores que se aproveitam de
suicidas que não tem o "pequeno merecimento" (haja visto o sofrimento que
passam) de serem amparados pelas legiões de benfeitores, que encaminham-nos para
os Vales.
Esses grupos vampirizam as energias vitais do suicida,
torturam-no e o utilizam para obsediar encarnados.
Os suicidas possuem seu corpo astral impregnado da
matéria fluídica, já que exterminaram-no prematuramente, rompendo abruptamente
os laços entre o corpo físico e os corpos superiores.
Os obsessores muito se interessam por vampirizar essas
energias. Do livro Memórias de um Suicida retiramos o seguinte trecho:
"Será preciso que se desagreguem dele as poderosas
camadas de fluidos vitais que lhe revestiam a organização física, adaptadas por
afinidades especiais da Grande Mãe Natureza à organização astral, ou seja, ao
perispírito, as quais nele se aglomeram em reservas suficientes para o
compromisso da existência completa; que se arrefeçam, enfim, as mesmas
afinidades, labor que na individualidade de um suicida será acompanhado das mais
aflitivas dificuldades, de morosidade impressionante, para, só então, obter
possibilidade vibratória que lhe faculte alívio e progresso".
Os obsessores também podem ligar o suicida a uma pessoa
que desejam obsediar, vampirizar ou destruir. As emanações do suicida vão
minando a resistência psíquica do encarnado, além, de vivenciar as sensações de
um suicídio e compartilhar do desejo de se matar.
Fechamos esse tópico com a explicação dada no livro
Memórias de um Suicida sobre os obsessores dos suicidas:
"Por exemplo: - Existem almas de suicidas que não
chegam a ingressar no Vale por vias naturais. Ingressar ali já será estar o
delinqüente mais ou menos amparado, porque sob nossa assistência e vigilância,
embora oculta, registrado nos assentamentos da Colônia como candidato a futura
hospitalização. Há no entanto aqueles que são aprisionados, ou seduzidos e
desencaminhados, antes de atingirem o Vale, por maltas de obsessores, que, às
vezes, também foram suicidas, ou mistificadores, entidades perversas e
criminosas, cujo prazer é a prática de vilezas, escória do mundo invisível
desnorteada pelas próprias maldades, que continuam vivendo na Terra ao lado dos
homens, contaminando a sociedade e os lares terrenos que lhes não oferecem
resistência através da vigilância dos bons pensamentos e prudentes ações,
infelicitando criaturas incautas que lhes fornecem acesso com a própria
inferioridade moral e mental! Se escravizado por semelhante horda, o suicida
entra a experimentar torturas à frente das quais os acontecimentos verificados
no Vale - que são o resultado lógico do ato de suicídio - pareceriam meros
gracejos!
Porque não disponham de poderes espirituais
verdadeiros, esses infelizes, que vivem divorciados da luz do Bem e do Amor ao
próximo, aquartelam-se, geralmente, em locais pavorosos e sinistros da própria
Terra, - afinados com seus estados mentais, tais como o seio das florestas
tenebrosas, catacumbas abandonadas dos cemitérios, cavernas solitárias de
montanhas muitas vezes desconhecidas dos homens e até antros sombrios de
rochedos marinhos e crateras de vulcões extintos.
Hipócritas e mentirosos, fazem crer às suas vítimas
serem tais regiões obras suas, construídas pelo poder de suas capacidades, pois
invejam as Colônias regeneradoras dirigidas pelas entidades iluminadas, e,
aprisionando-as, torturam-nas por todas as formas, desde a aplicação dos maus
tratos "físicos" e da obscenidade, até a criação da loucura para suas mentes já
incendidas pela profundidade dos sofrimentos que lhes eram pessoais;
infligem-lhes suplícios, finalmente, cuja concepção ultrapassa a possibilidade
de raciocínio das vossas mentes, e cuja visão não suportaríeis por ainda serdes
demasiadamente fracos para vos isolardes das pesadas sugestões que sobre vós
cairiam, capazes de vos levarem a adoecer!”
A obsessão não ocorre somente do desencarnado para o
encarnado, ela pode também partir do encarnado.
Muitos irmãos que ainda se encontram no corpo físico
podem se vincular de tal forma a espíritos desencarnados que passam a exigir sua
presença. O espírito desencarnado pode então entrar em desequilíbrio e a atração
chega a um ponto onde não sabemos quem é a vítima e quem é o verdugo...
No livro Nos Domínios da Mediunidade temos um ótimo
exemplo:
"Alcançáramos o leito simples em que Libério, de
olhar esgazeado, se mostrava distante de qualquer interesse pela nossa
presença.
Enxergava-nos, impassível.
Exibia o semblante dos loucos, quando transfigurados por ocultas flagelações.
Um dos guardas veio até nós e comunicou a Abelardo que o doente trazido à internação denotava crescente angústia.
Aulus auscultou-o, paternalmente, e, em seguida, informou:
Exibia o semblante dos loucos, quando transfigurados por ocultas flagelações.
Um dos guardas veio até nós e comunicou a Abelardo que o doente trazido à internação denotava crescente angústia.
Aulus auscultou-o, paternalmente, e, em seguida, informou:
- O pensamento da irmã encarnada que o nosso amigo
vampiriza está presente nele, atormentando-o. Acham-se ambos sintonizados na
mesma onda. E’ um caso de perseguição recíproca. Os benefícios recolhidos no
grupo estão agora eclipsados pelas sugestões arremessadas de longe.
- Temos então aqui - aleguei - um símile perfeito
do que verificamos comumente na Terra, nos setores da mediunidade torturada.
Médiuns existem que, aliviados dos vexames que recebem por parte de entidades
inferiores, depressa como que lhes reclamam a presença, religando-se a elas
automaticamente, embora o nosso mais sadio propósito de libertá-los.
- Sim - aprovou o orientador -, enquanto não lhes
modificamos as disposições espirituais, favorecendo-lhes a criação de novos
pensamentos, jazem no regime da escravidão mútua, em que obsessores e obsidiados
se nutrem das emanações uns dos outros. Temem a separação, pelos hábitos
cristalizados em que se associam, segundo os princípios da afinidade, e daí
surgem os impedimentos para a dupla recuperação que lhes desejamos.
O doente fizera-se mais angustiado, mais pálido.
Parecia registrar uma tempestade interior, pavorosa e incoercível.
O doente fizera-se mais angustiado, mais pálido.
Parecia registrar uma tempestade interior, pavorosa e incoercível.
- Tudo indica a vizinhança da irmã que se lhe
apoderou da mente. Nosso companheiro se revela mais dominado, mais
aflito...
Mal acabara o orientador de formular o seu prognóstico e a pobre mulher, desligada do corpo físico pela atuação do sono, apareceu à nossa frente, reclamando feroz:
Mal acabara o orientador de formular o seu prognóstico e a pobre mulher, desligada do corpo físico pela atuação do sono, apareceu à nossa frente, reclamando feroz:
- Libório! Libório! por que te ausentaste? Não me
abandones! Regressemos para nossa casa! Atende, atende!...
- Que vemos? - exclamou Hilário, intrigado.
- Não será esta a criatura que o serviço desta noite pretende isolar das más influências?
E porque o orientador respondesse de modo afirmativo, meu colega continuou:
- Deus de bondade! mas não está ela interessada no reajustamento da própria saúde? não roga socorro à instituição que freqUenta?
- Que vemos? - exclamou Hilário, intrigado.
- Não será esta a criatura que o serviço desta noite pretende isolar das más influências?
E porque o orientador respondesse de modo afirmativo, meu colega continuou:
- Deus de bondade! mas não está ela interessada no reajustamento da própria saúde? não roga socorro à instituição que freqUenta?
- Isso é o que ela julga querer - explicou Aulus,
cuidadoso -, entretanto, no íntimo, alimenta-se com os fluidos enfermiços do
companheiro desencarnado e apega-se a ele, instintivamente. Milhares de pessoas
são assim. Registram doenças de variados matizes e com elas se adaptam para mais
segura acomodação com o menor esforço. Dizem-se prejudicadas e inquietas,
todavia, quando se lhes subtrai a moléstia de que se fazem portadoras, sentem-se
vazias e padecentes, provocando sintomas e impressões com que evocam as
enfermidades a se exprimirem, de novo, em diferentes manifestações,
auxiliando-as a cultivar a posição de vítimas, na qual se comprazem. Isso
acontece na maioria dos fenômenos de obsessão. Encarnados e desencarnados se
prendem uns aos outros, sob vigorosa fascinação mútua, até que o centro de vida
mental se lhes altere. É por esse motivo que, em muitas ocasiões, as dores
maiores são chamadas a funcionar sobre as dores menores, com o objetivo de
acordar as almas viciadas nesse gênero de trocas inferiores.
A esse tempo, a recém-chegada conseguira abeirar-se
mais intimamente de Libório, que passou a demonstrar visível satisfação. Sorria
ele agora à maneira de uma criança contente.
Identificando, porém, a presença de Dona Celina, a infeliz bradou, colérica:
Identificando, porém, a presença de Dona Celina, a infeliz bradou, colérica:
- Quem é esta mulher? dize! dize!...
Nossa abnegada amiga avançou para ela com simplicidade e implorou:
- Minha irmã, acalme-se! Libório está fatigado, enfermo! Ajudemo-lo a repousar!...
Nossa abnegada amiga avançou para ela com simplicidade e implorou:
- Minha irmã, acalme-se! Libório está fatigado, enfermo! Ajudemo-lo a repousar!...
A interlocutora não lhe suportou o olhar doce e
benigno e, longe de reconhecer a prestimosa médium do grupo a que se associara,
enceguecida de ciúme, gritou para o enfermo palavras amargas, que não seria
licito reproduzir, e abandonou o recinto, em desabalada carreira.
Libório mostrou evidente contrariedade. Áulus, contudo, aplicou-lhe passes, restituindo-lhe a calma.
Em seguida, o Assistente nos disse, amorável:
Libório mostrou evidente contrariedade. Áulus, contudo, aplicou-lhe passes, restituindo-lhe a calma.
Em seguida, o Assistente nos disse, amorável:
- Como vemos, a Bondade Divina é tão grande que até
os nossos sentimentos menos dignos são aproveitados em nossa própria defesa. O
despeito da visitante, encontrando Celina junto do enfermo, dar-nos-á tréguas
valiosas, de vez que teremos algum tempo para auxiliá-lo nas reflexões
necessárias. Quando acordar no corpo carnal, pela manhã, nossa pobre amiga
lembrar-se-á vagamente de haver sonhado com Libório, ao lado de uma companheira,
pintando um quadro de impressões a seu bel-prazer, porqüanto cada mente vê nos
outros aquilo que traz em si mesma.
Abelardo estava satisfeito. Acariciava o doente, antevendo-lhe as melhoras.
Hilário, semi-espantado, considerou:
- O que me assombra é reconhecer o serviço incessante por toda a parte. Na vigilia e no sono, na vida e na morte..."
Abelardo estava satisfeito. Acariciava o doente, antevendo-lhe as melhoras.
Hilário, semi-espantado, considerou:
- O que me assombra é reconhecer o serviço incessante por toda a parte. Na vigilia e no sono, na vida e na morte..."
Também existe a obsessão entre encarnados. Esta pode
ocorrer durante a vigília e também durante o sono físico.
A causa de tais perseguições podem variar entre paixão não correspondida, vingança, inveja e até ciúme.
A causa de tais perseguições podem variar entre paixão não correspondida, vingança, inveja e até ciúme.
Allan Karde define a possessão no livro A
Gênese:
"Na obsessão, o Espírito atua exteriormente, com a
ajuda do seu perispírito, que ele identifica com o do encarnado, ficando este
afinal enlaçado por uma como teia e constrangido a proceder contra a sua
vontade. Na possessão, em vez de agir exteriormente, o Espírito atuante se
substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado; toma-lhe o corpo para
domicílio, sem que este, no entanto, seja abandonado pelo seu dono, pois que
isso só se pode dar pela morte. A possessão, conseguintemente, é sempre
temporária e intermitente, porque um Espírito desencarnado não pode tomar
definitivamente o lugar de um encarnado, pela razão de que a união molecular do
perispírito e do corpo só se pode operar no momento da concepção. (Cap. XI, nº
18. )De posse momentânea do corpo do encarnado, o Espírito se serve dele como se
seu próprio fora: fala pela sua boca, vê pelos seus olhos, opera com seus
braços, conforme o faria se estivesse vivo. Não é como na mediunidade falante,
em que o Espírito encarnado fala transmitindo o pensamento de um desencarnado;
no caso da possessão é mesmo o último que fala e obra; quem o haja conhecido em
vida, reconhece-lhe a linguagem, a voz, os gestos e até a expressão da
fisionomia.
....
Quando é mau o Espírito possessor, as coisas se passam de outro modo.Ele não toma moderadamente o corpo do encarnado, arrebata-o, se este não possui bastante força moral para lhe resistir. Fá-lo por maldade para com este, a quem tortura e martiriza de todas as formas, indo ao extremo de tentar exterminá-lo, já por estrangulação, já atirando-o ao fogo ou a outros lugares perigosos. Servindo-se dos órgãos e dos membros do infeliz paciente, blasfema,injuria e maltrata os que o cercam; entrega-se a excentricidades e a atos que apresentam todos os caracteres da loucura furiosa.São numerosos os fatos deste gênero, em diferentes graus de intensidade, e não derivam de outra causa muitos casos de loucura. Amiúde, há também desordens patológicas, que são meras conseqüências e contra as quais nada adiantam os tratamentos médicos, enquanto subsiste a causaoriginária. Dando a conhecer essa fonte donde provém uma parte das misériashumanas, o Espiritismo indica o remédio a ser aplicado: atuar sobre o autor domal que, sendo um ser inteligente, deve ser tratado por meio da inteligência."
....
Quando é mau o Espírito possessor, as coisas se passam de outro modo.Ele não toma moderadamente o corpo do encarnado, arrebata-o, se este não possui bastante força moral para lhe resistir. Fá-lo por maldade para com este, a quem tortura e martiriza de todas as formas, indo ao extremo de tentar exterminá-lo, já por estrangulação, já atirando-o ao fogo ou a outros lugares perigosos. Servindo-se dos órgãos e dos membros do infeliz paciente, blasfema,injuria e maltrata os que o cercam; entrega-se a excentricidades e a atos que apresentam todos os caracteres da loucura furiosa.São numerosos os fatos deste gênero, em diferentes graus de intensidade, e não derivam de outra causa muitos casos de loucura. Amiúde, há também desordens patológicas, que são meras conseqüências e contra as quais nada adiantam os tratamentos médicos, enquanto subsiste a causaoriginária. Dando a conhecer essa fonte donde provém uma parte das misériashumanas, o Espiritismo indica o remédio a ser aplicado: atuar sobre o autor domal que, sendo um ser inteligente, deve ser tratado por meio da inteligência."
No livro Missionários da Luz temos um exemplo
de Possessão.
"... passei a observar a senhora, ainda jovem, que
se mostrava sob irritação forte, no recinto, preocupando os amigos encarnados.
Diversos perseguidores, invisíveis à perquirição terrestre, mantinham-se ao lado
dela, impondo-lhe terríveis perturbações, mas de todos eles sobressaia um
obsessor infeliz, de maneiras cruéis. Colara-se-lhe ao corpo, em toda a sua
extensão, dominando-lhe todos os centros de energia orgânica. Identificava a
luta da vitima, que buscava resistir, quase inutilmente. Meu bondoso orientador
percebeu-me a estranheza e explicou:
- Este, André, representa um caso de possessão completa.
- Este, André, representa um caso de possessão completa.
E, dirigindo-se ao intérprete que argumentava
momentos antes, recomendou-lhe estabelecer ligeiro diálogo com o perseguidor
temível, para que eu ajuizasse quanto ao assunto.
Sentindo-se tocado pela destra carinhosa do nosso companheiro, o infortunado gritou:
- Não! Não! Não me venha ensinar o caminho do Céu! Conheço minha situação e ninguém pode deter o meu braço vingador!...
- Não desejamos forçá-lo, meu irmão - acentuou o amigo com serenidade evangélica -, tranqüilize-se! Enquanto alimentar propósitos de vingança, será castigado por si mesmo. Ninguém o molesta, senão a própria consciência; as algemas que o prendem à inquietude e à dor foram fabricadas pelas suas próprias mãos!
- Nunca! - bradou o desventurado - nunca! E ela? O Fez acompanhar a pergunta de horrível expressão e continuou:
- O senhor que prega a virtude justifica a escravidão de homens livres? Acredita no direito de construir senzalas para humilhar os filhos do mesmo Deus? Esta mulher foi perversa para nós todos. Além de meu esforço vingador, vibram de ódio outros corações que não a deixam descansar. Persegui-la-emos onde for.
Esboçou um gesto sinistro e prosseguiu:
- Por simples capricho, ela vendeu minha esposa e meus filhos! Não é justo que sofra até que mos restitua? Será crível que Jesus, o Salvador por excelência, aplaudisse o cativeiro?
Sentindo-se tocado pela destra carinhosa do nosso companheiro, o infortunado gritou:
- Não! Não! Não me venha ensinar o caminho do Céu! Conheço minha situação e ninguém pode deter o meu braço vingador!...
- Não desejamos forçá-lo, meu irmão - acentuou o amigo com serenidade evangélica -, tranqüilize-se! Enquanto alimentar propósitos de vingança, será castigado por si mesmo. Ninguém o molesta, senão a própria consciência; as algemas que o prendem à inquietude e à dor foram fabricadas pelas suas próprias mãos!
- Nunca! - bradou o desventurado - nunca! E ela? O Fez acompanhar a pergunta de horrível expressão e continuou:
- O senhor que prega a virtude justifica a escravidão de homens livres? Acredita no direito de construir senzalas para humilhar os filhos do mesmo Deus? Esta mulher foi perversa para nós todos. Além de meu esforço vingador, vibram de ódio outros corações que não a deixam descansar. Persegui-la-emos onde for.
Esboçou um gesto sinistro e prosseguiu:
- Por simples capricho, ela vendeu minha esposa e meus filhos! Não é justo que sofra até que mos restitua? Será crível que Jesus, o Salvador por excelência, aplaudisse o cativeiro?
O nosso intérprete, muito calmo, obtemperou: - O
Mestre não aprovaria a escravidão; contudo, meu amigo, recomendou-nos o perdão
recíproco, sem o qual nunca nos desvencilharemos do cipoal de nossas faltas.
Qual de nós, antigos hóspedes da carne, conseguirá exibir um passado sem crimes?
Neste momento, seus olhos revelam a culpa de uma irmã infeliz. Sua alma,
entretanto, meu irmão, permanece desvairada pelo furacão da revolta. Sua memória
está conseqüentemente desequilibrada e ainda não pode reapossar-se das
lembranças totais que lhe dizem respeito. Não lhe sendo possível recordar o
pretérito, com exatidão, não seria mais razoável esperar, em seu caso, pelo
Justo Juiz? Como julgar e executar alguém, pelas próprias mãos, se ainda não
pode avaliar a extensão dos seus próprios débitos?
O revoltado parecia chocar-se ante os argumentos
ouvidos, mas, longe de capitular em sua posição de perseguidor, respondeu
asperamente:
- Para os mais fracos, suas observações serão valiosas. Não para mim, porém, que conheço as sutilezas dos pregadores de sua esfera. Não abandonarei meus propósitos. Minha situação não se resolverá com simples palavras.
Nosso companheiro, compreendendo O endurecimento do antagonista e apiedando-se-lhe da ignorância, continuou, em tom fraterno:
- Para os mais fracos, suas observações serão valiosas. Não para mim, porém, que conheço as sutilezas dos pregadores de sua esfera. Não abandonarei meus propósitos. Minha situação não se resolverá com simples palavras.
Nosso companheiro, compreendendo O endurecimento do antagonista e apiedando-se-lhe da ignorância, continuou, em tom fraterno:
- Não se trata de sutileza e sim de bom senso.
Aliás, não desejo retirar-lhe as razões de natureza individualista, mesmo porque
vigorosos laços unem-lhe a influenciação à mente da vitima. Entretanto, apelo
para os sentimentos nobres que ainda vibram em seu coração, fazendo-lhe
reconhecer que, sem as desculpas recíprocas, não liquidaremos nossos débitos. Em
geral, o credor exigente é cego para com os próprios compromissos. A sua
reclamação, na essência, deve ser legitima; no entanto, é estranhável o seu
processo de cobrança, no qual não descubro qualquer vantagem, visto que suas
atividades de vingador, além de aprofundar suas chagas intimas, tornam-no
antipático aos olhos de todos os companheiros.
Ferido talvez, mais fundamente, em sua vaidade, o
obsessor calou-se, enquanto o intérprete se voltava para nós outros, indagando
de meu orienta dor quanto à conveniência de ajudar-se magneticamente ao infeliz,
a fim de que as reminiscências dele pudessem abranger alguns quadros do passado
distante.
Alexandre, todavia, considerou:
- Não seria oportuno dilatar-lhe as lembranças. Não conseguiria compreender. Antes de maior auxílio ao seu entendimento, é necessário que sofra. Aproveitando a pausa mais longa que se fizera entre todos, observei detidamente a pobre obsidiada. Cercada de entidades agressivas, seu corpo tornara-se como que a habitação do perseguidor mais cruel. Ele ocupava-lhe o organismo desde o crânio até os pés, impondo-lhe tremendas reações em todos os centros de energia celular. Fios tenuissimos, mas vigorosos, uniam-nos ambos, e, ao passo que o obsessor nos apresentava Um quadro psicológico de satânica lucidez, a desventurada mulher mostrava aos colaboradores encarnados a imagem oposta, revelando angústia e inconsciência.
- Não seria oportuno dilatar-lhe as lembranças. Não conseguiria compreender. Antes de maior auxílio ao seu entendimento, é necessário que sofra. Aproveitando a pausa mais longa que se fizera entre todos, observei detidamente a pobre obsidiada. Cercada de entidades agressivas, seu corpo tornara-se como que a habitação do perseguidor mais cruel. Ele ocupava-lhe o organismo desde o crânio até os pés, impondo-lhe tremendas reações em todos os centros de energia celular. Fios tenuissimos, mas vigorosos, uniam-nos ambos, e, ao passo que o obsessor nos apresentava Um quadro psicológico de satânica lucidez, a desventurada mulher mostrava aos colaboradores encarnados a imagem oposta, revelando angústia e inconsciência.
- «Salvem-me do demônio! Salvem-me do demônio! -
gritava sem cessar, comovendo os companheiros em torno da mesa humilde - oh! Meu
Deus, quando terminará meu suplicio?»
Olhos desmesuradamente abertos, como a fixar os inimigos invisíveis à observação comum, bradava angustiosamente, após ligeiros instantes de silêncio: - «Chegaram todos do inferno! Estão aqui! Estão aqui! Ai! Ai!»
Seus gemidos semelhavam-se a longos silvos estertorosos.
Atendendo-me à expectação, esclareceu o instrutor:
- Esta jovem senhora apresenta doloroso caso de possessão. Desde a infância, era perseguida pelos adversários tenazes de outro tempo. Na vida de solteira, porém, no ambiente de proteção dos pais, ela conseguiu, de algum modo, subtrair-se à integral influenciação dos inimigos persistentes, embora Lhes sentisse a atuação de maneira menos perceptível. Sobrevindo, no entanto, as responsabilidades do matrimônio, em que, na maioria das vezes, a mulher recebe maior quinhão de sacrifícios, não pôde mais resistir. Logo após o nascimento do primeiro filhinho, caiu em prostração mais intensa, oferecendo oportunidade aos desalmados perseguidores e, desde então, experimenta penosas provas."
Olhos desmesuradamente abertos, como a fixar os inimigos invisíveis à observação comum, bradava angustiosamente, após ligeiros instantes de silêncio: - «Chegaram todos do inferno! Estão aqui! Estão aqui! Ai! Ai!»
Seus gemidos semelhavam-se a longos silvos estertorosos.
Atendendo-me à expectação, esclareceu o instrutor:
- Esta jovem senhora apresenta doloroso caso de possessão. Desde a infância, era perseguida pelos adversários tenazes de outro tempo. Na vida de solteira, porém, no ambiente de proteção dos pais, ela conseguiu, de algum modo, subtrair-se à integral influenciação dos inimigos persistentes, embora Lhes sentisse a atuação de maneira menos perceptível. Sobrevindo, no entanto, as responsabilidades do matrimônio, em que, na maioria das vezes, a mulher recebe maior quinhão de sacrifícios, não pôde mais resistir. Logo após o nascimento do primeiro filhinho, caiu em prostração mais intensa, oferecendo oportunidade aos desalmados perseguidores e, desde então, experimenta penosas provas."
No livro Nos Domínios da Mediunidade temos
outro exemplo de possessão.
"Atendendo às recomendações do supervisor, os
guardas admitiram a passagem de uma entidade evidentemente aloucada, que
atravessou, de chofre, as linhas vibratórias de contenção, vociferando,
frenética: - Pedro! Pedro!... Parecia ter a visão centralizada no doente, porque
nada mais fixava além dele. Alcançando o nosso irmão encarnado, este, de súbito,
desfecha um grito agudo e cai espetacular.
...
Pedro e o obsessor que o jugulava pareciam agora fundidos um no outro. Eram dois contendores engalfinhados em luta feroz. Fitando o companheiro encarnado mais detidamente, concluí que o ataque epiléptico, com toda a sua sintomatologia clássica, surgia claramente reconhecível. O doente trazia agora a face transfigurada por indefinível palidez, os músculos jaziam tetanizados e a cabeça, exibindo os dentes cerrados, mostrava-se flectida para trás, enquanto que os braços se assemelhavam a dois galhos de arvoredo, quando retorcidos pela tempestade.
...
- É a possessão completa ou a epilepsia essencial.
- Nosso amigo está inconsciente? – aventurou Hilário, entre a curiosidade e o respeito.
- Sim, considerando como enfermo terrestre, está no momento sem recursos de ligação com o cérebro carnal. Todas as células do córtex sofrem o bombardeio de emissões magnéticas de natureza tóxica. Os centros motores estão desorganizados.
Todo o cerebelo está empastado de fluidos deletérios. As vias do equilíbrio aparecem completamente perturbadas. Pedro temporariamente não dispõe de controle para governar-se, nem de memória comum para marcar a inquietante ocorrência de que é protagonista. Isso, porém, acontece no setor da forma de matéria densa, porque, em espírito, está arquivando todas as particularidades da situação em que se encontra, de modo a enriquecer o patrimônio das próprias experiências."
...
Pedro e o obsessor que o jugulava pareciam agora fundidos um no outro. Eram dois contendores engalfinhados em luta feroz. Fitando o companheiro encarnado mais detidamente, concluí que o ataque epiléptico, com toda a sua sintomatologia clássica, surgia claramente reconhecível. O doente trazia agora a face transfigurada por indefinível palidez, os músculos jaziam tetanizados e a cabeça, exibindo os dentes cerrados, mostrava-se flectida para trás, enquanto que os braços se assemelhavam a dois galhos de arvoredo, quando retorcidos pela tempestade.
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- É a possessão completa ou a epilepsia essencial.
- Nosso amigo está inconsciente? – aventurou Hilário, entre a curiosidade e o respeito.
- Sim, considerando como enfermo terrestre, está no momento sem recursos de ligação com o cérebro carnal. Todas as células do córtex sofrem o bombardeio de emissões magnéticas de natureza tóxica. Os centros motores estão desorganizados.
Todo o cerebelo está empastado de fluidos deletérios. As vias do equilíbrio aparecem completamente perturbadas. Pedro temporariamente não dispõe de controle para governar-se, nem de memória comum para marcar a inquietante ocorrência de que é protagonista. Isso, porém, acontece no setor da forma de matéria densa, porque, em espírito, está arquivando todas as particularidades da situação em que se encontra, de modo a enriquecer o patrimônio das próprias experiências."
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