sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

LEMBRANÇAS DE UMA VIDA PASSADA? (Fato real)



Desde garôto, talvez a partir de meus oito anos de idade, me vem à mente e muito regularmente, certas imagens que parecem surgir em meio a um forte nevoeiro e nas quais sou o principal personagem.

Essas imagens sugerem acontecimentos ocorridos em certo lugar que eu "intuitivamente"
reconheço como a Escócia medieval.

A partir da primeira vez que tive "acesso" a essas imagens, minha aparência física contida dentro dessas "visões" em nada mudou, é estática. Mas o que me desperta mais perplexidade é ela ter possuido sempre a minha atual aparência, talvez um pouco mais envelhecida.

De que forma aos oito anos de idade eu poderia prever com fidelidade de detalhes a minha atual aparência depois dos 50 anos de idade, e através de que mecanismos, eu, ainda um menino, teria me identificado na figura daquele senhor medieval, meu sósia?

As imagens que mais me ocorrem são de momentos festivos, nas quais também posso visualizar um pouco dos estilos das casas de um pequeno lugarejo, onde as pessoas que me cercam parecem ser amigas e/ou membros de "minha família do passado". Como a emoldurar êsses cenários, sons de gaitas de fole escocesas, ouvidos ao fundo, estão sempre presentes.

Outras "visões", não tão agradáveis, também ocorrem, onde posso visualizar-me como um guerreiro medieval em meio a uma sangrenta batalha em campo aberto. Nessas cenas consigo ver-me montado à um cavalo, empunhando uma longa lança e ostentando por cima de minha armadura que protege o meu peito, um tipo de brasão contendo o símbolo de uma cruz. Nessas imagens vejo claramente meu oponente com quem luto.

Porém, a imagem mais marcante e intrigante, me intui, me faz parecer "estar eu em meu leito de morte, abandonado nas dependências de um castelo cercado de abundante vegetação".

É claro que devido às atribulações profissionais do dia a dia, existem longos períodos em que essas imagens são esquecidas em meu subconsciente, mas reaparecem regularmente "provocadas" sempre por fatos ou detalhes pitorescos de meu cotidiano.

Há tempos, durante um processo seletivo de RH, eu me preparava para entrevistar um alto executivo quando o mesmo já acomodado em minha sala me interrompe educadamente e diz: "Desculpe-me Sr. Rui, mas antes de iniciarmos a entrevista você me permitiria uma pergunta"? Tendo eu lhe respondido: "Claro, esteja à vontade"... Entrevistado: "Sabe Sr. Rui, estive trabalhando por dois anos em Glasgow na Escócia e lá eu tive um diretor, cuja semelhança física com você me é surpreendente... Por acaso você tem descendência escocesa"?...

Essas situações cujos detalhes envolvem indiretamente a Escócia, funcionam perìodicamente como se fossem uma "senha de acesso" às minhas "visões".

Certa noite, pelos idos anos 70, passando eu defronte a uma casa noturna da capital paulista, algo impulsionou-me a entrar. Acomodei-me em uma das mesas, pedi uma bebida e pude ouvir pelo serviço de som da casa que se aproximava o momento de uma apresentação internacional...

Em seguida tudo ficou às escuras e um canhão de luzes multicoloridas foi acionado e direcionado para o alto de uma escadaria... Para meu espanto e certa emoção comecei ouvir sons de gaitas de fole escocesas... Resumindo, tratava-se da apresentação de um grupo folclórico da Escócia, cujos integrantes se apresentavam à caráter e com seus tradicionais Kilts (saias masculinas escocesas) e tudo mais.

Emocionei-me muitíssimo nessa noite, acho que entrei em "alfa" e me senti transportado para aquelas festividades medievais de minhas "visões"...

Assim como estes dois exemplos, existem outras dezenas de situações que regularmente me fazem "acessar" até de forma involuntária, as tais "visões".

Devido a êsse "encanto" inexplicável pelas coisas da Escócia, quando ainda adolescente eu incomodava muito o Consulado Britânico na busca de informações, histórias e fatos desse país.

Ainda hoje, embora de forma bem mais moderada, por piores que sejam um filme ou documentário sôbre a Escócia, sou atraído irresistivelmente para êles e por nada deixo de assistí-los. Muitos lugares que aparecem nesses filmes/documentários, principalmente aqueles que apresentam paisagens e velhos castelos, se tornam muito familiares para mim, embora eu não saberia dizer em quais regiões da Escócia êles estariam localizados.

Quando estive na Europa em 1988, eu tinha como um dos principais objetivos, além de conhecer parte de minha família do velho mundo, ir até a Escócia e assim e definitivamente tirar a minha "prova dos nove in-loco".

Nessa ocasião (janeiro), embora com a neve que caia, intimidando muita gente de voar para certas regiões, "alguma outra coisa" que eu não saberia explicar me impediu de chegar até a Escócia, deixando-me questionar até hoje: "Será que eu não estava ainda preparado espiritual e psicológicamente para as coisas que iria ver naquêle distante país"?

Como explicar tudo isso?

1) Minhas "visões" seriam lembranças de uma vida passada na Escócia medieval?
2) Alguma forma de herança genética com atuação na memória?

O que meus caríssimos amigos virtuais dêste Fórum acham?

Rui Fernandes Morgado
Santo André-SP-Brasil

fonte:
http://www.forumespirita.net/