terça-feira, 29 de junho de 2010

Hospital Espírita De Psiquiatria Bom Retiro.

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O HEPBR é um complexo de atenção à saúde mental, formado por diversos setores de atendimento: Ambulatórios; Centro de Atenção Psicossocial – CAPS II para atendimento de transtornos mentais; Centro de Atenção Psicossocial – CAPS AD especializado no tratamento das dependências de álcool e outras drogas; Hospital-Dia para transtornos mentais e Unidades de Internamento Integral nas áreas de transtornos mentais (masculino e feminino), dependências (masculino e feminino) e geriatria (masculino e feminino).
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Localizado em uma área central da cidade de Curitiba, na Rua Nilo Peçanha – bairro Bom Retiro, próximo ao Centro Cívico, o HEPBR dispõe de 60 mil metros quadrados de terreno e conta com dois bosques (com mais de 30 mil metros quadrados de área); 7 unidades de internamento integral com 260 leitos, dos quais 160 destinados ao atendimento do Sistema Único de Saúde – SUS; 2 CAPS que oferecem, juntos, 410 vagas para o Sistema Único de Saúde – SUS; 1 Hospital-Dia com 30 vagas destinadas ao SUS; 1 Centro de Convivência Terapêutica para o desenvolvimento de atividades com os pacientes; 1 academia de ginástica ao ar livre (doação da indústria Ziober, de Maringá - PR); 1 Unidade de Internamento para a triagem inicial dos pacientes que buscam o hospital com indicação de internamento; 1 ambulatório com mais de 1.000 atendimentos mensais nas áreas de psiquiatria, psicologia e terapia ocupacional. O hospital também mantém parcerias com quase todas as empresas de convênios médicos e seguradoras de saúde.

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Aproximadamente 2.000 pessoas são atendidas mensalmente nos diversos setores do Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro, que tem a psicóloga Eleonor Cecília Batista na coordenação geral, e o médico psiquiatra e homeopata Francis Mourão na direção técnica.

 

 

Um pouco de história

 

Em 11 de janeiro de 1920, o Conselho Central da Federação Espírita do Paraná (FEP) acatou a proposta de Luiz Parigot de Souza e José Leprevost, entre outros, de se fundar um hospital para tratamento de doenças mentais.

A denominação Hospital Espírita também seria decidida nessa reunião de 11 de janeiro, após debates dos conselheiros.

É de Lins de Vasconcellos a proposta de que o hospital deva ter a sua direção a cargo da Federação Espírita, não se constituindo uma unidade autônoma ou isolada. A sua proposição foi apoiada por Antônio Farracha. Ambos apresentaram um aditivo conferindo ao presidente da Federativa plenos poderes para nomear as comissões organizadoras que julgasse convenientes, as quais ficariam sob sua gerência, com amplos poderes de ação.

Em 1924 a FEP, tendo como presidente Arthur Lins de Vasconcellos Lopes, adquire uma área de 65.594 m2., no bairro Pilarzinho. No dia 31 de março de 1945 é inaugurado o Sanatório Bom Retiro, estando na presidência da FEP o Sr. João Ghignone, e que entrou em funcionamento em 25 de junho de 1946, sob a direção clínica o Dr. Alô Guimarães.

No final da década de 70 e início dos anos 80, o Sanatório Bom Retiro inicia um programa de recondução dos pacientes de regime asilar para o convívio de suas famílias e, em 1981, o Conselho Deliberativo da Federação Espírita do Paraná aprova a mudança de denominação de Sanatório Bom Retiro para HOSPITAL ESPÍRITA DE PSIQUIATRIA BOM RETIRO.

Em 1984, uma nova diretoria foi designada pela FEP. Assumiu o cargo de diretora geral e administrativa a psicóloga Maderli Sech, e o cargo de diretor clínico o médico psiquiatra Alexandre Sech. Diversas mudanças administrativas e clínicas foram empreendidas, tais como:

 Compreensão filosófica do ser humano como um complexo sistêmico e sinérgico biológico, psicológico, sociocultural e espiritual;

 Aumento significativo do número de técnicos (de 10 para 35);

 Estabelecimento de um Projeto Terapêutico Institucional centrado numa visão multidisciplinar;

 Substituição dos pavilhões por Unidades Funcionais e locação de equipes técnicas multidisciplinares em cada unidade;

 Introdução, como agentes terapêuticos auxiliares, dos Serviços de Parapsicologia, Assistência Espiritual, Homeopatia, Educação Física e Fisioterapia, juntamente com os Serviços de Psiquiatria, Clínica Médica, Psicologia, Assistência Social, Enfermagem, Terapia Ocupacional e Musicoterapia;

 Fundação do Centro de Estudos Bom Retiro;

 Estabelecimento de um período de internamento o mais curto possível para se evitar o hospitalismo;

 Uso de licença de fim de semana como instrumento terapêutico e reintegrador à família;

 Diminuição gradativa do uso de medicamentos psicotrópicos, cuidando para manter um nível de vigilância para as atividades terapêuticas operativas;

 Participação dos pacientes em Comissões, Grupos Operativos e Assembleias Gerais, com o objetivo de estimular a recuperação e diminuir o tempo de internamento;

 Oferecimento de telefone para comunicação exterior dos pacientes;

 Obrigatoriedade da participação da família no acompanhamento do tratamento, discussão de licenças e altas;

 Criação do Serviço de Assistência Espiritual;

 Área livre do tabaco desde 1997.

 

 

Bases filosóficas, missão e visão

 

O HEPBR tem como bases filosóficas, norteando todo o trabalho desenvolvido a nível administrativo e terapêutico, a compreensão do homem como um ser complexo, sistêmico, sinérgico, biológico, com uma vida psíquica, sob a interferência de fatores culturais e sociais e com uma dimensão espiritual que lhe dá a característica de transcendentalidade.

A ação terapêutica tem como base o momento que o paciente está vivendo, suas queixas e o diagnóstico clínico que se estabelece. Entretanto, busca-se interferir na existência atual, possibilitando que este ser biológico, psicológico, cultural, social e espiritual caminhe mais livremente em direção à sua felicidade.

Assim, o Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro definiu como missão:

"Realizar assistência, ensino, pesquisa e mobilização social em saúde mental, objetivando a promoção do ser humano e compreendendo o homem como um ser espiritual inserido num complexo sistêmico e sinérgico: biológico, psicológico, sociocultural e espiritual, em busca do seu bem-estar e harmonizado com o ecossistema cósmico."

No planejamento estratégico do hospital, estabeleceu-se como meta a transformação do HEPBR em centro de referência em saúde mental.

 

Equipes administrativa e técnica

 

A equipe administrativa conta com 65 colaboradores que desempenham suas funções profissionais nos diversos setores: coordenação geral, gestão de processos, secretaria, recepção e atendimento, faturamento, auditoria, manutenção, almoxarifado, jardinagem, higiene e conservação.

Estão envolvidos na condução da área técnica (clínica) mais de 200 profissionais: 31 médicos, 11 enfermeiros; 86 auxiliares de enfermagem, 20 psicólogos, 10 terapeutas ocupacionais, 1 fisioterapeuta, 5 educadores físicos, 1 pedagogo, 7 assistentes sociais, 2 farmacêuticos, 5 auxiliares de farmácia, 1 nutricionista, 22 auxiliares de cozinha, 2 gestores de unidades e 3 monitores de pátio.

O hospital também conta com cerca 80 voluntários que auxiliam no acompanhamento dos pacientes e no Serviço de Atendimento Espiritual.

 

Área clínica – programa de atendimento

 

Está sendo implantada uma mudança conceitual no programa terapêutico do HEPBR. O conceito de comunidades terapêuticas, até agora aplicado às Unidades Funcionais, centralizadoras do atendimento prestado aos pacientes, passa a ser estendido à área total do hospital. Tem-se, agora, a Comunidade Terapêutica Bom Retiro englobando:

 O Centro de Convivência Terapêutica, com a função de aumentar e centralizar todas as atividades ofertadas aos pacientes;

 A Academia ao Ar Livre, com equipamentos de ginástica modernos e voltados para o incentivo à atividade física como um importante recurso no tratamento do transtorno mental;

 O Refeitório Centralizado, construído dentro de um conceito moderno de servimento e com bonita arquitetura, que visa valorizar o processo de alimentação como um ato terapêutico;

 Os pátios e bosques, como áreas de socialização e convivência, com cuidados de paisagismo e objetivando o contato com a Natureza como acelerador do tratamento;

 O Ambulatório Interno, constituído por consultórios para atendimento aos pacientes internados;

 Os Serviços Técnicos passam por uma revisão dos seus papéis e otimização profissional, com o objetivo de aumentar a efetividade e precisão do atendimento.

Nesse conceito, os pacientes passam a circular, constantemente, pelas áreas externas das Unidades, com um aumento do convívio social e estímulo à recuperação

 

 

Fluxograma do atendimento

 

O HEPBR, como um dos equipamentos da rede de atenção à saúde mental e tendo por finalidades a integração e a reinserção social do paciente com transtornos mentais, está constituído de diversos setores de atendimento:

 Setor de Internamento – chegada do paciente ao hospital para diagnóstico e triagem da crise. Esse momento está repleto de ansiedade, angústia, medo e revolta. As ações ofertadas pelo hospital, nesse importante momento, necessitam proporcionar ao paciente e a seus familiares amparo, acolhimento e agilidade, visando uma maior adesão ao tratamento e diminuição do estresse. A incrementação do setor com um novo espaço físico, amplo, agradável e adequado à demanda (leitos de observação de pacientes que aguardam o atendimento, posto de enfermagem e leitos de cuidados intensivos), com a presença constante de enfermagem (enfermeiros e auxiliares), com plantões dos serviços médico, psicológico, social e espiritual diminuirão o estresse gerado pela busca do atendimento, pela decisão do internamento e da entrada no hospital.

 Internamento Integral – tratamento da crise. Considerando que o internamento integral tem por finalidade a retirada do paciente da crise e que isto deve acontecer num espaço de tempo curto e com resultados duradouros, a assistência prestada tem de ser ágil e precisa, focada na priorização das necessidades do paciente e no comprometimento familiar.

 Regime aberto – CAPS e Hospital Dia – estabilização da crise. O tempo de tratamento ofertado e o fato do paciente não estar vivendo um momento de maior agudização dos seus sintomas possibilitam que a assistência possa estar focada numa efetiva adesão ao processo terapêutico e reinserção familiar, social e laboral do paciente.

 Ambulatórios – manutenção da saúde mental. Partindo do princípio de que a pessoa que busca um atendimento ambulatorial está visando manter a sua saúde, o atendimento ambulatorial tem por metas evitar a agudização dos sintomas e proporcionar a melhora do bem-estar do paciente.

 Centro de Convivência Terapêutica – atividades de recuperação e manutenção. O Centro de convivência terapêutica representa um novo conceito da assistência prestada pelo HEPBR, centralizando todas as atividades terapêuticas do internamento integral e ofertando aos pacientes uma lista grande e variada de atividades articuladas entre si, com objetivos específicos no processo de recuperação de cada paciente.

 

Serviços técnicos

 

O atendimento oferecido pelo HEPBR às pessoas com transtornos mentais está formado por vários serviços multiprofissionais que atuam de forma sinérgica, buscando uma ação multidisciplinar. O serviço médico, atuando nas especialidades de psiquiatria, clínica e homeopatia, é o responsável pela coordenação do programa terapêutico a ser estabelecido para cada paciente; o serviço de enfermagem coordena a assistência; o serviço de psicologia é o responsável pelas atividades terapêuticas e ações psicoterápicas; as terapias e serviços complementares (terapia ocupacional, serviço social, educação física, pedagogia e fisioterapia) desenvolvem atividades que visam o fortalecimento da cidadania.

A Sociedade de Atendimento Espiritual (SAE), formada por voluntários de muitas casas espíritas da cidade de Curitiba, contribui com o tratamento buscando a valorização do vínculo religioso do paciente e ofertando diversas atividades como:

 Abertura e encerramento das atividades do hospital com preces e leitura de mensagens através do sistema de som;

 Música suave constante, em todos os dias da semana;

 Fluidoterapia ou passes em vários dias da semana;

 Momento de reflexão como uma atividade que acontece dentro das unidades, no início da noite e em diversos dias, visando estimular a reflexão sobre os aspectos espirituais do ser humano e incentivar o hábito da prece;

 Atendimento fraterno aos pacientes internados e a nível ambulatorial aos familiares;

 Palestras de valorização da vida para pacientes com risco de suicídio;

 Palestras sobre temas da Doutrina Espírita a pacientes, familiares e funcionários que buscam um maior conhecimento do Espiritismo;

 Irradiação através de leituras e preces para pacientes indicados pela equipe técnica;

 Desobsessão destinada a pacientes indicados pela equipe técnica;

 Biblioteca interna das unidades

 Venda de livros espíritas

 Cursos de capacitação de voluntários com o objetivo de preparar e aprimorar os voluntários espíritas do hospital.

 

 

Setor de Ensino e Pesquisa

 

A reestruturação e ampliação do Setor de Ensino e Pesquisa do HEPBR objetiva levar a instituição a uma atuação mais acadêmica. Várias alterações já foram implementadas como: ampliação do campo de estágio para as diversas faculdades e universidades conveniadas; cursos de capacitação para médicos, auxiliares de enfermagem e voluntários; grupos de estudos nos serviços de psicologia e terapia ocupacional; oferta de cursos de pós-graduação em parceira com a Universidade Positivo nas áreas de psiquiatria (destinado a médicos) e saúde mental (multiprofissional); contratação de uma assessoria para captação de recursos de fomento à pesquisa; reestruturação e ampliação das pesquisas de novos medicamentos em parceria com empresas farmacêuticas.

O hospital contratou gestores técnicos que supervisionam todo o trabalho clínico desenvolvido, objetivando a preparação da instituição para ofertar, em 2011, residências nas áreas médica e multiprofissional voltadas para a atenção em saúde mental.

 

 

Projetos para o futuro

 

O Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro é uma Unidade Social Integrada da Federação Espírita do Paraná, que tem contribuído de forma significativa no atendimento ainda mais humanizado a pacientes com problemas de saúde mental.

Na busca da otimização da sua contribuição, está desenvolvendo, dentre outros, os seguintes projetos: controle de acessos e monitoramento por câmeras; restauração do setor de ambulatório; reorganização do atendimento ambulatorial; continuidade da revitalização dos pátios; continuidade da reforma das unidades; expansão da informatização; instalação de uma biblioteca central; reestruturação da cantina; valorização do Centro de Pesquisas, com a contratação de uma assessoria para a captação de verbas de fomento a pesquisas; instalação de residência médica em psiquiatria.

Redação || jornal@feparana.com.br

Tempo dos filhos.

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As tendências da atualidade falam de qualidade, quando se discute a questão de educação de filhos e tempo que os pais dedicam a eles.

Em verdade, toda vez que o assunto tempo é tratado, as primeiras frases que brotam ligeiras das bocas das pessoas é: Não tenho tempo. A vida é muito corrida. A profissão me exige muito.

Face a tais posicionamentos, natural que o que se sacrifique seja sempre o tempo com a família.

Afinal, a profissão é importante porque tanto realiza o ser quanto lhe permite angariar os recursos para o conforto e as necessidades. O estudo é importante porque permite o progresso da criatura, tanto quanto é exigido para o aprimoramento técnico.

Dessa forma, resta somente sacrificar o tempo dedicado aos familiares.

Assim, os filhos crescem sem que percebamos. Possivelmente, começaremos a notar que os anos passaram quando o filho chegar em casa com a namorada pela mão para nos apresentá-la.

Como é possível? Ainda ontem usava fraldas e hoje já namora.

Sim, o tempo parece correr. Os anos se somam. O tempo da infância se vai. Os filhos crescem.

Mas, alguns pais dizem que o importante não é o quanto de horas permanecemos ao lado dos filhos, mas a qualidade, isto é, o que fazemos quando estamos com eles.

Face a isso, acreditam que sair no final de semana para um passeio, um almoço familiar, férias em conjunto sejam suficientes para suprir a necessidade que têm os pequenos da presença dos pais.

Mas, o filho precisa sentir-se protegido, amparado. Precisa ter a certeza de que encontrará um ombro amigo, um colo materno, um pai atencioso para ouvi-lo, quando as dificuldades se apresentarem.

Quando ele se sentir humilhado porque apanhou na escola, quando ele se sentir derrotado porque perdeu o jogo de futebol, quando ele se sentir preterido por não ter sido aprovado para atuar na peça teatral.

Ele precisa ter tempo para contar as suas amarguras e ser ouvido. Ele precisa de pai e de mãe que o abracem após as horas intermináveis de estudo às vésperas das provas.

Ele precisa de pai e de mãe que o incentivem a prosseguir, mesmo quando ele esteja indo mal em uma ou outra matéria.

Ele precisa de pais que estudem com ele, sofram com ele, estejam com ele.

Como se vê, o que conta não é somente qualidade do que se faz quando se está com os filhos, mas quantidade também.

Vale meditar sobre tudo isso e iniciar um esforço para estarmos mais perto, por mais tempo, dos nossos pequenos.

* * *

Cada criança carrega dentro de si um projeto de luz que nós devemos auxiliar a concretizar.

A criança de agora nos fala da nossa situação amanhã.

Cuidemos dela, estejamos com ela, sabendo lhe dar o espaço para que cresça, saudável e feliz, segura e tranquila, embalada pelas nossas orientações amorosas.

Cada criança é um Espírito imortal em recomeço no mundo. Estejamos com nossos filhos, auxiliando-os a escalar os degraus do progresso.

Redação do Momento Espírita, com pensamentos finais
colhidos no cap. 11, do livro Vereda familiar, pelo Espírito
Thereza de Brito, psicografia de Raul Teixeira, ed. Fráter.
Em 21.06.2010.

Erotismo

Erotismo
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Numa cultura dedicada quase que exclusivamente ao erotismo é natural que o hedonismo predomine nas mentes e nos corações.

Como decorrência das calamidades produzidas pelas guerras contínuas de devastação com as suas armas inteligentes e destruição em massa, o desespero substituiu a confiança que havia entre as criaturas, dando lugar ao desvario de todo porte que ora toma conta da sociedade.

Sem dúvidas, tem havido um grande desenvolvimento cientifico-tecnológico, dantes jamais sonhado, no entanto, não acompanhado pelos valores ético-morais, cada dia mais negligenciados e desrespeitados pelos indivíduos assim como pelas nações.

A globalização, que se anunciava em trombetas, como solução para os magnos problemas socioeconômicos do mundo, experimenta a grande crise, filha espúria da falência moral de muitos homens e mulheres situados na condição de executivos supremos, que regiam as finanças e os recursos de todos, naufragados por falta de dignidade, ora expungindo em cárceres os seus desmandos, deixando porém centenas de instituições de variado porte na falência irrecuperável.

Como efeito, o sexo tornou-se o novo deus da cultura moderna, exaltado em toda parte e elemento de destaque em todas as situações.

Enquanto enxameiam as tragédias, os crimes seriais como o suicídio imediato dos seus autores, os multiplicadores de opinião utilizam-se da mídia alucinada para a saturação das mentes com as notícias perversas, que estimulam psicopatas à prática de hediondez que não lhes havia alcançado a mente.

Pessoas ditas famosas, na arte, no cinema, na televisão, exibem, sem pudor, as suas chagas morais, narrando os abortos que praticaram, a autorização para a eutanásia em seres queridos que lhes obstaculizavam o gozo juvenil, a multiplicação de parceiros sexuais, os adultérios por vingança ou simplesmente por vulgaridade, os preços a que se entregam, as perversões que os caracterizam, vilipendiando os sentimentos daqueles que os veem ou leem estarrecidos uns, com inveja outros, em lamentável comércio de degradação.

Jovens, masculinos e femininos, exibem-se no circo dos prazeres, na condição de escravos burlescos em revistas de sexo explícito ou em filmes de baixa qualidade, tornando-se ídolos da pornografia e da sensualidade doentia.

A pedofilia alcança patamares dantes nunca imaginados, graças à Internet que lhe abre portas ao infinito, quando pais insensatos vendem os filhinhos para o vil comércio do sexo infanto-juvenil, despedaçando-lhes a meninice que vai cruelmente assassinada.

Por outro lado, a prostituição de menores é cada vez maior, porque o cansaço dos viciados exige carnes novas para os apetites selvagens que os consomem.

E, porque vivem sempre entediados e sem estímulos novos, o alcoolismo, o tabagismo, a drogadição constituem o novo passo no rumo da violência, da depressão, do autocídio.

Vive-se, neste momento, a tirania do sexo em exaltação.

As dolorosas lições do passado, de religiosos que não se souberam comportar, desrespeitando os votos formulados, que desmoralizaram as propostas doutrinárias das crenças que abraçavam, o disfarce, a hipocrisia, ocultando as condutas reprocháveis, geraram tal animosidade às formulações espiritualistas, com as exceções compreensíveis, que os jovens não suportam, sequer, referências aos valores do Espírito imortal.

Somente há interesse pelos esportes, particularmente por aqueles de natureza física, no culto apaixonado pela beleza e pela estética de que se tornam escravos por livre opção.

Num período, porém, em que uma boneca serve de modelo, ao invés de haver copiado um ser humano, exigindo que cirurgias corretoras modifiquem a aparência de algumas mulheres, a fim de ficarem com as medidas do brinquedo erótico, é quase normal que haja um verdadeiro ultraje no que diz respeito aos valores reais da vida.

A desconsideração de muitos governantes em relação ao povo que estorcega na miséria, faz que as favelas e os morros vomitem os seus revoltados habitantes para as periódicas ondas de arrastão que estarrecem.

Sucede que o bem não indo ao seu encontro, tem que enfrentar o mal que prolifera e que desce do lugar em que se homizia buscando solução, mantendo comportamentos selvagens.

As cidades, grandes e pequenas, tornam-se praças de guerras não declaradas, porque as necessidades dos sofredores não são atendidas e alguns poderosos que governam, locupletam-se com os valores que deveriam ser destinados à educação, à saúde, ao trabalho, ao recreio dos cidadãos...

É compreensível que aumentem as estatísticas das enfermidades dilaceradoras como o câncer, a tuberculose, as cardiovasculares, a AIDS, outras sexualmente transmissíveis, as infecções hospitalares, dentre diversas, acompanhadas pelos transtornos psicológicos e psiquiátricos que demonstram o atraso em que ainda permanecem as conquistas na área da saúde, embora as suas indescritíveis realizações.

* * *

O ser humano estertora...

Em razão da falta de orientação sexual, nestes dias de disparates, a gravidez entre meninas desprevenidas aumenta de forma chocante, como fruto de experiências estimuladas pela vulgaridade, sem qualquer preparo para a maternidade, jogando nas ruas diariamente crescente número de abandonados...

Faltam programas de orientação moral, porque o momento é de prazer e de gozo, condenando a maioria dos incautos ao desespero e à ilusão.

Ainda se prolongará o reinado erótico por algum tempo, até o momento quando as Divinas Leis convidem os responsáveis pelo abuso ao comedimento, à reparação, encaminhando-os para mundos inferiores, onde se encontrarão sob a situação de acerbas aflições, recordando o paraíso que perderam, mas que podem alcançá-lo novamente após as lutas redentoras.

Especialmente nesta hora chegou à Terra o Espiritismo, a fim de convidar as criaturas desnorteadas a encontrar o rumo nos deveres éticos, restaurando a paz e a alegria real nos corações, sem a música mentirosa das sereias mitológicas...

Restaurando a palavra de Jesus, propõe uma revisão ética dos postulados do Cristianismo também ultrajado, a fim de que se revivam os comportamentos de Jesus e dos Seus primeiros discípulos, dando lugar à lídima fraternidade, à iluminação de consciências, ao serviço da caridade.

Mantém-te vigilante, a fim de que não te iludas nem enganes a ninguém, contribuindo com a tua parte, por mais modesta que seja, de modo a fazer instalar-se a era do amor pela qual todos anelam.



Joanna de Ângelis.

Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na manhã de 19 de maio de 2009, na residência de Josef Jackulak, em Viena Áustria.

Em 24.05.2010.