sábado, 22 de janeiro de 2011

(pedofilia)Objetivo da minha luta

Venho aqui divilgar um blog que acho de suma importancia,este trata assuntos como abuso sexual,pedofilia,e coisas do gênero.achei muito importante divulgar aqui,para que todos tomem como exemplo:

http://www.filhasdosilencio2.blogspot.com/
para entrarem no site,cliquem no título.

Objetivo da minha luta




Gostaria, através desse texto, apresentar os meus objetivos em relação ao trabalho que venho realizando. Sou uma vítima de violência / abuso sexual e estupro, praticado pelo meu próprio pai biológico. Sofri essa tortura e pressão emocional durante 20 anos, sob fortes ameaças à minha integridade e à integridade da minha irmã, quase 12 anos mais nova que eu.
Violência – ato ou efeito de violentar. Constrangimento físico ou moral. Qualquer força material ou moral empregada contra a vontade ou a liberdade de uma pessoa; coação.
Violentar – forçar, estuprar, coagir, constranger, obrigar.
Abusar – trair a confiança de, explorar, enganar, desonrar. Prática contrária às leis e aos bons usos e costumes.
Estuprar – violentação, coação com ameaças. Relação sexual sem consentimento e com emprego de força.
Fonte: Dicionário Larousse / Dicionário Michaelis


Sofri as quatro coisas acima. Sei que muitos perguntam: por que por tanto tempo. Porque a violência sexual não é praticada somente contra o seu corpo físico. A maior violência é a emocional. Eu estava sozinha, não tinha ninguém para compartilhar a minha angústia, a minha dor. Com uma mãe que me tratava ora com agressividade, ora com total rejeição. Eu não tinha a quem procurar. Sem falar o medo, o terror que sentia do meu pai. O meu emocional me influenciou tanto, que passei a ter problemas físicos que persistem até hoje. E o pior: a minha baixa estima quase me levou ao suicídio no ano passado. Somente com muito amor e carinho por parte do meu marido e dos meus filhos é que estou conseguindo sair da depressão. E foi com o total apoio do meu marido que recomecei a escrever; minha filha me ajudou a montar o blog e eu montei uma rede de amigos no orkut e uma comunidade.
O meu blog e a minha comunidade não estão somente focados na violência, mas sim, muito mais nos fatos do dia a dia e na cultura. Devemos diversificar os nossos pensamentos e provar a nós mesmos que somos capazes de outras coisas, além de lamentar o acontecido. Mas muito mais que isso, o meu grande objetivo é ajudar as mulheres a recuperar o amor próprio e a auto estima. É com isso que venho trabalhando, através de vários e-mails que tenho recebido e é esse o meu objetivo final: ajudar.
Escrevi alguns capítulos de um depoimento / resumo do que aconteceu comigo. Dos 06 anos até os 26, convivendo com a brutalidade do meu pai; e após o casamento. É apenas um resumo. Montei um segundo blog com esse depoimento e peço que, com muita coragem e determinação, as outras mulheres acrescentem o seu depoimento para, quem sabe, mais tarde, esses depoimentos se transformarem num livro. Será o nosso grito de protesto, de indignação. Será a nossa vitória. Pois falar, mesmo sendo coagida, ameaçada, é uma grande vitória.
Nós precisamos de toda a ajuda. Não para a nossa exposição. Mesmo porque a maioria de nós usa um pseudônimo. Mas para a divulgação de o que acontece com as mulheres na faixa de 40 anos, que sofreram qualquer tipo de violência na infância / adolescência e precisaram se calar. Para que as meninas que passam por isso hoje, amanhã não precisem vivenciar o desespero que nós passamos.
Agradeço sinceramente a atenção. Com muito respeito,

Beatriz Albuquerque.

Sem. Mediunidade e Transtornos Psiquiátricos 3/4 - Nazareno Feitosa - FEPB



Sem. Mediunidade e Transtornos Psiquiatricos 3/4 Nazareno Feitosa Espiritismo from Nazareno Vasconcelos Feitosa on Vimeo.


fonte:http://www.palestrasespiritas.blogspot.com/

Prece dos aflitos e agonizantes

Prece dos aflitos e agonizantes



Senhor Deus, Pai dos que choram,
Dos tristes, dos oprimidos.
Fortaleza dos vencidos,
Consolo de toda a dor,
Embora a miséria amarga,
Dos prantos de nosso erro,
Deste mundo de desterro,
Clamamos por vosso amor!

Nas aflições do caminho,
Na noite mais tormentosa,
Vossa fonte generosa
É o bem que não secará...
Sois, em tudo, a luz eterna
Da alegria e da bonança
Nossa porta de esperança
Que nunca se fechará.

Quando tudo nos despreza
No mundo da iniqüidade,
Quando vem a tempestade
Sobre as flores da ilusão!
O! Pai, sois a luz divina,
O cântico da certeza,
Vencendo toda aspereza,
Vencendo toda aflição.

No dia de nossa morte,
No abandono ou no tormento,
Trazei-nos o esquecimento
Da sombra, da dor, do mal!...
Que nos últimos instantes,
Sintamos a luz da vida
Renovada e redimida
Na paz ditosa e imortal.


EMMANUEL

Psicografia de Francisco C.Xavier

Livro: Paulo E Estevão

Paginas 162 e 163

domingo, 16 de janeiro de 2011

DESDOBRAMENTO E AÇÃO MAGNÉTICA



As técnicas hipnomagnéticas descritas pelos autores clássicos nas célebres experiências de desdobramento do "duplo" têm o seu embasamento nas propriedades gerais do magnetismo. E mais uma vez, na busca de diretrizes seguras para os nossos objetivos, recorramos às digressões kardequianas inseridas em "A Gênese": "A ação magnética pode produzir-se por diversas maneiras:

1) pelo próprio fluido do magnetizador; é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano.

2) pelo fluido dos Espíritos que atuam diretamente e sem intermediário sobre um encarnado.

3) pelo fluido que os Espíritos derramam sobre o magnetizador e ao qual este serve de condutor".

Ora, nos detenhamos na primeira eventualidade considerada por Kardec e vejamos o que acontece. Se aplicarmos passes longitudinais sobre um médium à maneira dos magnetizadores antigos, ou projetarmos campos magnéticos concêntricos através de pulsos energéticos sob comando mental, ao modo dos apometristas contemporâneos, obteremos com uma certa facilidade o desacoplamento de seu campo astral. À partir deste ponto, poderemos observar todo um cortejo de fenômenos inusitados, vivenciados e descritos pelo médium, sem que nos deixemos envolver por dúvidas, porquanto, a prática rotineira nos permite dirimi-las.

O dirigente de trabalho mediúnico, investido da condição de magnetizador, procede da mesma forma que o "Irmão Clementino", segundo a descrição de André Luiz, em "Nos Domínios da Mediunidade", no capítulo intitulado "Desdobramento em Serviço", conforme podemos ler:

"Chegara a vez do médium Antônio Castro. Profundamente concentrado, denotava a confiança com que se oferecia aos objetivos de serviço. Aproximou-se dele o Irmão Clementino e, à maneira do magnetizador comum, impôs-lhe as mãos aplicando-lhe passes de longo circuito. Castro como que adormeceu devagarinho."

Na busca de uma melhor compreensão para tão contundente fenômeno, nos valhamos da hipótese magnética sustentada pelo próprio André Luiz, em "Mecanismos da Mediunidade" (FEB), quando ele nos afirma que o fluxo energético emergente do campo vibratório do magnetizador projeta-se sobre a Pineal do sensitivo, desencadeando um estado de passividade dos núcleos cerebrais, estabelecendo-se, a partir daí, um "circuito fechado no campo magnético do paciente, cuja onda mental, projetada para além de sua própria aura, é imediatamente atraída pelas oscilações do magnetizador que, a seu turno, lhe transmite a essência das suas próprias ordens".

Uma vez efetivada a interação magnética pela ação mental do agente sobre o sujeito, este último se deixa envolver progressivamente por um estado de "entorpecimento", conforme o linguajar kardequiano, estado psicofisiológico este, predisponente ao afrouxamento dos laços que retém o espírito ao campo físico, observando-se, então, que as oscilações mentais dos sensitivos, "a reagirem sobre eles mesmos, determinam o desprendimento parcial ou total do perispírito ou psicossoma, que, não obstante mais ou menos liberto das células físicas, se mantém sob o domínio direto do magnetizador, atendendo-lhe as ordenações".

Eis belíssima descrição dos mecanismos psicofisiológicos do desdobramento perispirítico, feita por uma entidade espiritual afeiçoada ao campo prático do Espiritismo, no caso, o respeitável André Luiz.
Diante da postura consciente e firme de um punhado de eloquentes pesquisadores encarnados e espirituais, e por outro lado, frente ao marasmo experimentado por uns poucos, no tocante às pesquisas espiritistas, somos levados às oportunas observações: por que os espíritas, conhecedores da literatura kardecista e da monumental obra subsidiária, não se dispõem à adoção de metodologias que lhes facultem a melhora da performance mediúnica, o desenvolvimento pleno da capacidade anímico-mediúnica dos trabalhadores da Seara, a elaboração de diagnósticos espirituais mais precisos e o emprego de técnicas mais efetivas no tratamento das obsessões?

Às vezes, penso que o imobilismo e o comodismo tomaram conta de alguns tarefeiros satisfeitos com a rotina estabelecida, mas por outro lado, imagino que essa inaceitável apatia reinante no âmbito da Ciência Espírita se deva a pruridos e receios infundados, típicos da postura dogmática dos que ainda mourejam nas lides das religiões tradicionais.

De qualquer forma, busquemos o alcance para entender o que se passa na intimidade do nosso movimento, o qual, graças a Deus, mantém características positivas pela atuação bastante pujante nos seus aspectos assistenciais, caritativos e evangélicos.
Contudo, a Doutrina dos Espíritos pela sua amplitude, se encontra embasada num tríplice aspecto a lhe conferir as características de uma solidez inquebrantável. Ciência, Filosofia e Moral, por isso mesmo, devem evoluir conjuntamente, pois se um dos pilares se atrofiar por falta de uso, o belo "edifício", mais cedo ou mais tarde, poderá ruir.

Não se justifica, dessa forma, a postura hostil que certos espíritas merecedores de todo nosso respeito, às vezes, alimentam quanto às pesquisas desenvolvidas em nosso meio. Acreditamos que alguns adeptos questionam o assunto Apometria por puro desconhecimento de causa, aliás, não se deve criticar, à primeira vista, aquilo que se desconhece. Só a experiência adquirida no assunto nos faculta o direito de emitir opiniões e pareceres mais abalizados.

Observemos, entretanto, outros comportamentos que se destacam em certas personalidades humanas: os amedrontados por natureza. Esses indivíduos alimentam insegurança, receio e se omitem de qualquer esforço no campo do estudo e da pesquisa por temerem as consequências de práticas mediúnicas mais avançadas.

Mas, a bem da verdade, é preciso admitir-se que o progresso é fruto do domínio do homem sobre o desconhecido. Enganam-se, portanto, os que convivem diuturnamente com o medo, esquecendo que é pela experimentação que se descortinam novos horizontes.
Além do mais, quem conhece em profundidade a obra kardequiana e pauta suas atitudes pela honestidade e pelo bom-senso, certamente, jamais intenciona ferir a pureza doutrinária, ridícula argumentação dos que costumeiramente costumam se atravessar no caminho do progresso e ainda não se desligaram do furor inquisitório que marcou uma época negra em nossa humanidade.

Só o conhecimento de causa permite que sepultemos, em definitivo, o receio da pesquisa e, conseqüentemente, o ranço da intolerância. Obviamente, toda a proposta de mudança dos padrões vigentes suscita reações contrárias, talvez pelo temor atávico que o homem carrega dentro de si desde a época das cavernas.

Contudo, se ainda pairam dúvidas quanto à conveniência de incorporar-se as técnicas de desdobramento ao campo prático do mediunismo ético, ou seja, aquele vivenciado à luz do Evangelho na intimidade dos Centros Espíritas, afirmamos que o Codificador adotava uma postura receptiva perante o caráter eminentemente progressivo da Doutrina e isto é fácil de identificar-se.

Com a palavra, o mestre de Lion: -"Por ela não se deixar embalar por sonhos irrealizáveis, não se segue que se imobilize. Apoiada, exclusivamente, em leis naturais, não pode ser mais variável que estas leis, mas se uma nova lei for descoberta, deve modificar-se para harmonizar-se com esta: não deve cerrar a porta a nenhum progresso sob pena de suicidar-se. Assimilando todas as idéias reconhecidamente justas, de qualquer ordem que sejam, físicas e metafísicas, nunca será posta à margem e é esta uma das principais garantias da sua perpetuidade". (Allan Kardec, Obras Póstumas)

Seguindo-se o mesmo raciocínio, na ação de desdobramento sob comando mental, como fazemos em Apometria, o nosso objetivo é induzir a exteriorização do corpo astral do sensitivo ou do paciente, o que rotineiramente é alcançado, desde que se obedeça à sequência acima referenciada: vontade, pensamento, gesto e fluxo energético.

O comando mental do magnetizador e a projeção do fluxo energético interagem com o psiquismo do sensitivo, produzindo a ação desejada, que é em essência o fenômeno magnético. Graças ao trabalho incansável dos velhos psiquistas no campo prático do magnetismo aplicado, aos autores espíritas, encarnados ou não, que nos brindam com os seus ensinamentos desde Kardec e às pesquisas espirituais mais atualizadas, revestidas de conotações puramente científicas, a exemplo das desenvolvidas pelo Dr. José Lacerda de Azevedo, começamos a vislumbrar lampejos promissores neste vasto e surpreendente campo que é o da fenomenologia anímico-mediúnica e a depositar esperanças nas técnicas de maior eficiência no combate às doenças espirituais complexas.

Todo e qualquer procedimento magnético atinge o seu objetivo, desde que se conjuguem vontade, pensamento, gesto e fluxo energético. Diríamos, então, que a vontade dinamiza a energia em potencial, o pensamento a qualifica atribuindo-lhe determinada propriedade e o gesto direciona o fluxo energético.

Nestas condições, o pensamento determinante qualifica a energia, fornecendo-lhe as propriedades necessárias, por exemplo: na ação curativa, a intenção pode ser a de aliviar uma dor de cabeça; ou a de reequilibrar o psiquismo desajustado de alguém. Já nas práticas que visam o reabastecimento energético, o propósito é o de recompor os fluidos vitais de um médium ao final de uma atividade prática, ou energizar um enfermo exaurido em suas reservas vitais.

Vitor Ronaldo Costa

fonte:

http://www.comunidadeespirita.com.br/reflexoes/apometria%2036%20desdobramento%20e%20acao%20magnetica.htm

Esclarecendo dúvidas



Necessidades e sofrimentos físicos
Escrito por Allan Kardec | |
Questão 253. Os Espíritos experimentam as nossas necessidades e sofrimentos físicos?

“Eles os conhecem, porque os sofreram, não os experimentam, porém, materialmente, como vós outros: são Espíritos.”

Questão 254. E a fadiga, a necessidade de repouso, experimentam-nas?

“Não podem sentir a fadiga, como a entendeis; conseguintemente, não precisam de descanso corporal, como vós, pois que não possuem órgãos cujas forças devam ser reparadas. O Espírito, entretanto, repousa, no sentido de não estar em constante atividade. Ele não atua materialmente. Sua ação é toda intelectual e inteiramente moral o seu repouso. Quer isto dizer que momentos há em que o seu pensamento deixa de ser tão ativo quanto de ordinário e não se fixa em qualquer objeto determinado. É um verdadeiro repouso, mas de nenhum modo comparável ao do corpo. A espécie de fadiga que os Espíritos são suscetíveis de sentir guarda relação com a inferioridade deles. Quanto mais elevados sejam, tanto menos precisarão de repousar.”

Questão 255. Quando um Espírito diz que sofre, de que natureza é seu sofrimento?

“Angústias morais, que o torturam mais dolorosamente do que todos os sofrimentos físicos.”

Questão 256. Como é então que alguns Espíritos se têm queixado de sofrer frio ou calor?

“É reminiscência do que padecem durante a vida, reminiscência não raro tão aflitiva quanto a realidade. Muitas vezes, no que eles assim dizem apenas há uma comparação mediante a qual, em falta de coisa melhor, procuram exprimir a situação em que se acham. Quando se lembram do corpo que revestiram, têm impressão semelhante à de uma pessoa que, havendo tirado o manto que a envolvia, julga, passando algum tempo, que ainda o traz sobre os ombros.”

Allan Kardec. Da obra: O Livro dos Espíritos. 76 edição. FEB. 1995.

Esclarecendo dúvidas



Possessos


Escrito por Allan Kardec | |
Questão 473. Pode um Espírito tomar temporariamente o invólucro corporal de uma pessoa viva, isto é, introduzir-se num corpo animado e obrar em lugar do outro que se acha encarnado neste corpo?

“O Espírito não entra em um corpo como entras numa casa. Identifica-se com um Espírito encarnado, cujos defeitos e qualidades sejam os mesmos que os seus, a fim de obrar conjuntamente com ele. Mas, o encarnado é sempre quem atua, conforme quer, sobre a matéria de que se acha revestido. Um Espírito não pode substituir-se ao que está encarnado, por isso que este terá que permanecer ligado ao seu corpo até ao termo fixado para sua existência material.”

Questão 474. Desde que não há possessão propriamente dita, isto é, coabitação de dois Espíritos no mesmo corpo, pode a alma ficar na dependência de outro Espírito, de modo a se achar subjugada ou obsidiada ao ponto de a sua vontade vir a achar-se, de certa maneira, paralisada?

“Sem dúvida, e são esses os verdadeiros possessos. Mas, é preciso saibas que essa dominação não se efetua nunca sem que aquele que a sofre o consinta, quer por sua fraqueza, quer por desejá-la. Muitos epilépticos ou loucos, que mais necessitavam de médico que de exorcismos, têm sido tomados por possessos.”

Comentário de Allan Kardec: O vocábulo possesso, na sua acepção vulgar, supõe a existência de demônios, isto é, de uma categoria de seres maus por natureza, e a coabitação de um desses seres com a alma de um indivíduo, no seu corpo. Pois que, nesse sentido, não há demônios e que dois Espíritos não podem habitar simultaneamente o mesmo corpo, não há possessos na conformidade da idéia a que esta palavra se acha associada. O termo possesso só se deve admitir como exprimindo a dependência absoluta em que uma alma pode achar-se com relação a Espíritos imperfeitos que a subjuguem.

Questão 475. Pode alguém por si mesmo afastar os maus Espíritos e libertar-se da dominação deles?

“Sempre é possível, a quem quer que seja, subtrair-se a um jugo, desde que com vontade firme o queira.”

Questão 476. Mas, não pode acontecer que a fascinação exercida pelo mau Espírito seja de tal ordem que o subjugado não a perceba? Sendo assim, poderá uma terceira pessoa fazer que cesse a sujeição da outra? E, nesse caso, qual deve ser a condição dessa terceira pessoa?

“Sendo ela um homem de bem, a sua vontade poderá ter eficácia, desde que apele para o concurso dos bons Espíritos, porque, quanto mais digna for a pessoa, tanto maior poder terá sobre os Espíritos imperfeitos, para afastá-los, e sobre os bons, para os atrair. Todavia, nada poderá, se o que estiver subjugado não lhe prestar o seu concurso. Há pessoas a quem agrada uma dependência que lhes lisonjeia os gostos e os desejos. Qualquer, porém, que seja o caso, aquele que não tiver puro o coração nenhuma influência exercerá. Os bons Espíritos não lhe atendem ao chamado e os maus não o temem.”

Questão 477. As fórmulas de exorcismo têm qualquer eficácia sobre os maus Espíritos?

“Não. Estes últimos riem e se obstinam, quando vêem alguém tomar isso a sério.”

Questão 478. Pessoas há, animadas de boas intenções e que, nada obstante, não deixam de ser obsidiadas. Qual, então, o melhor meio de nos livrarmos dos Espíritos obsessores?

“Cansar-lhes a paciência, nenhum valor lhes dar às sugestões, mostrar-lhes que perdem o tempo. Em vendo que nada conseguem, afastam-se.”

Questão 479. A prece é meio eficiente para a cura da obsessão?

“A prece é em tudo um poderoso auxílio. Mas, crede que não basta que alguém murmure algumas palavras, para que obtenha o que deseja. Deus assiste os que obram, não os que se limitam a pedir. É, pois, indispensável que o obsidiado faça, por sua parte, o que se torne necessário para destruir em si mesmo a causa da atração dos maus Espíritos.”

Questão 480. Que se deve pensar da expulsão dos demônios, mencionada no Evangelho?

“Depende da interpretação que se lhe dê. Se chamais demônio ao mau Espírito que subjugue um indivíduo, desde que se lhe destrua a influência, ele terá sido verdadeiramente expulso. Se ao demônio atribuirdes a causa de uma enfermidade, quando a houverdes curado direis com acerto que expulsastes o demônio. Uma coisa pode ser verdadeira ou falsa, conforme o sentido que empresteis às palavras. As maiores verdades estão sujeitas a parecer absurdos, uma vez que se atenda apenas à forma, ou que se considere como realidade a alegoria. Compreendei bem isto e não o esqueçais nunca, pois que se presta a uma aplicação geral.”

Allan Kardec. Da obra: O Livro dos Espíritos. 76 edição. Federação Espírita Brasileira. 1995

Esclarecendo dúvidas

Spirit Rising Pictures, Images and Photos

Influência dos Espíritos sobre os Acontecimentos da Vida
Escrito por Allan Kardec | |

Questão 525 - Os Espíritos exercem alguma influência sobre os acontecimentos da vida?

- Certamente, uma vez que vos aconselham.

Questão 525.a - Eles exercem essa influência de outro modo, além dos pensamentos que sugerem, ou seja, têm uma ação direta sobre a realização das coisas?

- Sim, mas nunca agem fora das leis da natureza.

Allan Kardec. Imaginamos erroneamente que a ação dos Espíritos deve se manifestar somente por fenômenos extraordinários. Desejaríamos que nos viessem ajudar por milagres e nós os representamos sempre armados de uma varinha mágica. Mas não é assim; e porque sua intervenção nos é oculta, o que fazemos, embora com a sua cooperação, nos parece muito natural. Assim, por exemplo, provocarão a reunião de duas pessoas que parecerão se reencontrar por acaso; inspirarão a alguém o pensamento de passar por determinado lugar; chamarão sua atenção sobre um certo ponto, se isso deve causar o resultado que tenham em vista obter, de tal modo que o homem, acreditando seguir somente um impulso próprio, conserva sempre seu livre-arbítrio.

Questão 526 Os Espíritos, tendo ação sobre a matéria, podem provocar alguns efeitos para realizar um acontecimento? Por exemplo, um homem deve morrer: ele sobe uma escada de madeira, a escada se quebra e o homem morre; são os Espíritos que fazem quebrar a escada para realizar o destino desse homem?

- É certo que os Espíritos têm ação sobre a matéria, mas para a realização das leis da natureza e não para as anular ao fazer surgir num certo momento um acontecimento inesperado e contrário a essas leis. No exemplo apresentado, a escada se quebra porque estava gasta e fraca ou não era suficientemente forte para suportar o peso do homem. Se por expiação esse homem tivesse que morrer assim, os Espíritos lhe inspirariam o pensamento de subir nessa escada, que, por ser velha, se quebraria com seu peso, e sua morte teria lugar por efeito natural, sem que fosse necessário fazer um milagre, isto é, anulando uma lei natural de fazer quebrar uma escada boa e forte.

Questão 527 Tomemos um outro exemplo em que o estado natural da matéria não seja importante. Um homem deve morrer fulminado por um raio; ele se refugia sob uma árvore, o raio brilha, explode e o mata. Os Espíritos puderam provocar o raio e dirigi-lo até ele?

- É ainda a mesma coisa. O raio atingiu a árvore nesse momento porque estava nas leis da natureza que fosse assim; não foi dirigido para a árvore porque o homem estava debaixo dela. Ao homem, sim, foi inspirado o pensamento de se refugiar debaixo da árvore em que o raio deveria cair, porém a árvore seria atingida, estivesse o homem debaixo dela ou não.

Questão 528 Um homem mal-intencionado dispara uma arma contra outro, a bala passa de raspão e não o atinge. Um Espírito benevolente pode tê-la desviado?

- Se o indivíduo não deve ser atingido, o Espírito benevolente lhe inspirará o pensamento de se desviar ou poderá dificultar a pontaria do seu inimigo de modo a fazê-lo enxergar mal. Mas a bala, uma vez disparada, segue a linha que deve percorrer.

Allan Kardec. Da obra: O Livro dos Espíritos. 76 edição. Federação Espírita Brasileira. 1995.

Relações homoafetivas

-:-homosexual-:- Pictures, Images and Photos

Este artigo propõe-se a esboçar, sob a ótica espírita, alguns pontos básicos da intrigante questão, pertinente à Lei de Reprodução: a homossexualidade, ou homoafetividade, como se tem convencionado chamá-la no meio jurídico.1 Não há a vã pretensão de esgotar o assunto nem de dar respostas prontas a todas as perguntas. O objetivo é despertar a reflexão e estimular o leitor a buscá-las por si mesmo.

Este tema ainda é um tabu em todo o mundo, porquanto a homossexualidade, embora seja tão antiga quanto o homem e exista inclusive no reino animal, é vista como um comportamento social contrário à natureza, talvez por ser algo fora dos padrões do que é considerado “normal”. Mas será que é isso mesmo? A pessoa, invariavelmente, é homossexual porque o deseja? Porque assim o escolheu? A homossexualidade, desde o final do século XX, deixou de ser considerada doença por organismos internacionais e pelo Conselho Federal de Psicologia, no Brasil.2 De acordo com a legislação brasileira, o casamento – vínculo conjugal entre duas pessoas – só é possível entre homem e mulher. Entretanto, aumenta cada vez mais o número de pessoas do mesmo sexo que sustentam vida em comum e que ficam à margem da proteção legal. Em vista disso, o Poder Judiciário tem sido constantemente instado a resolver conflitos desse jaez, tais como os relativos a pedidos de adoção de crianças, questões sucessórias, alimentares, previdenciárias, entre outras.

À míngua de norma explícita que autorize tais uniões, os intérpretes buscam respaldo na Constituição Federal, por analogia à união estável entre homem e mulher e à família monoparental, que foram equiparadas, pelo constituinte, a entidades familiares. Tomam por base princípios constitucionais muito caros às democracias, entre eles o da dignidade da pessoa humana, o da liberdade e o da igualdade, para concluir que é possível a união estável entre pessoas de sexo idêntico, com todas as consequências jurídicas próprias dos institutos referidos.3 O que há, ainda, é muita ignorância e preconceito no tocante à homossexualidade, cujas causas reais são praticamente desconhecidas dos especialistas encarnados. Em virtude da visão fragmentária e reducionista que as ciências acadêmicas nutrem a respeito do ser humano, considerando como ente finito, e que, sob essa ótica, desapareceria para sempre da realidade após a morte física, muitos fenômenos psicológicos, sociais e biológicos, entre eles a homossexualidade, têm sido precariamente estudados e interpretados pelos estudiosos encarnados. A seu turno, a Doutrina Espírita oferece subsídios valiosos para auxiliar a compreensão de tais incógnitas, uma vez que analisa o ser humano sob o prisma holístico.4 Isto é, investiga as causas do enigma, pois não se detém apenas no exame dos fatores físicos e psicológicos inerentes ao ser humano.

O seu estudo, por si só, constitui uma excelente terapêutica, visto que auxilia a libertação de muitos conflitos e encaminha as pessoas para a tomada de atitudes mais coerentes e seguras diante da vida. Os benfeitores do Alto, nas questões 200 e 201 de O Livro dos Espíritos (Ed. FEB), deixam claro que os Espíritos não têm sexo, como o entendemos, e que podem encarnar ora como homem, ora como mulher. E complementam – “há entre eles amor e simpatia, mas baseados na afinidade de sentimentos”.

Portanto, as preferências sentimentais de pessoas por outras do mesmo gênero nem sempre implicam a existência de conúbio carnal ou o desvirtuamento e o abuso das faculdades genésicas, abuso esse que também ocorre, expressivamente, entre os indivíduos heterossexuais. Qualquer pessoa, independentemente de sua orientação sexual, jamais logrará realização, se se entregar aos excessos no campo da sexualidade. Nesses casos, o indivíduo sujeita-se a adquirir hábitos nocivos e a viciar-se nas aberrações da luxúria, essas, sim, contrárias às leis naturais, as quais convidarão o Espírito imortal a corrigi-las nas futuras encarnações.

– Por que sou assim? – frequentemente perguntam crianças e jovens de ambos os sexos, atormentados com a descoberta de suas tendências homossexuais, sem que tenham, conscientemente, escolhido esse caminho. Já os pais de homossexuais, alguns deles chocados com a orientação sexual de seus filhos, geralmente têm como primeira reação buscar uma explicação racional para a origem da homossexualidade. De acordo com o ensino dos Espíritos superiores, o sexo reside na mente, expressa-se no corpo espiritual (perispírito)5 e, consequentemente, no corpo físico: [...] o instinto sexual não é apenas agente de reprodução entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é o reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou desencarnadas se alimentam mutuamente na permuta de raios psíquico-magnéticos, que lhes são necessários ao progresso. [...] ninguém escarnecerá dele, desarmonizando-lhe as forças, sem escarnecer e desarmonizar a si mesmo.6

Kardec também enfrentou esse assunto na Revista Espírita, onde esclareceu que as “anomalias aparentes” do caráter de certas pessoas se devem aos atavismos que o ser reencarnado traz de outras vidas. 7 Entretanto, essas características que as pessoas apresentam não as transformam, automaticamente, num homossexual. Outros Espíritos, com a finalidade de expiarem erros do passado ou exercerem tarefas de auxílio e/ou aprendizado, renascem em corpos incompatíveis com o seu psiquismo, pelo que, não raro, enfrentam severas rejeições de seus próprios familiares e são marginalizados pela sociedade, circunstâncias em que podem ser induzidos ao desvirtuamento e à viciação de suas sublimes faculdades reprodutoras.

O Espírito Emmanuel explica que muito dos enigmas da sexualidade se deve ao desconhecimento de nossa origem espiritual e biológica, está radicada nos seres inferiores da criação, de cujos instintos ainda não nos libertamos totalmente, bem assim ao desconhecimento da reencarnação e dos reflexos das experiências pretéritas.8 Não nascemos prontos, e nosso processo evolutivo prossegue sem detença, ainda muito distante da almejada perfeição. Por isso, é apropriada a comparação simbólica do ser humano personalizado na figura do Centauro, monstro da mitologia, cujo corpo da cintura para cima se apresenta como homem e a outra metade como animal. Esmagadora maioria dos pais não tem condições psicológicas nem experiência para tratar de um assunto dessa envergadura, quando ele surge no seio familiar.

Além disso, os pais nem sempre encontram uma orientação psicológica segura para enfrentar a situação, em virtude da diretriz materialista de muitos especialistas, como já visto. Há casos de homossexuais que, devido ao desconhecimento espiritual de si mesmo e muitas vezes da própria orientação sexual, associado à cobrança sociocultural, experimentam momentos de intensos sofrimentos psíquicos, em virtude de suas emoções estarem nesse instante em processo de desequilíbrio. Dessa maneira, tornam-se solitários, com muitas dificuldades de relacionamento. É quando, diante das pressões sociais, principalmente da família, percebem-se em conflito oriundo da própria sexualidade, oportunidade em que podem vivenciar um quadro de ambivalência ou ambiguidade afetiva de ordem existencial, encapsulando-se em seus dramas. Nessas condições perturbadoras, é possível que desenvolvam ideações suicidas, com predomínio de tentativas de autocídio.

Para as famílias de homossexuais e para esses próprios, recomenda-se, entre outros, o livro de autoria da educadora e professora paulistana Edith Modesto.9 Trata-se de obra utilíssima, uma vez que traz a experiência pessoal de uma mãe que arrostou o desafio de trabalhar seus sentimentos e os de seus familiares ante o desabrochamento da homossexualidade em um de seus sete filhos.

As teorias humanas reducionistas, que visualizam a criatura apenas como a expressão da matéria, têm que ser revistas urgentemente, para que semeemos um futuro melhor para a Humanidade, em consonância com as leis naturais ou divinas. A exclusão social é produto do egoísmo,que deve ser superada com os recursos modernos à disposição da sociedade.Falo não só da modernidade da revolução tecnológica proporcionada pelo conhecimento humano, em seus múltiplos aspectos, mas, sobretudo, do legado dos ensinos cristãos de amor ao próximo, que jamais será ultrapassado, pois está acima dos critérios transitórios do mundo.

Referências:

1Informação acessada em 26/9/2010, no site .
2Resolução CFP no 1/99.
3Arts. 1o, caput, III; 5o, caput, I; e 226, §§ 3o e 4o, todos da Constituição Federal Brasileira.
4Pela teoria holística, a criatura humana é considerada um todo indivisível e não pode ser explicada pelos seus distintos componentes, separadamente (físico, psicológico, moral, espiritual).
5Perispírito é o envoltório semimaterial do Espírito, que tem como uma das funções básicas servir de intermediário entre este e o corpo físico.
6XAVIER, Francisco C. Evolução em dois mundos. Pelo Espírito André Luiz. 25. ed. 3. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 18, itens Alimento espiritual, p. 183; e Enfermidades do instinto sexual, p. 185.
7KARDEC, Allan. As mulheres têm alma? In: Revista espírita: jornal de estudos psicológicos, ano 9, p. 17, jan. 1866. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2009.
8XAVIER, Francisco C. Vida e sexo. Pelo Espírito Emmanuel. 26. ed. 2. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 21.
9Mãe sempre sabe? Mitos e verdades sobre pais e seus filhos homossexuais. Editora Record. A obra toda.


(Revista Reformador, Julho de 2010 - http://www.febnet.org.br/reformadoronline/pagina/?id=197)

Transição para a Nova Era



“Também ouvireis falar de guerra e de rumores de guerra; tratai de não vos perturbardes, porquanto é preciso que estas coisas aconteçam: mas, ainda não será o fim – pois se verá povo levantar-se contra povo e reino contra reino; e haverá pestes, fomes e tremores de terra em diversos lugares – todas essas coisas serão apenas o começo das dores. (São Mateus, 24:6 a 8).”1

O reinado do bem poderá implantar-se algum dia na Terra?

“O bem reinará na Terra quando, entre os Espíritos que a vêm habitar, os bons predominarem, porque, então, farão que aí reinem o amor e a justiça, fonte do bem e da felicidade. É pelo progresso moral e pela prática das leis de Deus que o homem atrairá para a Terra os Espíritos bons e dela afastará os maus. Estes, porém, só a deixarão quando o homem tiver banido daí o orgulho e o egoísmo.”2

“P. – O que a Doutrina Espírita pode dizer a respeito do fim dos tempos, isto é, como ocorrerá a transformação do planeta em planeta de provas e expiações para de regeneração?

R. – Através da busca da espiritualização, superação das dores e construção de uma nova sociedade, a Humanidade caminha para a regeneração das consciências. [...] Cabe, a cada um, longa e árdua tarefa de ascensão. Trabalho e amor ao próximo com Jesus, este o caminho.”3

Introdução

A mídia tem apresentado, com intensidade, informações sobre episódios dolorosos e preocupantes para as pessoas.

Ante inquietudes, incertezas, inseguranças, decepções e o vazio existencial, a Doutrina Espírita tem potencial inesgotável para oferecer respostas, apoio e roteiros seguros.

É chegado o momento do Espiritismo cumprir seu papel:
“[...] o Consolador, que é o Santo Espírito, que meu Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará recordar tudo o que vos tenho dito. (São João, 14: 26)”.4

Na literatura espírita é possível perceber o momento de transição que se vive e captar as orientações que emanam da Espiritualidade, como, por exemplo, nos textos citados abaixo:

Os tempo são chegados

Allan Kardec destaca em A Gênese: “Dizem-nos de todas as partes que são chegados os tempos marcados por Deus, em que grandes acontecimentos se vão dar para regeneração da Humanidade”, 5 no que é corroborado por São Luís, em O Livro dos Espíritos, quando alerta aos homens:

“Aproximai-vos do momento em que se dará a transformação da Humanidade, transformação que foi predita e cuja chegada é acelerada por todos os homens que auxiliam o progresso”.2

Já em Obras Póstumas, há significativo registro do diálogo do Codificador com o Espírito de Verdade, relacionado com esses avisos:

“P. – Os Espíritos disseram que são chegados os tempos em que tais coisas têm de acontecer; em que sentido se devem tomar essas palavras?

R. – Em se tratando de coisas de tanta gravidade, que são alguns anos a mais ou a menos? Elas nunca ocorrem bruscamente, como o chispar de um raio; são longamente preparadas por acontecimentos parciais que lhes servem como que de precursores, semelhantes aos rumores surdos que precedem a erupção de um vulcão. Pode-se, pois, dizer que os tempos são chegados, sem que isso signifique que as coisas sucederão amanhã. Significa unicamente que vos achais no período em que elas se verificarão.

P. – Confirmas o que foi dito, isto é, que não haverá cataclismos?

R. – Sem dúvida, não tendes que temer nem um dilúvio, nem o abrasamento do vosso planeta, nem outros fatos desse gênero, visto que não se pode denominar cataclismos a perturbações locais que se têm produzido em todas as épocas. Apenas haverá um cataclismo de natureza moral, cujos instrumentos serão os próprios homens”.6

A nova geração

No contexto da transição para uma Nova Era, são importantes e pertinentes as ideias sobre a nova geração desenvolvidas por Allan Kardec, em A Gênese:

“A nova geração marchará, pois, para a realização de todas as idéias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver chegado. Avançando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o Espiritismo se encontrará com ela no mesmo terreno. Os homens progressistas descobrirão nas ideias espíritas, uma poderosa alavanca e o Espiritismo achará, nos novos homens, Espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo. [...]

[...]

A época atual é de transição; os elementos das duas gerações se confundem. Colocados no ponto intermediário, assistimos à partida de uma e à chegada da outra, já se assinalando cada uma, no mundo, pelas características que lhes são peculiares.

As duas gerações que se sucedem têm ideias e pontos de vista opostos. Pela natureza das disposições morais, e, sobretudo, das disposições intuitivas e inatas, torna-se fácil distinguir a qual das duas pertence cada indivíduo.

Cabendo-lhe fundar a era do progresso moral, a nova geração se distingue por inteligência e razão geralmente precoces, aliadas ao sentimento inato do bem e a crenças espiritualistas, o que constitui sinal indubitável de certo grau de adiantamento anterior. Não se comporá de Espíritos eminentemente superiores, mas dos que, já tendo progredido, se acham predispostos a assimilar todas as ideias progressistas e estejam aptos a secundar o movimento de regeneração.

[...]

Opera-se presentemente um desses movimentos gerais, destinados a realizar uma remodelação da Humanidade. A multiplicidade das causas de destruição constitui sinal característico dos tempos, pois que elas apressarão a eclosão dos novos germens [...]”.7

Esses esclarecimentos poderão levar alguma inquietação às pessoas sobre os destinos de muitos Espíritos, mas Jesus, como nosso Mestre e Guia, deixou claro que ninguém ficará desamparado, como explicita na parábola da “Ovelha Perdida” (Lucas, 15:1-7).

Referências:

1KARDEC, Allan. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 17, item 47.
2______. O livro dos espíritos. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 2. ed. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Q. 1.019.
3XAVIER, Francisco C. Plantão de respostas. Pinga Fogo II. São Paulo: Cultura Espírita União, 1995. Cap. Condições do Planeta (I), p. 35-36.
4KARDEC, Allan. O evangelho segundo o espiritismo. Trad. Evandro Noleto Bezerra. 1. reimp. Rio de Janeiro: FEB, 2010. Cap. 6, item 3.
5______. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 18, item 1.
6______. Obras póstumas. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. P. 2, A minha iniciação no espiritismo, p. 364-365.
7______. A gênese. Trad. Evandro Noleto Bezerra. Rio de Janeiro: FEB, 2009. Cap. 18, itens 24, 28, 34.

(Primeiro de uma série de três artigos, sobre a mesma temática, elaborados pela equipe da Secretaria-Geral do Conselho Federativo Nacional da FEB. Publicado na Revista Reformador, Outubro/2010)

Minissérie Chico Xavier estreia nesse mês

Chico Xavier Pictures, Images and Photos

Produzida pela TV Globo, a minissérie Chico Xavier, derivada do filme que levou milhões ao cinema no ano passado, vai ao ar nos dias 25, 26, 27 e 28 de janeiro. Com cerca de uma hora a mais do que o conteúdo editado para o longa-metragem, a minissérie é resultado de e planejamento feito ainda à época das filmagens do longa.

fonte:

www.alvoradaespirita.com