sábado, 15 de janeiro de 2011

POR QUE AS ENCHENTES, TUFÕES, FURACÕES, ETC.?



Allan Kardec perguntou aos Espíritos: "Com que fim fere Deus a Humanidade por meio de flagelos destruidores?"
Os Espíritos responderam: "Para fazê-la progredir mais depressa. Já não dissemos ser a destruição uma necessidade para a regeneração moral dos Espíritos, que, em cada nova existência, sobem um degrau na escala do aperfeiçoamento? Preciso é que se veja o objetivo, para que os resultados possam ser apreciados. Somente do nosso ponto de vista pessoal os apreciais; daí vem que os qualificais de flagelos, por efeito do prejuízo que vos causam. Essas subversões, porém, são freqüentemente necessárias para que mais pronto se dê o advento de uma ordem de coisas e para que se realize em alguns anos o que teria exigido muitos séculos." (questão 737)


Há uma ordenação divina no Universo. Deus a tudo prevê e provê, atendendo às necessidades evolutivas de seus filhos. Nada ocorre por acaso.Os próprios Espíritos, os seres inteligentes da Criação que povoam o Universo fora do mundo material, segundo a definição expressa na questão nº 76, de "O Livro dos Espíritos", participam dessa ordenação, num sistema hierárquico determinado exclusivamente pelo merecimento.Quanto mais evoluídos, mais complexas e importantes as suas tarefas.Espíritos puros e perfeitos são promovidos a prepostos do Criador, com largas responsabilidades que envolvem o progresso de imensas coletividades, orientando-as em experiências compatíveis com suas necessidades evolutivas.Sabe-se que as manchas solares, detectadas por sofisticado instrumental científico, fruto de explosões atômicas que ocorrem no astro-rei, são responsáveis por múltiplos fenômenos climáticos terrestres e não raro promovem flagelos devastadores, como tufões, tempestades, nevascas, secas, enchentes . . .Seriam casuais tais ocorrências? Para o materialista, certamente. Mas o religioso, que concebe a onisciência e onipotência de Deus, não pode desenvolver semelhante raciocínio, que equivaleria ao reconhecimento de que a Natureza escapa ao comando divino.Admitindo, portanto, que o Criador controla os fenômenos naturais, contando com a participação de seus prepostos, podemos conceber que as convulsões solares são programadas por engenheiros siderais em benefício dos planetas que se movem em sua órbita, como um todo, e, em particular, beneficiando as coletividades terrestres, mais diretamente afetadas.Os flagelos decorrentes beneficiam fisicamente o planeta, principalmente na renovação de sua atmosfera, mas sobretudo, impõem um agitar das consciências humanas, tanto para aqueles que desencarnam em circunstâncias dolorosas e traumáticas, quanto para os que colhem as conseqüências da devastação ocasionada. Experiências assim representam a oportunidade de resgate de seus débitos do pretérito, ao mesmo tempo em que fazem sua iniciação nos domínios da solidariedade. As vítimas das grandes calamidades tornam-se menos envolvidas com as ilusões, mais dispostas a ajudar o semelhante, após sentirem na própria carne a dor que aflige seus irmãos.A Lei de Destruição funciona, também, para conter os impulsos desajustados da criatura humana (com a Natureza, com o corpo físico, etc.). Não é preciso grande esforço de raciocínio para perceber que a AIDS, a síndrome de insuficiência imunológica adquirida, representa uma resposta da Natureza aos abusos cometidos pelo Homem nos domínios do sexo, a partir da decantada liberdade sexual, na década de sessenta.A AIDS vem impondo ao Homem disciplinas às quais não se submeteria em circunstâncias normais. O mal terrível e assustador ajudá-lo-á a compreender que é preciso respeitar o sexo, que podemos exercitá-lo com liberdade, desde que não resvalemos para a liberalidade e muito menos para a licenciosidade. Sexo sem compromisso, sem responsabilidade, é mera semeadura de frustrações e comprometimento com o vício, resultando em inevitável colheita de desajustes e sofrimentos.Talvez a AIDS faça parte de um elenco de medidas renovadoras que preparam a civilização do terceiro milênio. Oportuno recordar que determinados surtos de progresso para a humanidade são marcados por flagelos terríveis que dizimam populações imensas. Exemplo típico foi a Peste Negra, no século XIV, enfermidade mortal provocada por um bacilo que se instalava nos aparelhos digestivo e circulatório, eliminando suas vítimas em poucos dias. Disseminada pelo Oriente e pela Europa, exterminou perto de vinte e cinco milhões de pessoas, em plena Idade Média, um período de obscurantismo, em que a civilização ocidental parecia imersa em trevas.No entanto, após a Peste Negra floresceu o Renascimento, um abençoado sopro de renovação cultural e artística, como o alvorecer de radioso dia precedido de devastadora tempestade noturna. (Richard Simonetti)



Postado por GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC

Felicité Robert de Lamennais

Felicité Robert de Lamennais

Nascido em uma família burguesa, em 19 de junho de 1782, em Saint-Malo, na França, foi brilhante escritor, tornando-se uma figura influente e controversa na história da Igreja francesa.

Com seu irmão Jean, concebeu a idéia de reviver o Catolicismo Romano como uma chave para a regeneração social.

Chegaram a esboçar um programa de reforma em sua obra: Reflexões do estado da Igreja..., no ano de 1808.

Cinco anos mais tarde, no auge do conflito entre Napoleão e o Papado, os irmãos produziram uma defesa do Ultramontanismo (Doutrina e política dos católicos franceses que buscavam inspiração na Cúria Romana, defendendo a autoridade absoluta do Papa em matéria de fé e disciplina).

Este livro valeu a Lamennais um conflito com o Imperador, ocasionando sua fuga para a Inglaterra, rapidamente, no ano de 1815.

Um ano depois, com seus 34 anos de idade, Lamennais retorna a Paris e é ordenado padre.

Escritor fluente, político e filósofo, ele se esforçava para combinar a política liberal com o Catolicismo Romano, depois da Revolução Francesa.

Por isso, já em 1817 publicou "Ensaios sobre a indiferença em matéria de religião considerada em suas relações com a ordem política e civil", além de uma tradução da "Imitação de Jesus Cristo".

O Ensaio lhe valeu fama imediata.

Nele, Lamennais argumentava a respeito da necessidade da religião, baseando seus apelos na autoridade da tradição e a razão geral da Humanidade, em vez do individualismo do julgamento privado.

Embora advogasse o Ultramontanismo na esfera religiosa, em suas crenças políticas era um liberal que advogava a separação do Estado da Igreja, a liberdade de consciência, educação e imprensa.

Depois da revolução de julho, em 1830, Lamennais, junto com Henri Lacordaire (Os expoentes da Codificação XVIII) e Charles de Montalembert, além de um grupo entusiástico de escritores do Catolicismo Romano Liberal, fundou o jornal "L Avenir".

Neste jornal diário, defendia Lamennais os princípios democráticos, a separação da Igreja do Estado, criando embaraços para si tanto com a hierarquia eclesiástica francesa quanto com o governo do rei Luís Felipe.

O Papa Gregório XVI desautorizou as opiniões de Lamennais na Encíclica Mirari vos, em agosto de 1831.

A partir de então, Lamennais passa a atacar o Papado e as monarquias européias, escrevendo o famoso poema "Palavras de um crente", condenado na Encíclica papal Singulari vos, em julho de 1834.

O resultado foi a exclusão de Lamennais da Igreja.

Incansável, ele se devotou à causa do povo, colocando sua caneta a serviço do republicanismo e do socialismo.

Escreveu trabalhos como "O Livro do Povo "(1838) , "Os afazeres de Roma" e "Esboço de uma Filosofia".

Chegou a ser condenado à prisão mas, já em 1848 foi eleito para a Assembléia Nacional, aposentando-se em 1851.

Por ocasião de sua morte, em Paris, em 27 de fevereiro de 1854, não desejando se reconciliar com a Igreja, foi sepultado em uma cova de indigente.

No Mundo Espiritual, não permaneceu ocioso, eis que em O Livro dos Espíritos, na pergunta de número 1009, se encontra uma mensagem de sua lavra, ilustrando a resposta.

Nela, revela os traços da sua fé, concitando as criaturas a aproximar-se do bom pastor e do Pai Criador, combatendo com vigor a crença das penas eternas.

Na mensagem que assina em O Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. XI, item 15, ele se revela o ser compassivo, que conclama as criaturas a obedecer a voz do coração, oferecendo, se for necessário, a própria pela vida de um malfeitor.

A Morte é uma Piada estreia em São Paulo

Renato Prieto

A Morte é uma Piada estreia em São Paulo

O ator e diretor Renato Prieto, o André Luiz do filme Nosso Lar, estará em cartaz com a peça A Morte é uma Piada, em São Paulo/SP.
Com texto e direção de Cyrano Rosalém, tem a participação das atrizes Sylvia D’Silva e Rosana Penna e, em vídeo, de Chico Xavier e Divaldo Franco.
Estreia dia 15 de janeiro de 2011.
Sábados, às 18h e domingos, às 16h, no Teatro Frei Caneca, rua Frei Caneca, nº 569, 6º andar, Shopping Frei Caneca, São Paulo/SP.

Para os sócios do Clube Amigos da Boa Nova 50 % de desconto apresentando a carteirinha na bilheteria do teatro.

Informações: (11) 3472-2230 www.renatoprieto.com.br

Comer ou não Comer? Hipertensão Arterial - com Dr. Rubens Cascapera e Joely Pucci



Programa Rádio Boa Nova na TV Mundo Maior. Trata-se do Programa "ALLEGRUM VIVI" que faz parte da grade da Rede Boa Nova de Rádio, transmitido às terças-feiras as 10h00 e exibido pela TV Mundo Maior. O médico Rubens Cascapera e Joely Pucci reúnem com base numa medicina natural e técnicas inovadoras dicas de alimentação e cuidados com sua saúde. Proporcionando a você mais alegria de viver em seu dia-a-dia. Nesta edição que aconteceu dia 28/12/2010 tratou-se do Natal, Comer ou não comer, uma visão amplificada - metáfora mudanças - Hipertensão Arterial.

Causa das mortes coletivas



Através da reencarnação, Doutrina Espírita mostra que há lógica nas tragédias que chocam a todos nós.
Como conciliar a afirmativa de Jesus de que “a cada um será dado segundo as suas obras”, com as desencarnações coletivas provocadas pelo terremoto mais violento dos últimos quarenta anos, ocorrido no dia 26 de dezembro de 2004, que ao produzir ondas gigantescas (tsunamis), destruiu a região litorânea do Sul da Ásia, matando centenas de milhares de pessoas?

Como aplicar o ensinamento do Cristo às mortes coletivas que aconteceram num incêndio de grande proporções em uma discoteca de Buenos Aires, no final de dezembro, e que provocou a morte de 175 pessoas; ou aos óbitos registrados no terremoto que atingiu a cidade de Bam, no Irã, no final de 2003, que matou milhares de pessoas de todas as idades e condições sociais; ou ainda, às verificadas no acidente de avião no Egito, que provocou a morte de 148 pessoas que estavam a bordo, em 3 de janeiro de 2004? Enfim, como explicar todos esses e muitíssimos outros fatos dramáticos sob a ótica da Justiça Divina?

Para melhor entendermos a questão das expiações coletivas, esclarece o Espírito Clélia Duplantier, em Obras Póstumas, que é preciso ver o homem sob três aspectos: o indivíduo, o membro da família e, finalmente, o cidadão. Sob cada um desses aspectos ele pode ser criminoso ou virtuoso. Em razão disso, existem as faltas do indivíduo, as da família e as da nação. Cada uma dessas faltas, qualquer que seja o aspecto, pode ser reparada pela aplicação da mesma lei.

A reparação dos erros praticados por uma família ou por um certo número de pessoas é também solidária, isto é, os mesmos espíritos que erraram juntos reúnem-se para reparar suas faltas. A lei de ação e reação, nesse caso, que age sobre o indivíduo, é a mesma que age sobre a família, a nação, as raças, enfim, o conjunto de habitantes dos mundos, os quais formam individualidades coletivas.

Tal reparação se dá porque a alma, quando retorna ao Mundo Espiritual, conscientizada da responsabilidade própria, faz o levantamento dos seus débitos passados e, por isso mesmo, roga os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.

FAMILIA MORRE QUEIMADA
Vejamos agora como funciona a lei de ação e reação para redimir culpas passadas de diversos membros de uma família que, por vingança, incendiaram a casa de um vizinho pela madrugada, matando todos dentro da casa. Os espíritos que compunham a família criminosa, ao reencarnarem unidos novamente pelos laços consangüíneos, expiaram seus crimes num desastre, no qual o carro em que viajavam pegou fogo, morrendo todos queimados dentro do veículo.

Como se vê, cada membro da família reparou individualmente os crimes cometidos na encarnação anterior, dentro do resgate coletivo. De fato, a dor coletiva é o remédio que corrige as falhas mútuas. No entanto, cada um só é responsável pelas suas próprias faltas como determina a Justiça Divina, ou seja, como indivíduos ou como membros de uma coletividade, todos nós somos responsáveis pelos nossos atos perante as leis de Deus.

Segundo Emmanuel, nós “criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida”.

Tais apontamentos foram feitos ao final do capítulo intitulado “Desencarnações Coletivas”, no livro Chico Xavier Pede Licença, quando o benfeitor espiritual responde porque Deus permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos de incêndios.

TERREMOTOS
Imaginemos guerreiros do passado que destruíram cidades, arrasaram lares, matando mulheres e crianças sob os escombros de suas casas, fazendo milhares de vítimas. É lógico que os espíritos desses guerreiros, ao reencarnarem na Terra em novos corpos, atraídos por uma força magnética pelos crimes praticados coletivamente, se reúnem em determinadas circunstâncias, e sofrem “na pele” por meio de um terremoto ou outra catástrofe semelhante, o mesmo mal que fizeram às suas vítimas indefesas de ontem.

ACIDENTES DE AVIÃO
O espírito André Luiz, no capítulo 18 do Livro Ação e Reação, psicografado por Chico Xavier, esclarece que piratas que afundaram e saquearam criminosamente embarcações indefesas no dorso do mar, ceifando inúmeras vidas, agora encarnados em outros corpos, morrem coletivamente nos acidentes aviatórios.

TRAGÉDIA DO CIRCO
No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, em comovedora tragédia num circo, a justiça da lei, através da reencarnação, reaproximou os responsáveis em diversas posições da idade física para a dolorosa expiação, conforme relata o Espírito Humberto de Campos, pelo médium Chico Xavier, no livro Crônicas de Além Túmulo. Os que morreram no século XX no circo de Niterói foram os mesmos que, no ano de 177 de nossa era, queimaram cerca de mil crianças e mulheres cristãs numa arena de um circo na Gália, região da França, na época do Império Romano.

OUTRAS CAUSAS
Ainda na mensagem “Desencarnações Coletivas”, o benfeitor espiritual Emmanuel esclarece outros motivos para as mortes que se verificam coletivamente. Diz ele: “Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.

Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.

Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.

Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação”.

CONCLUSÃO
Diz Allan Kardec, nos comentários da questão 738 de O Livro dos Espíritos, que “venha por um flagelo à morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de lagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo”.

E finalmente, segundo esclareceram os Espíritos Superiores a Allan Kardec, na resposta à questão 740 de O Livro dos Espíritos, “os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo”.

Gerson Simões Monteiro
é Presidente da Fundação Cristã Espírita C. Paulo de Tarso
e-mail: gerson@radioriodejaneiro.am.br


Postado por José Aparecido em 14 janeiro 2011 às 11:59

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Programa Transição - Casas Andre Luiz e Radio Boa Nova - Jether Jacomini Filho



SUGESTÃO DE LEITURA:Samadhi

Samadhi


Ramatís traz, nesta obra, um novo aspecto de conhecimentos para ampliar nossa penetração no infinito universo dos fenômenos "ocultos".
Na tônica universalista que o caracteriza, Ramatís empenha-se agora em elucidar realidades pouco compreendidas que se conhecem como orixás, sete linhas vibratórias, oferendas, magia na natureza, elementais, agentes mágicos, e outros. Situa essas realidades no contexto iniciático, correlacionando-as com a regência vibratória dos astros e os Grandes Princípios Cósmicos que representam.
Umbanda e Apometria são analisadas com a peculiar objetividade e profundeza do pensamento desse antigo mestre atlante..


Tamanho 14x21 cm

Autor Norberto Peixoto/Ramatís

Editora Conhecimento

ISBN 8576180707

Páginas 222

Centro Espírita A Caminho da Luz » Atividades » JECAL » Volta Por Cima (teatro espírita)

“Colaborar na Cristianização da Arte, sempre que se lhe apresentar ocasião. A Arte deve ser o Belo criando o Bem.” André Luiz @ Waldo Vieira

Tema: A peça relata o drama de um usuário de drogas em vencer o vício e as conseqüências. Acompanhamos o sofrimento da família e sua importância junto dos amigos para livrar o dependente das companhias inferiores.

Sinopse: O protagonista aqui é Mané, um jovem que, após ter partido para a pátria espiritual vítima de overdose fará uma retrospectiva de sua vida para aprendizado. Viveremos os conflitos do jovem que se deixa levar por más influências à medida que não consegue resolver seus problemas em casa e na escola.

Duração: Aproximadamente 90 minutos.

Contato para apresentações ou informações: grupo.jecal@gmail.com

Não cobramos nada por nossas apresentações e podemos ajudar com campanhas de arrecadação.

Nossas outras peças são:
•O Diário de Karina (tema central: aborto)
•A Primeira Carta Para Anselmo (tema central: aids e preconceito)
•Os Saltimbancos (peça infantil)

CENTRO ESPÍRITA:'A CAMINHO DA LUZ'

Av. Sapopemba, 648 - Água Rasa - São Paulo/SP
Fone: (11) 6965-0317
centro@centroacaminhodaluz.com.br
Centro Espírita A Caminho da Luz

"Vida: Desafios E Soluções"

SUGESTÃO DE LEITURA

"Vida: Desafios E Soluções"

Autoria espiritual: Joanna de Ângelis

Médium: Divaldo P. Franco

Editora: Livraria Espírita Alvorada – Editora Leal

Vida: Desafios E Soluções 

Esta obra que se compõe de 151 páginas, distribuídas em 11 capítulos, quando editada em 1997, objetivou dar valiosa contribuição ao raciocínio humano, às portas do encerramento do segundo milênio da Era Cristã.

Passados doze anos, sua atualidade impressiona pela visão futurista de que está impregnada.

Nenhum de seus assuntos está superado. Pelo contrário, pareceu-nos mais significativo hoje.

Joanna, ao prefaciá-lo, faz referência ao "milagre da vida", desejando mostrar o quanto a existência deve ser valorizada, para motivar os leitores na busca das soluções desejadas para essa etapa carnal, que deve ser coroada de sucessos espirituais e assim responder á confiança dos nossos benfeitores espirituais que abonaram a presente existência.

Desafios domésticos, sociais, econômicos, doenças e conflitos, desfilam ameaçadores, diariamente, no painel de nossas atividades rotineiras.

A autora, sabiamente, propõe soluções racionais, inquestionáveis, após fazer amplo relato em torno de questões cruciais.

"O significado do ser existencial", "Energia da Vida", "Descobrindo o inconsciente", "Autodespertamento inadiável" e "A busca da realidade" são alguns dos tópicos contemplados na obra, para que saiamos dos estágios inferiores da evolução em busca da unidade com Deus, na conquista da alegria perene e da felicidade eterna prometida por Jesus.

Redação || jornal@feparana.com.br

MERCATUDO DAS CASAS ANDRÉ LUIZ

http://www.mercatudo.org.br/comodoar.php

Com os recursos obtidos por meio da venda dos artigos doados, as Casas André Luiz podem prosseguir com sua missão de amor incondicional: manter e tratar, há 60 anos, cerca de 1.400 pacientes com deficiência mental de todos os níveis. Essa é a nossa razão de ser. Nós contamos com você!

As Casas André Luiz, estão sempre precisando de apoio. Do seu apoio!

O Mercatudo Casas André Luiz retira doações em toda a grande São Paulo e Região de Campinas e Sorocaba.
Entre 1955 e 1956, havia a necessidade de aumentar a arrecadação para a obra social do que representa hoje o complexo Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz.

Os colaboradores da época buscavam ajuda pedindo dinheiro e donativos para a obra social a que estavam destinados.

Foram momentos difíceis com humilhações, descrédito e indiferenças. Contudo, com muita determinação e renúncia, esses bravos cidadãos que hoje são parte integrante dessa história, foram à luta.

Dentre as várias formas de arrecadação existentes na época, um dos diversos grupos de voluntários, saíam aos sábados e domingos em busca de materiais sem serventia para os doadores, mas que pudessem ser reaproveitados: era a “ Campanha do Tudo Serve ”. As primeiras coletas eram realizadas com a utilização de um caminhão emprestado. Rapidamente houve a necessidade de um espaço maior para a armazenagem do material arrecadado. Nessa época um dos colaboradores emprestou então um terreno de sua propriedade na Rua Voluntários da Pátria, local esse onde hoje funciona uma Escola SENAC.

O trabalho rapidamente ganhou vulto, recebíamos de tudo.

Intuitivamente, os colaboradores preocupados com a forma de armazenagem das doações, iniciaram as primeiras triagens para um melhor aproveitamento dos materiais, caso contrário muita coisa começaria a se perder, até porque o espaço utilizado até aqui não possuía cobertura.

Diante dessas circunstâncias, o colaborador de nome Paulo Castardelli, construiu um galpão atrás das Casas André Luiz nº 1 à Rua de nome São Gabriel em Guarulhos. Esse local foi denominado de BARRACÃO das Casas André Luiz, inaugurado em meados de 1958 em um terreno de 10 x 50 metros, tendo como responsáveis o Sr. José Castardelli e o seu irmão Sr. Américo Castardelli.

O BARRACÃO passou a ser uma referência para muitas pessoas que vinham em busca de boas mercadorias, a preços baixos. A satisfação ao adquirir nossos produtos era não só pelo preço, mas antes, pela possibilidade de participar da realização de uma grandiosa obra que se desenharia ao longo do tempo.

Nessa época, decidiu-se pela criação de um novo nome para o BARRACÃO das Casas André Luiz. A primeira idéia foi a mudança de BARRACÃO para MERCADÃO, idéia essa, não aceita. Foi então que surgiu o nome MERCATUDO, local onde havia de tudo. Aceita por unanimidade, essa marca está consolidada ao Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz.

O nome MERCATUDO foi e é copiado até hoje por outros comerciantes em várias localidades, com objetivos estritamente comerciais.

O MERCATUDO das Casas André Luiz é acima de tudo, parte integrante de uma Entidade Filantrópica cuja renda é toda revertida para as despesas da Instituição como um todo.

Gerir todo o complexo que hoje se tranformou o MERCATUDO é uma tarefa árdua, que tem como uma de suas metas, a venda dos produtos à pessoas carentes a preços acessíveis.

Para mantermos as despesas de toda essa estrutura, passamos a diversificar e muito, nossos itens comercializados, tais como: antiguidades, móveis e eletrodomésticos semi-novos, maquinário, etc, atraindo assim, uma nova faixa de clientes sem com isso desviar a atenção do nosso público mais humilde.

No mesmo local do MERCATUDO da Rua São Gabriel, foi criado um espaço denominado Desmanche, pois recebíamos vários veículos sem recuperação. Com o passar do tempo esse Desmanche passou a comercializar as mais diversas mercadorias: materiais de construção provindos de devoluções e reformas domésticas, peças eletro-eletrônicas, informática, equipamentos industriais, etc.

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Dentre o volume de doações, há também muitas roupas e tecidos. Separam-se as roupas destinadas aos internos e comercializa-se o excedente. Nascia, nesse momento, o Bazar 12 na rua Treze de Maio em Guarulhos. A origem do nome “Bazar 12” é de que todo o dia doze de cada mês, realizava-se no local, o Bazar Beneficente das Casas André Luiz.

Em 1974, inaugurava-se o segundo MERCATUDO no município de Osasco/SP.

Em 1978, é a vez do terceiro MERCATUDO na região de São Miguel Paulista/SP.

Hoje, temos o orgulho de podermos contar com seis MERCATUDO's e dois Bazares.

Prestes a fazer 50 anos a partir da idéia do “Tudo Serve”, a palavra RECICLAR, sem a representatividade dos tempos atuais, fizeram com que o MERCATUDO das Casas André Luiz, fôsse uma das pioneiras nesse segmento. Até hoje, todo o material não aproveitado é separado e enviado para empresas de reprocessamento seguindo todas as normas técnicas nesse processo. Inúmeras Instituições se espelharam no MERCATUDO.

A História se faz com cidadãos. O MERCATUDO do Centro Espírita Nosso Lar Casas André Luiz com seus bravos precursores, é o retrato vivo de toda essa trajetória de ininterrupta dedicação e renúncia no constante processo evolutivo da Instituição e de seus colaboradores.

O que posso doar?

No Mercatudo, você poderá doar qualquer tipo de material em desuso. Exemplos: móveis, utensílios domésticos, CDs, DVDs, livros, roupas, calçados, materiais para reciclagem e outros.

Faça já a sua doação!
Os nossos bazares são fonte de captação de materiais usados e recebem todo o tipo de doações, as quais são revertidas em benefícios aos nossos pacientes.

0800 7734066 / 11 2459-7000


http://www.mercatudo.org.br/comodoar.php

Felicidade: oito minutos para pensar no que faz você feliz

02/01/2011 - com informações da American Psychological Associat




Aqueles que pensavam em momentos felizes da vida por ao menos oito minutos ao dia, durante três dias, sentiam um aumento da satisfação pessoal ...


Uma boa parte do nosso sentimento de felicidade pode ser controlada. E fazer nossa vida mais feliz pode tomar menos que dez minutos diários. Sonja Lyubomirsky, da Universidade da Califórnia, que pesquisa a felicidade por quase duas décadas, vem tentando desenvolver métodos científicos de intervenções que aumentem a felicidade humana.
Agora, a pesquisadora está explorando o potencial de estratégias de autossustentação da felicidade – que incluem expressar gratidão e refletir sobre momentos que trazem bons sentimentos – para tentar aumentar e prolongar a sensação de felicidade nas pessoas.

Em estudos anteriores, Lyubomirsky observou que aqueles que pensavam em momentos felizes da vida por ao menos oito minutos ao dia, durante três dias, sentiam um aumento da satisfação pessoal por até quatro semanas após o final do experimento.

Comprometimento com a felicidade

“A felicidade parece ser uma grande questão para a ciência”, diz Lyubomirsky. “Meu estudo não foca somente em como as pessoas mais felizes se diferenciam das menos felizes, mas também em como podemos manter as pessoas mais felizes em longo prazo”, explica.

Mas para isso, pontua a pesquisadora, é preciso grande esforço e comprometimento. “Normalmente, uso a analogia da perda de peso. Alguns pesquisadores argumentam que chegar a determinado peso tem de ser um objetivo, e da mesma forma tem de haver esse pensamento objetivo para a felicidade. Há estratégias que podem ajudar a perda de peso, e todos sabem quais são: comer menos e melhor e fazer exercícios. E as pessoas não ficam em dieta por duas semanas: é preciso fazer disso um hábito”, diz.

A pesquisadora diz que se o objetivo de felicidade de uma pessoa é menor do que ela já possui (mas ainda almeja ser mais feliz), é preciso muita dedicação para mudar essa situação e chegar ao patamar que ela considera ser o ideal.

Lugares ensolarados deixam as pessoas mais felizes do que as regiões mais frias?

“Quando se mede a satisfação com a vida, tanto pessoas que vivem em lugares ensolarados quanto aquelas que moram em regiões frias e com mais dias nublados têm níveis de felicidade similares. Isso se dá porque as pessoas se adaptam às determinadas circunstâncias após algum tempo”, diz Lyubomirsky.

Se você se muda de uma cidade praiana para um lugar no alto de uma serra, explica a pesquisadora, após algum tempo você começa a se adaptar às nuanças daquela região. Mas é claro, a adaptação aos eventos positivos – e não se apegar ao que faz falta, dificultando o desenvolvimento de um sentimento de fazer parte de um novo ambiente – é um obstáculo que algumas pessoas não conseguem superar. Essa é a dica: não achar que coisas interessantes só acontecem em algum lugar da sua memória.

“Eu, pessoalmente, acho que quando as pessoas estão tentando ser felizes elas não só estarão, com o passar do tempo, se sentindo melhores, mas também vão colher os frutos desse tipo de comportamento: os relacionamentos podem melhorar, sua criatividade pode aumentar e elas se tornam ainda mais socialmente ativas”, finaliza

Sente angústia existencial?

09/01/2011 - por Monica Aiub



Sente angústia existencial? Reflita sobre esse sentimento

"A angústia que paralisa, que torna a vida inviável, pode e deve ser cuidada, assim como a angústia que gera movimento, que cria, pode e deve ser estudada e utilizada para a construção ...

Muitas pessoas trazem ao consultório a queixa de uma angústia, de uma perturbação existencial que as acompanha “desde sempre”. Há casos em que se trata de uma angústia gerada por uma situação circunstancial, algo que demanda uma interferência no ambiente, nas relações, no contexto de vida da pessoa.

Assim, essa perturbação é provocada por situações externas, e é possível identificar sua gênese, seu papel, e encontrar formas de lidar com ela. Nesses casos, buscar maneiras de intervir, de modificar contextos, ainda que tais contextos tenham acompanhado a pessoa “desde sempre” ou por um longo período de sua vida, pode ser uma resposta à queixa.

Obviamente, não se pode modificar contextos, ambientes, relações ou formas de vida sem antes averiguar as possibilidades, viabilidades e implicações de tais mudanças e avaliar se, de fato, elas podem ou devem ser provocadas. Por isso todo o trabalho de pesquisa feito através da historicidade da pessoa, de uma análise minuciosa das intrincadas relações das diferentes formas de estruturação, é imprescindível a tal decisão.


Todavia, há casos que dizem respeito a uma angústia que não é gerada por questões circunstanciais, mas trata-se de uma insatisfação, de algo que acompanha a pessoa por todo o percurso de sua existência. Para alguns, uma angústia capaz de gerar, criar novas formas de vida, uma angústia criativa. Para outros, uma angústia impeditiva, que não permite viver o que se é, em casos extremos, não permite viver.

Não que todas as pessoas sejam, por natureza, angustiadas. Há quem não tenha experimentado a angústia e nem por isso seja incapaz de criar, ou de viver bem. Mas é muito comum encontrarmos essa angústia como queixa.

Angústia criativa

Alguns buscam ajuda incomodados por sua angústia criativa. Vislumbram uma vida plenamente feliz, com uma espécie de felicidade absoluta, onde nada incomoda, tudo é vivido com equilíbrio, harmonia e bem-estar. Será essa situação possível?

Ainda que conseguíssemos encontrar um equilíbrio total conosco mesmo, ainda assim viveríamos relações com os outros, e a sociedade na qual estamos inseridos não nos proporciona, pelo menos no presente momento, uma situação de equilíbrio, harmonia e bem-estar que atenda a todos, ou ao menos à maioria de seus membros.

Seria essa angústia uma espécie de descontentamento mobilizador à avaliação dos modos de vida que escolhemos para nós? Seria ela a portadora da notícia da necessidade de mudança? Seria ela a provocadora a uma reflexão acerca de nossas formas de organização social e dos modos como estabelecemos nossas relações? Ou seria ela um mal a ser extirpado a todo custo?

Por um lado, temos constantemente divulgada, em nossos meios de comunicação, a necessidade de atingirmos uma espécie de “felicidade modelo”. A felicidade que se compra, que se usa, que se encontra em drogas lícitas e ilícitas, que reside na resignação, na aceitação tácita de maneiras de viver que não nos satisfazem, mas que a desculpa perfeita de ser a única possibilidade existente nos permite uma espécie de acomodação.

Por outro lado, não nos satisfazemos, em grande parte das vezes, com essa possibilidade que nos parece ser a única. Um mal-estar nos sobrevêm na maior parte do tempo e, com isso, nos sentimos infelizes, impotentes diante da impossibilidade de sermos de outras maneiras. Mas o que nos fez concluir tal impossibilidade?

Que elementos concretos possuímos para considerar algo impossível, inviável?

Se, há quinhentos anos atrás, alguém dissesse que um dia seríamos capazes de nos comunicar em tempo real com uma pessoa no outro lado do mundo, e mais, que poderíamos ver essa pessoa na tela de uma máquina, muito provavelmente esse alguém seria considerado um lunático. E hoje o lunático é aquele que nega tal possibilidade, pois ela se fez concreta, justamente por alguém acreditar ser possível.

Muitos confundem esse argumento com um argumento que defende uma espécie de “pensamento positivo”. Pense e acontecerá! Não é a isto que me refiro, e sim à possibilidade de criarmos novos instrumentos, novas formas de nos relacionarmos, de vivermos, de sermos aquilo que desejamos ser.

Às vezes criticamos algumas posturas, encontradas no pensamento mítico, que colocavam o destino do ser humano nos caprichos dos deuses do politeísmo, ou posturas que atribuíam a deuses ou demônios a responsabilidade sobre nossas ações. Quem são nossos deuses e demônios hoje? Em quais possibilidades acreditamos?

Filosofia na Antiguidade Clássica

O surgimento da filosofia, na Antiguidade Clássica, traz para o ser humano a competência de tomar as rédeas de sua própria vida, de responsabilizar-se sobre seu destino. Não se trata mais de aceitar os desígnios dos caprichosos deuses, mas de conhecer sua própria natureza e a natureza do universo que habitamos para nos situarmos e orientarmos nossas ações da melhor maneira possível.

Hoje, alguns de nós ainda atribuímos a deuses e demônios a responsabilidade sobre nossas vidas. Poderíamos chamar a esse debate autores como Epicuro, que afirmava que se os deuses existem e são tão poderosos quanto imaginamos, eles têm ocupações muito maiores e mais sérias do que ficar, caprichosamente, interferindo na vida humana. Muitos outros filósofos poderiam ser convidados a essa discussão, mas a grande questão é: estamos, como afirmou Sartre, sós e abandonados? Somos responsáveis por aquilo que fazemos com o que fizeram conosco? Quais as implicações de nossas crenças nas posturas que adotamos e nas escolhas que fazemos?

Existe destino?

Atendo pessoas que creem não ter possibilidade de modificar suas vidas, acreditam, fielmente, que seu destino está traçado por uma condição social, biológica ou de qualquer outra natureza. A consequência dessa crença, em grande parte das vezes, consiste num desânimo perante a vida, numa espécie de desistência de seus sonhos, de suas possibilidades de ser. Isso, por vezes, promove grande sofrimento. A ausência da crença na possibilidade, o descrédito em si mesmas e na flexibilidade do ser humano.

Quando modificadas essas crenças, é comum que as coisas passem a acontecer de outra maneira. O que foi isso? Mágica? Interferência do pensamento na realidade? De alguma maneira sim. Contudo, tal interferência pode ser explicada de maneira simples pela mudança de postura diante das situações. Ao invés de acreditar que determinado caminho é inviável e desistir diante de um primeiro obstáculo, certas crenças fortificam a pessoa a persistir na construção de seu caminho, a assumir uma postura mais ativa diante de sua realidade e, consequentemente, a provocar, através de suas ações, a movimentação do mundo à sua volta.

E então lhe pergunto, leitor: você já se sentiu angustiado? O que desejou fazer com sua angústia? Extirpá-la? Livrar-se dela? Ou pensá-la como forma de reavaliação de sua vida, como possibilidade de um encontro com novas formas de ser? Em que sua angústia resultou? Movimentação existencial ou paralisação?

Há que se lembrar que a angústia que paralisa, que torna a vida inviável, pode e deve ser cuidada, assim como a angústia que gera movimento, que cria, pode e deve ser estudada e utilizada para a construção de formas de vida mais condizentes com nossas necessidades e anseios.

Aprenda a identificar a depressão infantil

24/12/2010 - Revista Boa Forma




Essa tristeza é normal? Aprenda a identificar a depressão infantil

As crianças têm direito a dias de baixo astral, mas é preciso estar atento. Conheça a diferença entre a tristeza e a depressão de verdade, daquelas que precisam de remédio


Antes de entrar na farmácia para comprar o antidepressivo que um psiquiatra infantil acabara de receitar para seu filho Otávio*, de 9 anos, a publicitária Ana* resolveu botar a mão na consciência. Uma análise mais profunda de sua vida e de todos que cercavam o filho a fez concluir que a total falta de interesse do menino pela escola, comida e brincadeiras que antes o deixavam animado era apenas um sinal de um problema mais grave. Na verdade, ela e o pai de Otávio passavam por uma profunda crise conjugal justificada por ambos pelo volume de trabalho.

“Não queríamos tocar nesse assunto, achávamos que tínhamos de resolver outros problemas maiores no escritório antes de mergulhar em nossas questões, mas acabamos atingindo a parte mais frágil da família”, diz ela.

A total apatia de Otávio que culminou na receita do antidepressivo fez os dois tirarem uma semana de folga e mergulhar na crise. “Foi a pior semana da minha vida, percebi que, apesar de estar indo muito bem no trabalho, tinha fracassado nos outros departamentos do meu cotidiano”, lembra. A lavagem de roupa suja quase levou a uma separação do casal, mas, um ano mais tarde, ambos acham que valeu a pena. O mais importante é que Otávio recuperou a alegria de viver, voltou a comer, a ir à escola com prazer sem ter de tomar remédio algum. O caso de Ana é uma exceção.

A cada dia aumenta o número de pais que saem de um consultório médico – não necessariamente psiquiátrico – com uma receita de antidepressivo para resolver uma apatia súbita que consome crianças e adolescentes por alguns meses. A ingestão ou não dos remédios divide os especialistas, mas todos são unânimes em pedir um cuidado: não dêem medicações desse tipo aos filhos antes de ter certeza do diagnóstico da criança.

Tipos de depressão
“Só um profissional especializado sabe diferenciar a depressão-doença da depressão- normal reativa”, adverte o psiquiatra e analista Carlos Byington, pai de Olívia, Rita, Bianca e Elisa. Formado no Instituto
Jung, na Suíça, membro da Sociedade Internacional de Psicologia Analítica e fundador da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica, Byington vai mais longe. Para ele, há um problema de diagnóstico dedepressão tanto infantil quanto de adulto. “Desde o pós-guerra, com a liberação do prazer, a ‘invenção’ da obrigação de ser feliz, a criação da indústria do consumo, fomos induzidos a esconder nosso lado sombra, nossas tristezas. A indústria farmacêutica cada vez mais rica e poderosa, e seus investimentos milionários em marketing, inseriu no consumo de antidepressivos, a idéia da ‘pílula da felicidade’, que veio para tirar a tristeza das pessoas”, diz o psiquiatra.

Pílulas da felicidade
Segundo Byington, não por acaso o surgimento da pílula coincide com um diagnóstico detalhado do que seja depressão na principal publicação do gênero nos Estados Unidos – o DSM – IV, livro com a lista de distúrbios psiquiátricos do homem moderno. “Com a lista dos sintomas da depressão, os laboratórios podem enviar representantes de vendas pa ra os consultórios de todos os tipos de médico para apresentar os antidepressivos. Atualmente, quase todos os profissionais da área médica receitam esse tipo de medicação”, diz. Por isso mesmo, Byington pede muito cuidado. “Antes de dar esse tipo de medicação para seus filhos, sejam honestos consigo mesmos, avaliem o cotidiano deles e a vida amorosa familiar, pois os casos de depressão-doença são raros, e os de depressão-reativa muito freqüentes. O que a maioria das crianças apresenta, nesses casos, é uma reação a uma disfunção familiar, que quando diagnosticada como doença depressiva pode mascarar o verdadeiro problema e estigmatizar a criança”, diz.

Supervisora do serviço de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Lee Fu I, filha de Chaingpichang, divide com Byington a preocupação com a receita indiscriminada de antidepressivos. “Mas acho que, ao lado
de outro tratamento, a medicação é, sim, eficaz nos casos necessários”, explica. Ela concorda que tem uma dose de subjetividade no diagnóstico médico, mas ainda assim crê que a medicação é uma aliada nos tratamentos em que se faz necessária. “Ainda não é possível dosar as proteínas do organismo de alguém antes de indicar a medicação. O que fazemos no HC é um exame do metabolismo da criança ou adolescente antes de submetê-lo a uma medicação, que é refeito durante todo o tratamento, para ter certeza de que aquela substância acrescida no organismo dele não esteja causando nenhum déficit físico”, diz.

A psiquiatra aconselha os pais a dar medicação aos filhos só depois de passar por um profissional que entenda de criança e ser convencidos por ele do quadro clínico. “Não vejo razão para ter medo dos remédios desde que o diagnóstico venha de um profissional gabaritado, e os pais tenham sanado todas as mais singelas dúvidas a respeito dele”, diz Lee.

Reincidência
Coordenador do Departamento de Criança e Adolescência da Associação Brasileira de Psiquiatria e da associação carioca, Lúcio Lima, pai de Francisco, Luis Felipe e Lívia, também acredita que o antidepressivo é um aliado em casos específicos. “Quando há atraso na vida da criança por causa de um quadro de apatia fora do comum que persiste por pelo menos dois meses e nenhuma terapia foi capaz de dissolver, o medicamento ajuda”, diz. Como todos os colegas, Lima aconselha cuidado no uso de medicação, mas ressalta que um diagnóstico precoce pode evitar a reincidência. “Num adulto a probabilidade de reincidência de uma depressão é de 50%, em crianças e adolescentes esse número é muito parecido e um conhecimento precoce dessa tendência pode ajudar muito”, diz.

A dona-de-casa Alice* concorda com Lima. Ao ver a filha Rafaela*, de 10 anos, não sair da cama nem para tomar banho por quase três meses, ela resolveu pedir ajuda. Depois de ler sobre depressão, procurou por um psiquiatra indicado em uma seção de cartas de um jornal de grande circulação em São Paulo. Depois de analisar o caso de Rafaela e esmiuçar o cotidiano de todos os que conviviam com a menina, o profissional achou que uma medicação, aliada às sessões semanais de ludoterapia, poderia tirar a criança do quadro depressivo.

Rafaela saiu da crise em três meses, mas manteve o tratamento por mais um ano, por indicação médica. “Ela virou outra pessoa”, diz Alice. “Além de tirá-la da letargia, o tratamento também ajudou minha filha a se desenvolver de uma forma geral, até as notas dela na escola melhoraram.” Atualmente, Rafaela não faz tratamento algum, mas a cada oito meses ela tem consulta com o psiquiatra. “Temos medo de que ela volte a ficar deprimida. Até superarmos essa dificuldade, vamos manter visitas constantes ao médico”, explica Alice.

'A MEDIUNIDADE RECONHECIDA PELOS PAPAS'




Já se sabe que os fenómenos envolvendo a mediunidade não são recentes, mas que têm sido registrados desde os tempos mais antigos da civilização. A Igreja também reconheceu o fenómeno, e muitos papas estiveram envolvidos em ocorrências mediúnicas.

Em 18 de Abril de 2005, ocorreu a eleição de Joseph Ratzinger (1927), o novo papa da Igreja Católica Apostólica Romana, que adoptou o nome Bento XVI, em substituição a Karol Wojtyla (1920-2005), chamado papa João Paulo II.

Aproveitaremos a oportunidade para destacar a mediunidade e a comunicabilidade dos Espíritos, presentes entre os papas desde a origem do papado e ao longo de sua história de quase dois mil anos. Tínhamos ouvido referência de fenómenos espirituais com Pio V e Pio XII, em palestras do médium Divaldo Franco (1927-), e quisemos aprofundar e completar o assunto.

Consultando a historiografia católica sobre a origem doutrinária do papado, o imperador romano Constantino (272-337) é apontado entre os teólogos como um dos seus principais precursores, pois foi ele quem historicamente começou a dar forma ao Sistema Católico Romano. Constantino presidiu o 1º Concílio das Igrejas, no ano 313, construindo depois a primeira basílica em Roma, tornando o cristianismo religião oficial do Império, seguido de Teodósio (347-395) e outros imperadores.

Começava-se a criar os fundamentos que possibilitaram que Valentiniano III (Flávio Plácido, 419-455), no ano 445, reconhecesse oficialmente ao papa (a palavra "papa" significa pai) o exercício de autoridade sobre as Igrejas, ganhando o papado poder mundial com Carlos Magno (747-814), no século 8.

Ocorre que Constantino, que os católicos consideram como o precursor da estruturação papal, converteu-se ao cristianismo através de uma visão espiritual, conforme relatou o historiador católico Eusébio de Cesareia (275-339), em sua obra Vita Constantini (Cap. XXVIII). Durante a batalha contra o imperador Maxêncio (séc. 3/4), com seu exército em desvantagem, Constantino viu no céu um grupo de Espíritos, liderados pelo Espírito (chamado Anjo) São Miguel, mostrando-lhe uma cruz luminosa com os dizeres: "Com este sinal vencerás".

O impacto que sentiu foi tão grande que mandou pintar uma cruz em todas as bandeiras, venceu a batalha e se converteu ao cristianismo, estabelecendo o famoso Edito de Milão, do ano de 313. O escritor Nicéforas (séc. 16) escreveu que Constantino viu este Espírito mais duas vezes - numa delas, orientando-o a edificar Constantinopla; e, na outra, para ajudá-lo numa revolta por parte dos moradores da antiga Bizâncio.

Portanto, encontramos visões espirituais nos primórdios da estruturação da Igreja e da criação do papado.

Encontramos exemplos de mediunidade dos papas numa ocorrência com António Michele Ghislieri (1504-1572), o papa Pio V, que foi o Sumo Pontífice no período de 1566 a 1572. Em 1570, os turcos otomanos invadiram a ilha de Chipre e tomaram Veneza, e os venezianos pediram ajuda. O papa Pio V enviou uma frota de 208 navios, sob o comando de Don John da Áustria. Essa frota encontrou 230 navios turcos em Lepanto, Grécia, em 7 de Outubro de 1571. A batalha durou três horas. Miguel de Cervantes (1547-1616), o novelista espanhol, autor de D. Quixote, participou dessa batalha histórica. Em Roma, Pio V aguardava notícias, orava e jejuava, juntamente com monges, cardeais e fiéis. Em 7 de Outubro, ele trabalhava com seu tesoureiro, Donato Cesi, que lhe expunha problemas financeiros. De repente, separou-se de seu interlocutor, abriu uma janela, entrou em êxtase e teve uma visão em desdobramento espiritual. Voltou-se para Donato e lhe disse: "Ide com Deus. Agora não é hora de negócios, mas sim de dar graças a Jesus Cristo, pois nossa esquadra acaba de vencer a batalha". Duas semanas depois chegaram as notícias da vitória de sua esquadra, confirmando sua visão espiritual.

Mais recentemente, no século 20, encontramos outro exemplo de acção espiritual entre os papas, com o Cardeal Eugénio Pacelli (1876-1958), que viria a ser o papa Pio XII, no período de 1939 a 1958. O fato foi relatado pela própria Igreja Católica, em seu jornal oficial L'Observatore Romano, e depois publicado no Brasil, no jornal Ave Maria, de Petrópolis, transcrito pelo Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro, em Setembro de 1956.

Em 19 de Fevereiro de 1939, nos aposentos do Vaticano, na ala esquerda da Catedral de São Pedro, o cardeal Eugénio Pacelli estava orando; ele era um diplomata da Santa Sé junto aos governos do Ocidente. Em seus aposentos de cardeal, ele ouviu uma voz chamando: "Pacelli, Pacelli". Ele se voltou e viu o Espírito do papa Pio X (1835-1914). Emocionado, ele se ajoelhou e chamou-o de Santidade. O Espírito respondeu-lhe: "Não sou Santidade, mas apenas um irmão; venho avisá-lo que, dentro de alguns dias, se tornará papa, e que a Terra será devorada por uma avalanche de tragédia.

É da vontade do Senhor que seja papa para governar a Igreja com sabedoria, bondade diplomática e equilíbrio".

O cardeal Eugénio Pacelli redarguiu dizendo que não entendia aquilo, porque Pio XI (1857-1939) era o papa de então, e governava a Igreja com sabedoria. O Espírito Pio X não discutiu com o cardeal, desvaneceu-se.

Emocionado, Eugénio Pacelli desceu de seus aposentos e adentrou na Catedral de São Pedro. Foi até o subterrâneo, onde estão os túmulos papais, ajoelhando-se na cripta de Pio X, permanecendo em oração até o amanhecer. Ao raiar do dia, adentrou novamente na Catedral de São Pedro, e um guarda suíço perguntou-lhe se estava sentindo-se bem, pois estava muito pálido. Eugénio Pacelli respondeu que tinha dialogado com Pio X. Surpreso, o guarda contrapôs que Pio X estava morto. Mas Eugénio Pacelli disse que, naturalmente, o sabia, pois fora ele quem tinha feito o discurso laudatório. Além do quê, Pio X tinha sido seu padrinho de cardinalato.

Pio X disse-lhe que ele seria papa e, em seguida, a humanidade entraria em guerra. O fato permaneceu em sigilo, mas dois ou três meses depois, Pio XI morreu de uma doença misteriosa. Eugénio Pacelli foi eleito o novo papa, Pio XII, e logo depois eclodiu a Segunda Guerra Mundial, conforme lhe dissera o Espírito Pio X. É mais um fato mediúnico, registrado pela história, de comunicabilidade espiritual com os papas.

É interessante registrar que não foi por acaso que Pio X apareceu em Espírito e se comunicou mediunicamente com Pio XII. O papa Pio X conhecia os fenómenos espíritas, pois seu médico, dr. José Lapponi (1851-1906), foi uma pessoa interessada nos estudos espíritas e até publicou um livro à época - Hipnotismo e Espiritismo (1897) - aprovado pelo papa Leão XIII, e que foi traduzido e publicado no Brasil pela editora da Federação Espírita Brasileira.

O DR. LAPPONI TAMBÉM FOI MÉDICO do papa Leão XIII (1810-1903). Vale anotar que, quando da segunda edição do livro Hipnotismo e Espiritismo, em 1904, o periódico Diário de Noticias, de Madri, do dia seis de Julho, publicou carta do dr. Lapponi na qual ele comentava que o órgão jesuíta La Civilitá Cattolica censurava seu livro porque ele divulgava teorias que não eram aprovadas pela Igreja, e que o próprio papa Pio X reprovara a obra. Mas à época, dom Eduardo Checci, redactor do Giornale d'Italia, foi entrevistado sobre isso, desmentindo que o papa Pio X tivesse reprovado a obra. O dr. Lapponi acrescentou que Pio X conhecia o trabalho desde sua primeira edição e o tinha aprovado, e que o livro tinha merecido louvores até do papa Leão XIII, que disse que a ciência católica não devia ser contrária ao estudo do Espiritismo e suas manifestações.

É importante esclarecer que o dr. Lapponi não era espírita e, nesse livro, ele adoptou uma postura até de prevenção com relação aos fenómenos do hipnotismo e do Espiritismo, porque poderiam ensejar fraudes e mistificações. Chega a ser curiosa essa sua atitude, pois a verdade é que, se ele admitiu os fenómenos espíritas (e, para nós, é o que importa), não se compreende por que ele recrimina sua prática.

O dr. Lapponi demonstrou que não conheceu realmente o Espiritismo, uma vez que se ateve somente à parte fenoménica; não conheceu a parte filosófica e ética da Doutrina Espírita. Nem no aspecto fenoménico ele se aprofundou, pois só se referiu às situações duvidosas; por temer fraudes e a acção de Espíritos brincalhões e zombeteiros (que, portanto, ele admitia), achou temerário e perigoso ocupar-se do Espiritismo.

Para nós vale que o dr. Lapponi, médico de dois papas, historiou a ocorrência de fenómenos espíritas desde a Antigüidade e reconheceu a intervenção dos Espíritos no mundo material.

A transfiguração de Jesus é citada como exemplo de fenómeno mediúnico que aparece na Biblia, com Moisés e Elias aparecendo em espírito material. Ao final do livro, ele afirmou que o Espiritismo só deveria ser estudado com as necessárias precauções e por acção de pessoas reconhecidamente competentes (op.cit., pág. 219).

Portanto, a Doutrina Espirita e os fenómenos mediúnicos transitaram pelo Vaticano no século 19, entre os papas e pelo médico que cuidou de dois deles nesse período e escreveu um livro sobre o assunto, reconhecendo sua existência, apesar de sua atitude de temor.

Mesmo nos tempos mais recuados, os fenómenos mediúnicos estavam presentes na sociedade, em todos os lugares, já que fazem parte da Natureza. Por isso, encontramos referência a eles desde há dois mil anos. Basta citarmos o apóstolo Pedro, que é considerado como o primeiro papa da Igreja. Na Bíblia, encontramos várias ocorrências mediúnicas e de interferência dos Espíritos, ocorridos com Pedro. Por exemplo:

a) em Mt: 17, 1-6, está descrita a transfiguração de Jesus na qual, estando Ele num monte, acompanhado por Pedro, Tiago e João, apareceram, em Espírito, Moisés e Elias, que já estavam mortos havia séculos, e conversaram com Jesus;

b) em At: 2, 1-14, ocorreu o fenómeno chamado Pentecostes, no qual os doze apóstolos ouviram um som vindo do céu, como um vento, e como que línguas de fogo pousaram sobre cada um deles, que então começaram a falar em diversos idiomas;

c) At: 3, 2-8, é descrita a mediunidade curativa de Pedro, quando ele curou um coxo de nascimento que todo dia ia à porta do templo para pedir esmolas. Ele tomou o coxo pela mão e ordenou-lhe que se levantasse e andasse, e assim ocorreu;

d) At: 11,5-10, Pedro teve um arrrebatamento espiritual e teve vidência e audiência. Viu, a céu aberto, um vaso que descia, como grande lençol atado pelas quatro pontas, vindo para a terra, e ouviu uma voz: "Levanta-te Pedro, mata e come". Pedro disse ao Senhor que nunca tinha comido coisa imunda. A Voz disse-lhe que não devia chamar de imundo o que Deus purificou; isso se repetiu por três vezes;

e) At:11, 11-1, Pedro viu três homens de Cesareia que o buscavam, e estavam em frente à casa onde estava; um Espírito lhe disse que fosse com eles, nada duvidando;

f) At:12, 5-11, Pedro estava dormindo na prisão, vigiado por dois guardas. Quando Herodes ia chamá-lo, houve uma luz na prisão, e apareceu um Espírito (chamado anjo) despertando-o, rompendo as correntes e dizendo-lhe para fugir; e conduziu-o, fazendo-o passar pelos guardas, chegando à porta da cidade, pela qual saíram. E Pedro percebeu que Deus havia enviado um Espírito para ajudá-lo.

Para encerrar esse importante registro histórico sobre a mediunidade e seu reconhecimento entre os papas, temos necessariamente que citar o recém-falecido papa João Paulo II, reconhecido como um grande missionário do bem. A revista Veja, de 6 de Abril de 2005, na página 93, transcreveu uma frase pronunciada por ele numa pregação na Basilica de São Pedro, em Novembro de 1983, e que dispensa comentários: "O diálogo com os mortos não deve ser interrompido, pois, na realidade, a vida não está limitada pelos horizontes do mundo".

Portanto, fica registrado, segundo as próprias fontes católicas e as não espíritas, que a mediunidade e a comunicabilidade espiritual têm se maanifestado e sido reconhecidas pela Igreja, mesmo entre os seus maiores representantes, desde a Antiguidade. E ainda hoje ocorre, demonstrando que a vida não se restringe à realidade material nem é interrompida com a morte.

Washington L.N.Fernandes - Revista Espiritismo e Ciência

A revista Espiritismo e Ciência é uma publicação da Mythos Editora:
http://www.mythoseditora.com.br/

"Masturbação Mitos e Consequências segundo o Espiritismo"

Jorge Luiz Hessen
Jorge Luiz Hessen
Brasília/DF
jorge.loluhesse@gmail.com

Muitas pessoas vivem angústias profundas em torno das diretrizes comportamentais na área sexual e isso é compreensível em nosso estágio de humanidade. Por isso,escrevemos alguns argumentos sobre o tema, a fim de que possamos com a Doutrina espírita aprender um pouco mais.

O Espiritismo explica baseado no livre-arbítrio, no percurso de vidas anteriores e na evolução moral de cada um, como estes assuntos devem ser tratados. Lembrando sempre que “cada caso é um caso e muito particular”.

Uma dessas ansiedades é a masturbação, que segundo Sigmund Freud, é envolvidaem muito preconceito, graças ao dogmatismo religioso que estigmatiza a sexualidade. Vai distante a época em que se decretava que a masturbação conduzia à loucura e ao inferno. Normal no adolescente que está descobrindo a sexualidade, freqüente nos corações solitários, o problema é que ela favorece a viciação, aguçando o psiquismo do indivíduo com sensualidade avivada. Por outrolado, obsta a sublimação das energias sexuais, quando as circunstâncias nos convocam à castidade, incitando-nos a canalizá-las para as realizações mais enobrecedoras. Vale dizer: há uma energia sexual que precisa ser controlada,não necessariamente através da prática sexual, mas direcioná-la a outras atividades, inclusive a prática da caridade.

A consciência nos sussurra que relação sexual presume dois parceiros. O auto-erotismo não deixa de ser uma busca de “prazer” egoísta, por isso mesmo,toda prudência é imprescindível. Na área sexual, urge vigilância permanente,pois, na maioria das vezes ao se masturbar, a criatura não está tão solitária como imagina. Espíritos das sombras, viciados no sexo, muitas vezes estimulameste vício solitário, prejudicando casais quando o parceiro opta pormasturbar-se. Entretanto, mister considerar que cada caso é um caso, sem desconsiderar jamais que o equilíbrio e a disciplina mental precisam ser alcançados. Por isso o Espírito Emmanuel, no livro "O Consolador",questão 184, psicografado por Chico Xavier, orienta-nos que, “ao invés da educação sexual pela satisfação dos instintos, é imprescindível que os homens eduquem sua alma para a compreensão sagrada do sexo”.

O uso indevido de qualquer função sexual produz distúrbios, desajustes,carências, que somente a educação do hábito consegue harmonizar. Afinal, o homem não é apenas um feixe de sensações, mas, também, de emoções, que podem e devem ser dirigidas para objetivos que o promovam, nos quais centralize os seus interesses, motivando-o a esforços que serão compensados pelos resultadosbenéficos.

A vida saudável na esfera do sexo decorre da disciplina, da canalização corretadas energias, da ação física: pelo trabalho, pelos desportos, pelas conversações edificantes que proporcionam resistência contra os arrastamentos da sensualidade, auxiliando o indivíduo na conduta. Muitas pessoas consideram o prazer apenas como sendo uma expressão da lascívia, e se esquecem daquele que decorre dos ideais conquistados, da beleza que se expande em toda parte e podes er contemplada, das encantadoras alegrias do sentimento afetuoso, sem posse,sem exigência, sem o condicionamento carnal.

Será que devemos depreender que o Espiritismo proíbe toda a atividade sexual?!De modo algum. O Espiritismo nada proíbe. Deixa ao livre-arbítrio, à decisão consciente de cada um a atitude a tomar. Limita-se a dar orientação e a demonstrar que atitudes mal tomadas dão intranqüilidade e insatisfação ecoloca-nos perante a realidade e vantagens do uso consciente da vida.

A Doutrina Espírita apresenta a sexualidade despida da conotação religiosa dogmática que consagrou o sexo pecaminoso, sujo, proibido e demoníaco. Todavia,não legitima o enquadramento da sociedade atual que consubstanciou o sexo como objeto de consumo, devasso e trivial. A proposta espiritista é da energia criadora que necessita estar sedimentada pela lógica e pelo sentimento, pelo respeito e entendimento, pela fidelidade e amor, a fim de propiciar a excelsitude e a paz, ou seja, “Um sexo para a vida e não uma vida para o sexo!”

Para Emmanuel, no livro “Vida e Sexo”, diante das proposições a respeito do sexo,é justo sintetizar-se todas as digressões possíveis nas seguintes normas: não proibição, mas educação; não abstinência imposta, mas emprego digno, com o devido respeito aos outros e a si mesmo; não indisciplina, mas controle; não impulso livre, mas responsabilidade. Fora disso, é teorizar simplesmente, para depois aprender ou reaprender com a experiência. Sem isso, será enganar-nos,lutar sem proveito, sofrer e recomeçar a obra da sublimação pessoal, tantas vezes quantas se fizerem precisas, pelos mecanismos da reencarnação, porque a aplicação do sexo, ante a luz do amor e da vida, é assunto pertinente à consciência de cada um.

Ninguém se burila de um dia para outro. Conversões religiosas exteriores não alteram, de improviso, os impulsos do coração. Achamo-nos muito longe da meta para alcançar o projeto de acrisolamento sexual. A rigor, nenhum de nós consegue se conhecer tão exatamente, a ponto de saber, hoje, qual o tamanho da experiência afetiva que nos aguarda no futuro. Não há como penetrarmos nas consciências alheias e cada um de nós, ante a Sabedoria Divina, é um caso particular, no que tange ao amor, reclamando compreensão. Em face disso, muitos de nossos erros imaginários na Terra são caminhos certos para o bem, ao passo que muitos de nossos acertos hipotéticos são trilhas para o mal de que nos desvencilharemos, um dia!...

A energia sexual, como recurso da lei de atração, na perpetuidade do Universo,é inerente à própria vida, gerando cargas magnéticas em todos os seres, face às potencialidades criativas de que se reveste. À medida que a individualidade evolui, passa a compreender que a energia sexual envolve o impositivo de discernimento e responsabilidade em sua aplicação. Por isso mesmo, deve estar controlada por valores morais que lhe garantam o emprego digno, seja na criaçãode formas físicas, asseguradora da família, ou na criação de obras beneméritasda sensibilidade e da cultura para a reprodução e extensão do progresso e da experiência, da beleza e do amor, na evolução e burilamento da vida no Planeta.

Nas ligações afetivas terrenas encontramos as grandes alegrias. No entanto, é também dentro delas que somos habitualmente defrontados pelas mais duras provações. Embora não percebamos de imediato, recebemos, quase sempre, no companheiro ou na companheira da vida íntima, os nossos próprios reflexos.

Analisemos o matrimônio, por exemplo, que pode perfeitamente ser precedido de doçura e esperança, mas isso não impede que os dias subseqüentes, em sua marcha incessante, tragam aos cônjuges os resultados das próprias criações que deixaram para trás. Parceiro e parceira, nos compromissos do lar, precisam reaprender na escola do amor, reconhecendo que, acima da conjunção corpórea,fácil de se concretizar, é imperioso que a dupla se case, em espírito - sempre mais em espírito -, dia por dia. Até porque extinta a fogueira da paixão na retorta da organização doméstica, remanesce da combustão o ouro vivo do amor puro, que se valoriza, cada vez mais, de alma para alma, habilitando o casal para mais altos destinos na Vida Superior, até porque é o Espírito quem ama e não o corpo, de sorte que, dissipada a ilusão material, o Espírito vê a realidade que transcende à vida física.

Urge considerar que a Vontade de Deus, na essência, é o dever em sua mais alta expressão traçado para cada um de nós, no tempo chamado "hoje". E se o "hoje" jaz viçado de complicações e problemas, a repontarem do"ontem", depende de nós a harmonia ou o desequilíbrio do "amanhã". Destarte, o instinto sexual, exprimindo amor em expansão incessante,nasce nas profundezas da vida, orientando os processos da evolução.

Importa considerar que diante do sexo, não nos achamos, de nenhum modo, à frente de um despenhadeiro para as trevas, mas perante a fonte viva das energias em que a Sabedoria do Universo situou o laboratório das formas físicas e a usina dos estímulos espirituais mais intensos para a execução das tarefa sque esposamos, em regime de colaboração mútua, visando ao rendimento do progresso e do aperfeiçoamento entre os homens.

Cada homem e cada mulher que ainda não se angelizou ou que não se encontre em processo de bloqueio das possibilidades criativas, no corpo ou na alma, traz,evidentemente, maior ou menor percentagem de anseios sexuais, a se expressarem por sede de apoio afetivo. É claramente nas lavras da experiência, errando e acertando e tornando a errar para acertar com mais segurança, que cada um de nós - os filhos de Deus em evolução na Terra - conseguirá sublimar os sentimentos que nos são próprios, de modo a nos erguer, em definitivo, para a conquista da felicidade celeste e do Amor Universal.




* Jorge Luiz Hessen é natural do Rio de Janeiro, residente emBrasília/DF. É Servidor Público Federal lotado no INMETRO de Brasília; Formaçãoacadêmica: Licenciado em Estudos Sociais e Bacharel em História, Escritor(dois livros publicados) Jornalista e articulista com vários artigos publicadosna Revista O médium de Juiz de Fora, Reformador da FEB, O Espírita de Brasília(pertence ao conselho editor), do Jornal da Federação de Mato Grosso e doJornal da FEDERAÇÃO DO DF. Artigo gentilmente oferecido para publicação no sitedo Instituto Espírita Batuíra de Saúde Mental.