quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Pedidos Inconscientes



Jesus nos assegurou: “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á; porque aquele que pede, recebe; o que busca, encontra; e ao que bate, se abre” (Mt. 7:7-8).

O ser humano pede, busca e bate. E o Universo em sua plena e total realidade — visível e invisível; material e espiritual — lhe atende. Todavia, gravem bem este ponto: muitas pessoas recebem respostas a pedidos que não se lembram de haver feito. Mas se a resposta veio, é prova de que o pedido foi formulado: o fruto é da mesma natureza da semente.


Como se explica que a maioria das pessoas esteja recebendo limitações econômicas, enfermidades, tristezas, inarmonias, se oram pedindo prosperidade, saúde, alegria, concórdia?


Começa aqui uma importante meditação: as pessoas não vigiam os seus pensamentos e emoções. Continuamente geram e alimentam pensamentos e emoções negativas durante o dia: são sementes que inadvertidamente estão lançando ao Universo, suscitando-lhe respostas iguais, porque os semelhantes se atraem. É ação de causa e efeito ou, se quiserem, a lei de Newton: “Uma ação gera uma reação diretamente oposta e correspondente”.


É assim que a humanidade tem produzido os seus próprios males. O Universo é governado por leis. Mas o homem recebeu a mente para aprender essas leis e agir em conformidade com elas. Se teima em viver na ignorância delas, infelicita-se, mesmo que seja uma pessoa culta.


Disse o Mestre: “Os homens darão conta de toda palavra frívola que proferirem, porque, por suas palavras serão justificados e por suas palavras serão condenados” (Mt. 12:36,37).


A Lei é esta: Causa e Efeito. Se pensamos no mal, atraímos o mal; se nutrimos ódio atraímos o ódio. Mas se pensamos em harmonia, em saúde, em abundância e agradecemos antecipadamente, com sinceridade ao Deus amoroso e sábio que sempre nos provê o melhor, é isso o que recebemos!


Paremos de pedir, de buscar e de bater à porta dos males deste mundo. Sempre que nos descuidamos e pensamos neles e os tememos, eles vêm, porque os chamamos, porque acreditamos neles, porque os tememos! Sabemos que isto acontece porque desde crianças recebemos idéias equivocadas. Tornou-se mecânico. Mas agora, adultos, esclarecidos, devemos decididamente pôr termo a esse engano.


Nós não somos os pensamentos e as emoções. Por isso é que podemos e devemos transformá-los para melhor, a pouco e pouco. Ponhamos definitivamente de lado o pensar e sentir que somos azarados, feios, inferiores aos outros, enfermiços e fracos, etc.. Esses estados só nos podem prejudicar. Não servem absolutamente para nada de bom. Por que Mantê-los, então?


No Livro de Jó, lemos: “O que eu temia me veio; o que eu receava, me aconteceu”. Jó teve consciência disso. Mas a maioria não percebe o que pensa e teme e atrai. Por isso acusa circunstâncias, pessoas e até a Deus. As situações e pessoas aparentemente nos podem limitar e afligir, mas na realidade o que conta são as nossas reações a elas. Não podemos mudar a vida e as pessoas, mas podemos mudar o nosso modo de encarar e reagir a elas: de modo mais inteligente, equilibrado e compreensivo. Isso nos permitirá dominar a vida em vez de sermos dominados por ela. Ser-nos-á Mestra, em vez de verduga.


Ensina Jesus: “Assim como o homem pensa em seu coração, assim ele é”. E: “a boca fala do que está cheio o coração”. Isto quer dizer que exteriorizamos o que pensamos e sentimos. E se não for positivo, influirá negativamente em nossas atividades e relacionamentos. Aquilo que mantemos em nossos pensamentos e emoções, edificam o “lar psicológico” em que vivemos. Ora, não importa a vida que tivemos, os desafios por que passamos: esqueçamos tudo isso e procuremos, hoje, formar um templo de harmonia, de júbilo, de progresso e de saúde, com novos e melhores pensamentos e emoções!


O ser humano deve aprender a ser feliz, tomando cada vez mais consciência do que sente e pensa; deve aprender a ser sábio e amoroso, pensando segundo a verdade dos Mestres e amando como Eles amaram, dentro, é claro, da prudência e não-resistência que a vida aí fora nos exige.


Diz o Senhor pela boca de Isaías: “Assim como a chuva desce para regar a terra e fazê-la produzir pão ao que come, assim será a palavra que sair de minha boca: ela não me voltará vazia. Antes fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei”(Isaías 55:10-11). Devemos ter este propósito: de automaestria, de governo consciente do que falamos, para modelarmos emoções, palavras e atos que sejam para o nosso bem e o dos nossos semelhantes.


Então, em que devemos pensar? Como devemos pensar? Deixamos S. Paulo responder-nos, com beleza e simplicidade: “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso que ocupe os vossos pensamentos. E o Deus da paz será convosco”! (Filip. 4:8-9). v


Extraído do “Manual de Cura”, livreto de orientação aos participantes da Corrente de Oração UNIDADE



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