domingo, 1 de agosto de 2010
Como o Espiritismo vê a questão da Pedofilia.
Marcos Paterra
Compreende-se por Abuso Sexual de Menores o ato através do qual um adulto obriga ou persuade um (a) menor a realizar uma atividade sexual inapropriada à sua idade; O abuso pode se apresentar de várias formas, entre elas estão o exibicionismo, carícias inapropriadas, violação, incesto, telefonemas obscenos, uso de crianças em fotografias pornográficas e a prostituição infantil.
A criança que é sexualmente abusada cria sentimentos de medo, vergonha, perda da confiança em pessoas do mesmo sexo do abusador, sentimentos de culpabilidade, baixa auto-estima, para além de mais tarde poder vir a sofrer de depressão e ansiedade, mas se o abusador for um familiar a angústia ainda é maior, no entanto existem diferenças quanto às consequências do abuso entre rapazes e raparigas. Segundo a Organização Mundial de Saúde se as vítimas forem rapazes, então existe uma probabilidade de se tornarem agressores, podendo repetir os mesmos comportamentos a que foram sujeitos, “[…] uma grande percentagem de abusadores afirmam também já terem sido vítimas.” (Salter, 2003).
Ocorrem dois tipos de consequências: as consequências a curto prazo e a longo prazo. As primeiras passam por medos, desconfianças, agressividade, baixa auto–estima, precocidade de comportamentos sexuais, lesões físicas, gravidez não desejada, doenças sexualmente transmissíveis e normalmente insucesso escolar.
Já as segundas são depressão, idéias suicidas, dificuldade em estabelecer relações íntimas, hostilidade, disfunções sexuais, imagens obsessivas do abuso, toxica-dependência, delinquência, prostituição e outras. Normalmente a vítima mantém o silêncio. Os pais ou outras pessoas em que a criança confie devem estar atentos aos comportamentos da criança, e devem demonstrar que acreditam nela, mas se lhe fizerem perguntas direcionadas ao abuso esta pode contar o sucedido.
Muitos se perguntam como o espiritismo vê a pedofilia?
Um espírito encarna num corpo que possua características genéticas afins e também reencarna num grupo de pessoas (família) com pensamentos parecidos (explicando os maus tratos na infância que muitos psicopatas e pedófilos sofreram).
Tudo é conduzido por sintonia de frequências, pensamentos atuais e ações pretéritas, ou seja, Carma que é a explicação da Física Clássica, Ação e Reação. Este espírito pode ser oriundo de uma civilização inferior, ou é relutante no mal por séculos aqui neste orbe mesmo, reencarnando agora ainda com resquícios de suas antigas virtudes.
Por outro lado temos que analisar quem é realmente a vítima, muitas crianças ao reencarnar trouxeram todo o seu passado contido em seu inconsciente, são os núcleos energéticos que trazemos construídos no passado. Espíritos que somos onde trazemos de forma representativas inúmeras vidas, dessa forma reencarnaram para participar intelectualmente de verdadeiras emboscadas visando atingir de maneira dolorosa a intimidade sexual; outras foram executoras de crimes desse tipo, e agora estão tendo sua expiação.
Pela Lei Universal da sintonia de vibrações, poderá ocorrer, em um dado momento, o espírito, criança agora, poderá atrair e sintonizar com a frequência do agressor, ou seja, o pedófilo. Se não houve a programação, mas a tendência que trazia era forte e havia o risco em passar por algo do gênero, que, a espiritualidade não conseguiu evitar.
Há, também, espíritos afins e benfeitores que visam amparar os envolvidos nesta dor; Perante a Lei divina sabemos que o espírito reencarnado não deve receber a agressão arbitrária em face da violência cometida por outro.
A violência da pedofilia gera, muitas vezes, profundos traumas em todos os envolvidos, ocasionando dolorosa situação cármica da constelação familiar.
A Doutrina Espírita procura não condenar ninguém, recomendando sempre que tenhamos com todos o máximo de respeito, consideração e carinho, inclusive para com as pessoas desequilibradas sexualmente, uma vez que elas constituem espíritos que atravessam um momento difícil em que necessitam promover a sua edificação moral, através de uma conduta sexual equilibrada. Ocorre que, não é lícito a ninguém, seja hetero ou homossexual, determinados abusos, tais como a pedofilia, que vem a ser uma prática criminosa, por envolver criaturas inocentes e indefesas, constituindo assim um ato de extrema violência, que por isso mesmo, deve ser combatido.
Bibliografia
Campos, Alexandre, ”Para uma compreensão multifactorial do abuso sexual em díades (3ª parte).
Freitas, Filomena (2003), “Abuso sexual de menores” in Lígia Fonseca, Catarina Soares e Júlio Machado Vaz (orgs.); A Sexologia – Perspectiva Multidisciplinar II. Coimbra: Quarteto Editora, 229 – 242.
Bernardi Ricardo do redevisao.net. MEDICINA e ESPIRITUALIDADE.